terça-feira, agosto 31, 2004


[os blogs e os debates sob demanda]


De certa forma seguindo o post anterior, quero comentar o artigo da WIRED - Serviço mistura blogs e propaganda.
O artigo trata da criação do Blogversations, que tem uma proposta de intermediar o patrocínio de discussões em blogs. A coisa funciona mais ou menos assim: eu tenho um blog, escrevo bastante sobre tecnologia, tenho muitos leitores, vários deles bastante participantes. Tu fabricas (montas J) e vendes computadores. A Blogversations agencia o nosso contato e eu vou promover discussões onde os teus produtos sejam o assunto, também.
Em tese as discussões/opiniões são livres, mas fica a dúvida sobre questões como ética, censura, credibilidade, etc.
Quem escrevia e não tinha nada a perder pode ser o mesmo que escreve porque tem muita coisa a ganhar.
Aí eu penso que o Capital é realmente um processo civilizatório que permeia todas as esferas. Assim como invadiu a EAD transformando educação em produtos e serviços, não poderia deixar de atingir a blogosfera.

... em tempo: ainda não pude fuçar o Blogversations, mas a abertura da página já vem com aquela balela fetichizada "os mercados são conversações".



[Inversões]




... ou quando a ordem dos fatores não altera o produto, mas transforma o começo no fim.



   No telejornal local, RBS, mais uma reportagem sobre o centro de Porto Alegre. Violência, assaltos, pirataria, paraíso dos mãos-leves e camelôs. Claro, ... é ano de eleições e, vai ver, o crescimento da violência, da venda de produtos falsificados (vamos tirar os piratas fora disso) e da informalidade no centro da cidade (e na cidade toda) é culpa da atual administração, que não põe um PM em cada esquina e câmeras estratégicas.

   Entrevistado, o presidente do SINDILOJAS, foi pródigo em estatísticas e interpretações. Segundo ele, o aumento da informalidade (ambulantes, camelôs, depósitos de produtos falsificados) acaba com trinta por cento do faturamento do comércio e a conseqüência é a demissão de funcionários que, por sua vez, são "lançados na informalidade".

   Nem dirigentes e nem a nossa arguta imprensa mencionam que as empresas capitalistas tem como finalidade produzir cada vez mais, com cada vez menos trabalhadores e acumular. Ou isso ou deixam de ser "competitivas" e falem. É da lógica do sistema demitir e, ao mesmo tempo, intensificar os processos de trabalho dos que ficam. A informalidade, no caso, é uma das conseqüências e não a causa.

   Agora, ... pena que não tem um linkizinho para comentários na TV.


segunda-feira, agosto 30, 2004


[America and the World]


A Conversation with Jürgen Habermas
Eduardo Mendieta


Q: Professor Habermas, let me begin by congratulating you on receiving the Prince of Asturias Prize and also the gold medal of the Bellas Artes Foundation of Madrid. You must have surprised many Spaniards, as you did me, when you confessed your admiration for two fiercely existentialist writers, Miguel de Unamuno and Miguel de Cervantes.

A: This love goes back to school days and my university years. After the Second World War, when the Keller Theater was presenting masterful productions of French plays by Sartre, Mauriac and Claudel, Existentialism gave expression to our sense of life. A book by the Tuebingen philosopher, Friedrich Bollnow – who would now be 100, like Adorno – brought Unamuno’s Don Quixote to my attention at that time. By similar paths, I also found my way to Kierkegaard, to the later Schelling, and to the Heidegger of Being and Time. That I turned my back on Being and Time, and busied myself, rather, with social-, political-, and legal theory, had one simple reason: In the rather tattered mental and moral world of the Bundesrepublik, one could grapple better with what Jaspers called “limit situations” in the language of Marx and Dewey than in the “jargon of authenticity.”

........ entrevista completa no InTramse.


sábado, agosto 28, 2004


[contratempo]




No contratempo, foi este o ritmo da semana. Y'shana precisou fazer uma cirurgia e eu pensei que era o seu fim. Ela conseguiu sobreviver e eu estou aqui de enfermeira desde quinta.

Se algum dia alguém me falasse que eu ficaria feliz em casa cuidando um cachorro e sendo coadjuvante da vida dos filhos, eu ia rir muito. Mas é bem o que estou fazendo. E surpreendendo novamente aqueles que pensam que me conhecem :)

Além disso, me institui umas férias de pensar projetos. Acho que preciso, até para poder pensar melhor. Pensar e fazer umas contas. É... desta vez contas serão necessárias.

Como sempre estou falando cifrado. Mas deixa assim. Se daqui um tempo eu não me lembrar mais dos significados, sempre posso me interpretar de novo. Ou não... Eu sou do tipo de pessoa que precisa de notas de rodapé.


quarta-feira, agosto 25, 2004


["Não sereis escravos de ninguém"]


Aos 50 anos da morte de Getúlio, sua carta testamento ainda é um manifesto utópico e denúncia vibrante contra a pequenez dos poderosos no Brasil - leia-a na íntegra. :: leia na íntegra no InTramse (fonte: Outras Palavras)

UM dia a irmã de minha avó, a quem conheci desde que nasci, pois morávamos no mesmo pátio, me contou:

- Nós todas corríamos para a avenida para vê-lo passar. Ele acenava para nós e parece que sabia que cada uma ali era operária. Ele via isso e a gente sabia que ele sabia.

Didi falava de Getúlio e eu cresci ouvindo as histórias do bonito homem (eu achava) do retrato na parede da sala. Isso, muitos anos depois que ele já havia morrido.
Didi, como muitas mulheres pobres de sua época era operária numa indústria (não lembro exatamente de que). Ela começou a trabalhar lá quase criança e contava que não era permitido se afastar do posto de trabalho. Isso era exigido de uma forma tão drástica que, muitas vezes, as operárias acabavam humilhadas, urinando nas calças.
Esta é uma das histórias da minha infância, que já começam a se perder na memória, pois Didi e a vó não estão mais aqui para lembrar e o retrato do Getúlio saiu das paredes. Para onde, não sei.


terça-feira, agosto 24, 2004


imagem capturada da tela
[Olga, o filme.]


Mas sobretudo Olga incomoda porque é um filme que toma posição: é de esquerda - como o são Diários de Motocicleta e as fitas de Michael Moore -, quando nos querem convencer de que isso não existe mais, que apenas os critérios estéticos é que contam. E Olga, além do mais, é um belo filme, humanista, que não poupa os carrascos, que diz as coisas pelos nomes que as coisas têm.


... segue o artigo de Emir Sader para a Agência Carta Maior.

Ainda não assiti o filme e, antes de fazê-lo, pretendo reler o livro de Fernando Morais.



[aniversário do blogger.com]


>> Blogger faz aniversário. O eCuaderno fala sobre os cinco anos do blogger, inclusive dando a direção da sua velha foto.



[RSS no Excel]


>> Ler RSS usando Excell - um add-in para Excell 2000 ou superior que permite a leitura de feeds. :: ler em Colo's Excel Junk Room



[momentos olímpicos]


>> Os atletas olímpicos podem dar entrevistas, participar de chats, mas não podem blogar. >> USA Today. Confirma-se o que eu já havia comentado alguns posts atrás. A informação e o comentário são produtos que não podem ser fabricados artesanalmente, em vez de direitos.

>> A reação do público na prova de Barras da final masculina por aparelho da Ginástica Artística, mais especificamente sobre a nota dada à Alexei Nemov está repercutindo. Eu assisti ontem a final e nunca havia presenciado em campeonatos uma tal reação. Vaias aos juízes e ao atleta americano que iria se apresentar logo após o russo. Aliás, as vaias já vinham reforçadas por toda a incompetência no julgamento do Individual Geral Masculino. A rateada que deram na nota de partida do coreano que, desta forma, perdeu a medalha de ouro. Parece que o Comitê Olímpico Russo vai protestar contra os resultados. :: na CNN e no eurosport.

>> comentários interessantes sobre os Jogos:

:: Brasil, o país da Vela - do Cris Dias.

:: Marmota Olímpico - muito bom este post, entre outras coisas, sobre a auto-sabotagem que parece ser o galvão Bueno nos comentários. Espero que ele não resolva cantar o hino ...


segunda-feira, agosto 23, 2004


[as lições dos jogos]


   Praticamente o país parou para ver se Daiane realizava alguns de nossos sonhos. O de todas as brasileiras, por terem como a melhor do mundo uma mulher brasileira. O das brasileiras negras, por uma negra ser a melhor ginasta de solo na competição mais importante do planeta. O sonho dos pobres por saber que, apesar de tudo, existe a possibilidade de superação. E por aí afora...
   Daiane fez o que era praticamente impossível para nós. Mesmo não ganhando a medalha de ouro. E mostrou que pode ser, se já não é, a melhor do mundo. Sobrou impulso, sobrou garra, energia e coragem. Ela merecia, talvez como qualquer uma daquelas gurias, a medalha de ouro.
   Final olímpica é isso. Um êrro, mesmo que seja dos árbitros, como no caso do vice-campeão masculino, pode tirar o atleta da prova.
   Porém, o Brasil (inclusive tu e eu) não merecia. Não valorizamos as atividades físicas, não investimos em educação e, muito menos em educação física. Ou melhor, até investimos, mas no sentido do mercado financeiro. Apostamos em mercadorias que poderão gerar lucros... :)
   Ainda por cima, ficamos achando o máximo quando uma Daiane, que é um fenômeno mesmo, consegue vencer a pobreza, a precariedade dos treinos, o preconceito e vencer. Isso devia, sim, envengonhar cada um. Cada um que aceita pobreza, preconceito, precariedade como coisas naturais que tem de ser vencidas individualmente.
   É ... , da forma como vêm sendo, não é o caminho valorizar esportes de alto nível, altamente produtivistas, mercantilizados no pior sentido.
   Assim como a produção capitalista está se lixando para o trabalhador e para o meio ambiente, o esporte capitalista não está nem aí para a saúde do atleta, para a ética, para a felicidade. Importante é quanto a Nike vai te pagar (ou não) para aparecer com o bonezinho.
   Este não é o esporte que queremos, pelo menos para aqueles que acreditam na dimensão educativa, formativa, lúdica do esporte e das atividades físicas em geral.





Enquanto este blog anda meio à deriva, eu assisto os Jogos e termino as tarefas do mestrado. Hoje minhas aulas começariam na UFRGS, mas já avisei que não vou. Vou ficar assistindo os Jogos. Quero ver a final da ginástica e, até mereço.
Agosto, que eu sempre chamo mês de submarino (um dia conto porque), surpreende mais uma vez. Os jasmins estão cheios de flores chamando os passarinhos. E o seu perfume enche a casa e leva embora a umidade e o silêncio. O silêncio dos submarinos ...


sexta-feira, agosto 20, 2004


[Mudanças]


Quem chegou até aqui é porque entrou no meu endereço normal >> http://planeta.terra.com.br/educacao/Gutierrez/, fez um duplo twist carpado e caiu aqui. Desde domingo o FTP do Terra não funciona e, hoje, depois de alguns contatos com o suporte decidi mudar de endereço. Eles não tem previsão de arrumar o FTP. Incrível, mas é...
Por enquanto fico com um pé lá outro cá, pois não quero republicar todo o blog. Então, quem quiser entrar nos arquivos, vai ter de fazer algumas ginástica.
Por exemplo, entrar aqui >> blog no Terra.
Conforme for, fico por aqui mesmo :)

Feed Atom

... a coisa toda está ainda em testes :(


segunda-feira, agosto 16, 2004


[ritmo diferente]




   Continuo em ritmo diferente. Iniciei a semana com a atenção repartida entre os Jogos, os acontecimentos do colégio e as o dia-dia da UFRGS. Amanhã, Paulo e Gabriel defendem seus projetos e hoje fui assistir o ensaio do Paulo. Ele está super bem para a defesa. Eu sempre admiro quem tem o dom da palavra, ainda mais quando sabe do que está falando.

   Para a banca dos dois vem o Prof. Dr. Gaudêncio Frigotto e, isso, por si só já vai dar uma platéia grande. Pela manhã estarei lá e vou fazer força para voltar de tarde.

   Depois do almoço fui até a gráfica da Ufrgs entregar os originais da dissertação para fazer as cópias. Tudo certinho. Daqui uns 15 dias encaminho o que falta para a homologação do título e para a passagem direta. Ritmo bom este. Só agora estou curtindo o finalzinho desta etapa :)

   Acho que nisso os Jogos ajudaram. Voltei correndo para casa e assisti toda a final masculina de Ginástica Artística. É inacreditável como a dificuldade dos exercícios continua avançando.

   E para quem perguntou quais os esportes que eu mais gostava e / ou que tinha praticado: em princípio gosto de tudo. Dentro do que gosto pouco estão as lutas onde se bate no adversário, principalmente o Box, mesmo o Olímpico que é mais light.

   Gosto de assistir os esportes que pratiquei. A Ginástica Artística, que comecei com 8 anos e que competi durante dez anos e não tenho nenhuma foto :(. Só as medalhas e os diplomas já meio amarelados e enferrujados. Gosto do Volei, que joguei na escola e competia, desde que não atrapalhasse a ginástica. Gosto da Ginástica Ritmica, que pratiquei na Faculdade. E gosto do Atletismo, pois correr foi o último esporte a que me dediquei.

   O bravo são estes verbos no passado. Faz dois anos que fui parando de correr e só faço álguma atividade física com os alunos. Um pouco foi a dedicação ao estudo, mas a maior parte foi falta de decisão minha de manter o que passou a requerer um pouco mais de esforço. Mas, para não deixar este post sem ilustração, colo aqui uma imagem da Su nos velhos tempos de ver o mundo de ponta cabeça.





domingo, agosto 15, 2004


[De olho em Atenas]


   Penso que o relaxamento do final de mestrado está me proporcionando uma coisa que eu não fazia há muito tempo: mergulhar no esporte :) Estou plugada em Atenas direto, com uma certa inveja daquele povo sem blusões e meias de lã, que vejo circulando pelos mais diversos espaços. Das piscinas às quadras, uma quente Atenas que motiva aquele banzo eterno de férias e tempo livre.
   Inacreditável a pouca platéia em TUDO. Muito a ver, poucos para assistir? Preços fora do alcance de uma grande maioria? Um pouco de cada?
   Assisti natação, volei, tudo que pude assistir de ginástica, handebol e o futebol feminino. Linda a prova de revezamento feminino 4 x 100 Livre onde venceu a Austrália. A meu ver a ação da equipe foi estratégica.

   ..chegou a tele-entrega :)))))) depois eu continuo....

update 14:07: comendo pastel eu assisti a reviravolta japonesa na Natação. Ontem Kitajima teve batido o seu record recém estabelecido por por Hansen dos USA, nas semi-finais dos 100m Peito. Há alguns minutos, Kitajima conquista a medalha de ouro, na final, vencendo o mesmo atleta norte-americano.

mais resultados via rss


sábado, agosto 14, 2004


foto jbonline
[Jogos Olímpicos]


   É difícil manter o foco, considerar o contexto e manter em perspectiva um espetáculo (pior que é esta a palavra) como a abertura dos Jogos Olímpicos de Atenas. É uma hora em que qualquer professor de educação física, atleta ou ex-atleta vacila e têm a maior dificuldade em ver além da emoção, do desejo mesmo de uma educação física que seja a realização da vida plena, corpo e alma enfim juntos. Como se fosse possível separá-los, mas tão acostumados que estamos à escravidão de um e outro.
   Todo o mundo unido pela e na competição, como se a competição não estivesse na ordem do dia, de todos os dias. Uma competição que pensamos diferente da luta pela sobrevivência, da agressividade do trabalho alienado, do objetivo de aniquilamento do outro-mercadoria. Uma competição que é diferente, mas não tão diferente assim. Jogar não é lutar, mas a guerra dos patrocínios, dos laboratórios farmacêuticos, do enquadramento do corpo numa lógica mecânica, está muito presente, mesmo em meio às pequenas solidariedades, aos sonhos de cada um.
   Por trás destes sonhos, o giro da mercadoria continua. E aparece claramente nos termos que usamos, como pode ser observado nos textos repletos de "aniquilar, destruir, guerra, ..."
   Ainda assim, foi lindo!


sexta-feira, agosto 13, 2004


[Neoliberalismo e restauração do poder de classe]


”Não existe essa coisa de sociedade, apenas indivíduos e as suas famílias", Margaret Thatcher

“O Governo terá como seu primeiro e primordial dever, fazer reviver o espírito de unidade e cooperação na nação, preservar e defender os seus princípios básicos da Cristandade como alicerce da moralidade nacional, e a família como base da vida nacional.”, Adolf Hitler


por David Harvey *


Desmoralizadas todas as demais justificações para a invasão do Iraque, o presidente Bush tem recorrido cada vez mais ao argumento de que pelo menos o Iraque está livre. “A liberdade,” diz ele, “é a maior de todas as dádivas a cada homem e mulher neste mundo” e “como a maior potência na terra, temos a obrigação de ajudar a espalhar a liberdade”. Mas, como há muito argumentou Matthew Arnold, "a liberdade é um grande cavalo a cavalgar mas a cavalgar em algum lugar". Assim, onde é que os iraquianos são supostos cavalgar o seu cavalo da liberdade?

....segue no InTramse



[Extreme Democracy]


Para variar :) comecei a leitura NÃO pelo início. Li o capítulo 3, Power Laws, Weblogs and Inequality (Clay Shirky) e depois o Prefácio. Porém, li na corrida, de pura curiosidade, porque meu tempo está contado nesta semana. A idéia de Extreme Democracy me interessa e pretendo acompanhar de perto.

Weblogs e outras ferramentas vêm adquirindo força estratégica entre as ferramentas políticas. Isto é óbvio, não que o óbvio não deva ser claramente apontado para tomar características de ação. Resta saber que querem dizer com democracia e com política. O que não é tão óbvio.

Assim que eu tiver adiantado oqueeutenhorealmentequefazerhoje, que é imprimir decentemente a versão derradeiramente final da minha dissertação e deixar tudo certo para encaminhar para a gráfica, pretendo ler, mesmo, os textos.

Enquanto isso, pesquei um trechinho onde já poderia se estabelecer alguma discussão:
People change history and they use tools to do it. This is an important supposition when considering what will happen to politics because of the Internet.


Numa tradução livre: "as pessoas mudam a história e usam ferramentas para isso. Esta é uma suposição importante quando consideramos o que vai acontecer à política por causa da Internet".

As pessoas não apenas mudam, como fazem a história. A internet ou qualquer outra coisa não são possibilidades para as pessoas terem alguma ação numa história que existe independente delas. Dependendo de como isso está posto (ou pressuposto) no texto, pode todo o conjunto ficar atado a uma ciência que retira a historicidade da ação humana e que atribui uma naturalidade (e possível imutabilidade) ao que é construído historicamente e, portanto, contingente/mutável.

Tá, mas já exagerei no comentário para quem ainda, de fato, não leu.


terça-feira, agosto 10, 2004


[blogs proibidos pelo COI]


Será? Pelo menos é o que transita pela blogosfera. Informações:

... Slashdot
... David Akin
... IOC Bans Athletes From Net Storytelling

Parece que a proibição se restringe aos atletas. Vou conferir depois.

update: enquanto isso quem gosta da face competitiva puramente quantitativa dos Jogos pode copiar esta tabelinha de medalhas para blogs:



o código dela está é
<iframe name="medaltable" src="http://www.livingroom.org.au/olympics/minitable.html" width="160" marginwidth="0" height="236" marginheight="0" scrolling="no" frameborder="0"></iframe>
créditos: Athens Olympic games Blog



[uma boa pergunta]


People are asking me to be their contact on Multiply. There was an error processing your request. Please try again. it tells me, with advice to "contact customer service." I'm not a customer. I don't have the time. But I do wonder why we need yet another one of these things. ...

Eu já entrei no Orkut, Multiply, no .node, ...... curiosidade apenas, mas na realidade não faço quase nada com nenhum deles, a não ser arrumar mais tarefas sem sentido. Mas depois eu falo disso... quis apenas registrar a pergunta que começa a correr pelas infovias.



[desigualdade não está só no acesso...]


ou ... alguns são mais iguais que os outros.

Será?

   Redes sociais promovem contatos que são bidirecionais, na maioria das vezes. Para alguns isso é o ideal, alavanca a colaboração, incrementa o crescimento rizomático da rede. Para os mais iguais, isso pode significar ter de aceitar "aqueles que não tem nada à oferecer".
   De certa forma, as duas visões, especialmente a segunda, centram demais na individualidade do e não na coletividade da rede ou de partes da rede.
   Explicando melhor: um nó não significa apenas por si só, significa pelo movimento/deslocamento que provoca na rede. Uma rede que não seria a mesma semele. Assim, penso que é problemático dizer que uma determinada conexão não interessa, não agrega valor, não tem nada à oferecer, em uma determinada direção. Qualquer conexão pode, no mínimo, deformar a rede justamente naquilo que é necessário para que grandes sinapses sejam criadas.
   Porém, não me surpreende esta possibilidade de estratificação nas conexões que criamos na rede. Elas reproduzem de muitas maneiras as relações/conexões materiais.
   É visível, hoje, que muitos consideram parte da humanidade descartável, desnecessária, que não agrega valor. Aquela parte da humanidade que não tem possibilidades de consumir e que não é necessária na produção.
   Os não convidados para as redes materiais são os ainda menos convidados para as redes on-line. Orkut/Friendster são clubes privados onde as conexões ou a bidirecionalidade delas é assunto para consideração da viabilidade da rede horizontal e sem hierarquias.

Pensei algumas destas coisas lendo What does a connection mean in Social Network? e etc. Não que eles estejam falando disso J


segunda-feira, agosto 09, 2004


[fraude.org morreu, mas parece que vai se decompor on-line...]


Em homenagem ao defunto link que ainda está presente neste blog, vai o excelente texto e Marcelo Träsel:


Nós estávamos todos certos

Greg Palast mata a cobra do neoliberalismo e mostra o pau

por Marcelo Träsel

[ 07/05/2004 ] Já havia desistido de acreditar em uma conspiração mundial de CEOs, economistas, entidades supranacionais e integrantes de governos mundo afora para extrair até a última gota de sangue da ralé nas engrenagens da economia de mercado. Até que The Best Democracy Money Can Buy, do jornalista norte-americano - exilado no Reino Unido - Greg Palast apareceu convenientemente em uma prateleira de "2 livros por 16 euros" em uma loja de discos em Dublin. Parecia uma boa leitura de viagem. É mais. É uma leitura obrigatória a qualquer indivíduo insatisfeito com o status quo - e possivelmente para os satisfeitos também.
Palast é menos conhecido do que o documentarista Michael Moore, embora escreva muito melhor e realmente vá atrás de documentos e provas para suas teorias. De fato, Moore nunca deixa de citar Greg Palast como uma de suas fontes. ..............

:: continue lendo


sábado, agosto 07, 2004


[é bom deixar um registro aqui]


...de um dia frio, mas de muitas conspirações. :))))))


sexta-feira, agosto 06, 2004


[:: Alfarrábio na STV ::]


Dia 09/08 - 22h30
PÉ - RAPADO
Você sabe o que significam as siglas CIC e CPF? Pois preste atenção no quadro da Banca do Seu Nicolau, destaque do PROGRAMA DE PALAVRA! Esta edição também revela a origem da expressão pé-rapado. Nas ruas, as pessoas mostram se sabem ou não o significado da palavra latente e qual o plural de bóia-fria. No estúdio, o professor Sérgio Nogueira entrevista o jornalista Paulo Bicarato, que esclarece tudo sobre blogs - diários virtuais que fazem sucesso no Brasil.
Reapresentação: dia 10/08-08h30/ dia 11/08-11h30/ dia 12/08-12h30/ dia 13/08-03h30/ dia 14/08-10h00/ dia 15/08-19h00

:) dá-lhe, guri!



[voltando a rotina de sempre]


uiaaaaaaa   Porém, não sem algumas seqüelas. Estes dois últimos anos de quase sedentarismo terminaram com o restinho do meu condicionamento físico de corredora. Atualmente, correr só para salvar a vida e com limites não muito amplos :(
   Estou aqui tentando me motivar para reverter este quadro e, um dos grandes links nisso é o bem estar que eu sentia na época em que corria 10km todos os dias. Recomeçar é difícil e, nisso, eu sempre preciso de alguma motivação poderosa, interna, quase meio enfurecida.
   Quarta recomecei no CM e estou literalmente quebrada. Também, jogar basquete depois deste tempo todo de computador/cama/aula só podia me deixar com dores até atrás das orelhas...
   Recebi bastante carinho dos colegas pela conclusão do mestrado e foi bom rever aquela turma toda. Penso que, como grupo, este ano vai ser decisivo na nossa constituição. E já era tempo.



[Fórum Mundial de Educação - vídeos]


Estão disponíveis na TV Carta Maior alguns vídeos de conferências entrevistas do FME:

Eliezer Pacheco Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC)

Beatriz Gonzalez da Coorporação Viva a Cidadania - Colômbia

Gaudêncio Frigotto do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso)

Salete Camba do Instituto Paulo Freire e Conselho Internacional do FME

:: link


terça-feira, agosto 03, 2004


[Testing Meme Propagation In Blogspace: Add Your Blog!]


Testando a propagação de Memes na Blogosfera: adicione o seu blog. Copie o texto abaixo, trocando os dados pelos seus. Não altere o texto restante.

....vamos ver ... lá no [bloglab]



[Carta da terceira edição do FÓRUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO]


Construindo uma plataforma mundial de lutas
- 31/07/2004


O Fórum Mundial de Educação está organicamente articulado com o Fórum Social Mundial, porque para outro mundo possível uma outra educação é necessária.

Os princípios, objetivos e metodologias dessa outra educação possível vêm sendo construídos em vários encontros e expressos em Carta de Porto Alegre 2001 e 2003, Declaração de Quebec 2001, Declaração de São Paulo 2004 e Declaração do IV Congresso da Internacional da Educação 2004 entre outros. Chegou a hora de avançar na luta mundial em favor do direito universal à educação. [no InTramse]



segunda-feira, agosto 02, 2004


[respondendo para Elisa]


Uma resposta em comentário fica perdida e , esta ligação, faz falta na conversação. É por estas que muitas vezes os blogs não conseguem manter um papo mais duradouro. Assim, vou responder para a Elisa, aqui:

Ela disse:
Oi Suzana,
que organização hem?? A idéia do "qts" é ótima, dá certo??? E aí, já sabe se passou direto para o doutorado??? Se sim, haja trabalho hem???

Elisa ... qts é coisa de quartel e dá certo tanto quanto qualquer previsão :) Até alguém mudar de idéia.
Estes aí são lá do CM e já foram mandados para o e-mail do sargento :)
Quarta-feira eu me torno mais um soldadinho da coisa toda.

A passagem direta para o doutorado foi indicada pela Banca, mas precisa ser homologada pela Compós, depois que eu entregar a versão definitiva da dissertação. Penso que encaminho esta semana, ainda. Não tem quase nada para rever no conteúdo, mas tenho de arrumar a formatação para impressão na gráfica.



[terminaram as pseudo-férias e o quase recesso]


   Consegui terminar os trabalhos da disciplina que fiz este semestre, dar uma boa adiantada na formatação definitiva da dissertação e fazer os qts* até o final do ano. As aulas do CM já começaram e, pelo que sei, vem chumbo grosso na minha direção.

   Comecei novas leituras e estou fazendo uma lista desejante bibliográfica bem grande. Só que vou ter de arrumar um trabalho extra para poder pagar :)

* qts = quadro de trabalho semanal