quinta-feira, setembro 25, 2003


De Santiago, Chile, do XI Seminário Internacional sobre a Formaçao de Professores para o Mercosul - Cone Sul:



Neste exato momento tem início as apresentaçoes da tarde dos grupos sobre Currículo e Formaçao de Professores. Pela manha, tivemos as apresentaçoes do Uruguay e Argentina, onde foi feito um balanço sobre a pesquisa e a formaçao de professores no último ano. O Brasil fará sua apresentaçao amanha, com os professores Augusto Trivinos e Carmen Machado. Somos mais ou menos 10 pesquisadores, integrantes do TRAMSE, aqui presentes. Quase todos apresentando trabalhos. Breve mais notícias.



:: este aqui fica parado até lá.



segunda-feira, setembro 22, 2003


[Segunda, 22 de setembro - Santiago, o primeiro dia]

Chegamos, depois de sete horas, em Santiago. Eram 6h:30min, uma hora a menos, pela mudança de fuso horário. Amanhecia light. Arduamente negociamos um taxi por us$5,00 e saímos vitoriosos, rumo ao hotel. Vitoriosos até descobrir que pagamos mais que o dobro. Porém, tudo o que queríamos era banho e cama, nesta ordem :)
Chegamos ao Hotel City alguns minutos depois. Acordamos todo mundo. Eu ficaria no quarto com a Rosane, que já havia chegado, e o Wilton com o Moacir. Carmen e Silvio dispararam para o quarto que já estava reservado.
Tomei um bom banho, tagarelando com a companheira de quarto, e me deitei. Pela primeira vez na horizontal depois de 3 dias :/ O grupo que já estava no hotel, Sandra, Rosângela, Moacir e Rosane, estavam preocupados com nossa demora. Nos esperavam no domingo. Já nos olhavam de modo estranho, pela decisão de ir de ônibus, quando contamos as aventuras, direto nos perguntaram quem do quarteto era o pé frio. Posso dizer que esta pergunta pairou no debate em todo o tempo em que estivemos lá.
O fato é que nem cheguei a esquentar a cama. A cambada alugou uma van para passearmos na cordilheira. Era pegar ou largar, pois só tinhamos segunda e terça para algum turismo. Na quarta, o Seminário começaria a ocupar os nossos dias. Passeio de turistas em modo precário é isso... passamos no supermercado para comprar comida. Tá... Tá, o programa era mesmo farofar nas estações de esqui. Quem, com salário de professor, teria o topete de pedir uma coca-cola lá?

Compramos, pan, vino, empanadas e... vino. O Chile está caro em relação aos nossos Reais, mas o vino... Cinco reais uma garrafa de Gato Negro, que em Porto Alegre custa quinze. Só alegria e fotos naquela van. Amazonino e Carmen filmando tudo, lá fomos nós caracolando montanha acima.
Penso que foi no segundo caracol que nossa futura mamãe Sandra pediu pinico. Rosane, com toda a pompa e solenidade, hablando o seu spanish pós-sanduíche, ainda ensaiou:

"- Samir, quién sabe algún paradero..."

Samir, nosso motoguia, fez cara de paisagem. Eu, que já vomitei durante dois filhos, e estava vendo a cara verde da Sandra, atropelei:

- Para ali! - E apontei um cantinho ínfimo entre a estrada e o abismo. Foi a conta. Cargas ao mar e troca de lugares para facilitar alguma ação rápida, lá fomos nós, no rumo de El Colorado y Farellones e do Valle Nevado.

- Hay solamente 32 caracoles - tranqüilizou Samir. O verde da Sandra aumentou um tom...

Paramos em alguns pontos estratégicos para fotos e filmes. Neste aspecto, é bom avisar que todas as imagens destes posts são reais, mas não minhas, a maioria achei pela Net e, breve a idéia é fazer um fotolog com as imagens do grupo.

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domingo, setembro 21, 2003


[Domingo, 21 de setembro - Adiós, Mendoza.... Hola, Los Andes!]

Descobrimos que a rodoviária de Mendoza é um point no Domingo, no estilo dos shoppings, só que com banheiros ruins. Eu, que odeio shoppings, já começava a me empipocar enquanto esperávamos a saída do ônibus. Famílias inteiras zanzavam. Crianças correndo e se agarrando na nossa roupa com as mãos meladas. Até um cheiro de Iguatemi pairava o ar. Argh...
Jantamos, compramos uns lanches e gastamos o traseiro esperando.
Enfim, pontualmente às 23h chega o nosso 'coletivo', que não era da cilada bus, mas parecia irmão gêmeo. Realmente, era o último ônibus, do último horário e eram, realmente, os últimos lugares. O nosso banco era o último e eu correria, se fosse possível, para pegar a janela. O corredor é tão estreito que não admite ultrapassagens. Gentil, o Wilton me cedeu a janela e se desmanchou rindo quando eu sentei e o banco caiu para trás. É... aquela alavanquinha que costuma regular a inclinação do encosto não funcionava. O Amazonino nem riu muito, porque quando sentou a porta do banheiro abriu e quase acabou com os dentes dele para sempre. É... havia uma comunicação direta daquele assento e a porta do banheiro.
Cada vez que o Wilton levantava e sentava ela abria. Assim, em pouco tempo, estávamos íntimos de todos os passageiros.
Lá fomos nós, eu de óculos tentando ver as montanhas na escuridão. Viagem tranqüila apesar do ônibus. Tranqüila porque não se via nada fora das janelas. Penso que o horário de saída do ônibus foi calculado justo para isso. Só se via as luzes de carro para cá e para lá nos caracóis da estrada.
Depois dos caracóis, eu tirei o nariz do vidro da janela e dormi.

:: pegou o bonde andando, neh? leia tudo aqui



[Domingo, 21 de setembro - MENDOZA]

Uma reta entre pomares e vinhas, assim é a estrada que chega a Mendoza. Um solo de terra clara, lembrando areia de praia, plano até virar montanha. A cordilheira faz um fundo magnífico para a cidade.
Chegamos mais ou menos às nove horas da manhã e nos reunimos num canto da rodoviária para planejar alguma estratégia para chegar a Santiago. Silvio e Wilton ficaram com as bagagens e Carmen e eu iniciamos a peregrinação. Nem nos demos ao trabalho de passar no guichê da trambique bus.
Nada de conseguir passagens. Tentamos até carros particulares, bem mais caros. Porém, em nenhum deles nossas malas cabiam. Bem... Depois que conheci o passo da cordilheira, agradeci a Deus pelas malas!
A esperança estava no finzinho e já estávamos nos acostumando à idéia de ir para um hotel. Aliás, depois de duas noites nos "leitos" e de andar rebocando a monstromala por várias horas, eu já estava achando maravilhosa a idéia de hotel.
Foi aí que o milagre aconteceu. O Silvio caminhou até o fim do terminal conferindo, pela enésima vez, se não havia algum lugar onde não havíamos estado. Perto do final, desistiu e ficou parado no meio do corredor pensando o que fazer. - esta parte ele conta melhor - Seu rosto devia estampar toda a desolação do momento e chamou a atenção de um atendente da CATA (uma empresa de ônibus).
- Que pasa, Señor?
Esta pergunta salvou o nosso dia! Descobrimos que os diversos guichês com o nome de uma mesma empresa, na realidade, eram independentes. E aquele guri querido tinha as nossas passagens, as quatro últimas do último ônibus que sairia as 23h:30min. Negócio fechado.
Deixamos as malas com ele, pegamos alguns folhetos turísticos e fomos alegremente conhecer Mendoza. Até esquecemos os quase dois dias sem banho e as dores nas costas. Aliás, este tópico: Baños, é um tópico que merece um post inteiro. Fazer xixi fora do Brasil custa cinquenta centavos, no mínimo, sem nenhum direito assegurado sobre o estado do 'baño'.
Caminhamos, visitamos praças, feirinhas, olhamos vitrines e escolhemos um restaurante com mesas na calçada para almoçar. Viño! Mais precisamente, três jarras de vinho de Mendoza. Lomo y ensaladas... Nada como tempo sobrando e preços razoáveis. Brindamos aos amigos, aos conhecidos e aos desconhecidos, também. Brindamos quase o mundo todo, com excessão da folgada bus.
Resolvemos, então, andar até a nossa programação da tarde: uma festa popular na Plaza Pedro del Castillo. Tarde quente e bonita, mas, umas dez quadras depois, o nosso entusiasmo já não era o mesmo. Chegamos na praça, que ainda estava vazia. Apenas umas poucas pessoas perto do prédio do Museu se movimentavam preparando a festa.
Sentamos no gramado à sombra das árvores. Vento suave, passarinhos calados, em minutos estávamos dormindo. Carmen e Silvio abraçadinhos roncando, Wilton fazendo a segunda voz. Eu não ronco, pelo menos que eu escute.
Quando acordamos, já havia uma pequena platéia nos observando com curiosidade. Sentei logo, antes que um dos cachorros levantasse a perna em mim.
A festa estava iniciando. Uma pequena feira, músicas típicas, famílias inteiras acampadas. O povo dançando chacareiras nas calçadas e nos gramados.
A idéia era não deixar morrer a tradição e a cultura que se evidenciam através da música e da dança. Os casais, com idades dos 35 em diante, se revezavam animando a gurisada a dançar. Demorou bastante para que os mais jovens aderissem. Um professor de dança ia dirigindo os passos, corrigindo movimentos, animando. Pelo que entendi, nascia um novo grupo de danças em Mendoza. Bonito dançar assim na rua.

:: o começo e o fim disso tudo estão aqui



[Domingo, 21 de setembro - madrugada à bordo]

Chamar um ônibus de "leito" se situa entre a gozação e a perversidade. Os critérios para definir "leito" são muito flexíveis, mais ou menos como a questão da empregabilidade, hoje. Isso torna qualquer coisa que pareça vagamente com uma poltrona e que possa se inclinar em qualquer ângulo maior que 90°, uma cama.
Em caso de necessidade, levantar de tal leito significa rastejar de debaixo do "leito" do passageiro da frente, que paira à uns cinco centímetros da nossa barriga. Para quem está sentado na janela é impraticável. Possivelmente, você seria acusado de assédio sexual. Depois de viajar num destes ônibus "leito" eu fico imaginando o que seria o "semi-leito" oferecido pela embroma bus.
Estas coisas não têm janelas, pelo menos alguma que abra. Acredito que possa funcionar como submarino em caso de guerra. Em pouco tempo, com ou sem ar condicionado (outro eufemismo), aquilo vira uma incubadora perfeita para qualquer tipo de bactéria ou vírus.
Quarenta estranhos dormindo juntos é uma coisa aterradora, nestas circunstâncias. Perto demais, uma intimidade sem escapatória. Roncos, gemidos, puns! Fumantes se esgueirando para o banheiro.
Quando o sol apareceu fraquinho, já fazia tempo que um pensamento mesquinho se infiltrava: "Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?"


:: isso tudo começa e continua aqui


sábado, setembro 20, 2003


[Sábado, 20 de setembro - Argentina]

De uma certa forma, entramos numa Argentina mais humilde. Não. Nem tão humilde, quanto envergonhada. Como depois comentou um chileno:
- Eles pensavam que eram a Europa da América Latina...
Venderam aos poucos o seu país para transnacionais que, quando a coisa apertou, levaram o que puderam, deixando um rastro de perdas. Perdas não só econômicas, mas, também, outras perdas irreparáveis, como a da esperança. Olhando nos olhos deles, lembrei do nosso poeta:
"Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.

Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de vela amarelada,
Como único bem que me ficou."
Mário Quintana

Buenos Aires perdeu um pouco a pose. A calle Florida não é mais diferente da Rua da Praia. Por outro lado, embora o desalento, Buenos Aires parece mais humana e solidária.
Faço estes comentários porque foi possível passear por Buenos Aires, graças a incompetência da conto-do-vigário bus, que não reservou nossas passagens para Santiago e, ainda por cima, quase nos envia para Santiago Del Estero. No último minuto notamos o êrro nas passagens.
Resultado: vagamos, em vão, na busca de passagens. As comemorações do Dia da Pátria, no Chile, absorveram todas as passagens para Santiago. À custo conseguimos passagens para Mendoza, num ônibus que sairia às 18h:30min. A idéia era tentar chegar à Santiago, conseguindo algum transporte a partir de Mendoza.
Quando a desgraça é certa, o negócio é rir dela. Pelo menos isso dá alguma dignidade. Claro que amaldiçoamos o pessoal da piada bus até a quinta geração.
Almoçamos na calle Florida à preços brasileiros e passeamos até a hora do embarque. O Wilton atrás de um gorro para o filho e nós atrás do Wilton. Estas alturas o Silvio já o havia re-batizado de Amazonino. Situando melhor, o re-batizado foi precisamente depois do acidente da escada rolante. Pois é, ... Na pressa de nos livrarmos das malas para irmos almoçar, andamos depressa demais num lugar que não combina muito com malas. A escada rolante. Bem no meinho dela o Wilton resolveu virar para trás para ver se a Carmen tinha conseguido entrar na escada com as 32 sacolas e... crash! A escada levou a mala, que levou o Wilton. Só não foi um strike porque não havia ninguém abaixo dele. Só eu e o Silvio ao pé da escada rindo, é claro. Um atento funcionário desligou a escada assassina e pudemos recolher nossos amigos e pertences. Foi aí que o Wilton, que já estava na sua 45587 hora de viagem desde o interior do Mato Grosso, virou Amazonino.
Felizmente o ônibus para Mendoza era bom. Parecia um avião, com serviço de bordo e tudo. Um avião latino, porque até Bingo teve depois da janta.
Bah... 14h até Mendoza e eu me cronometrando para ir ao banheiro uma só vez...

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sexta-feira, setembro 19, 2003


[Porto Alegre, 19 de setembro - Rumo à Santiago]

A mala ficou um monstro. Tão pesada que não consegui descer as escadas com ela. Tive que chamar alguém maior que eu. O estranho é que não estou levando muita coisa. Tentei colocar tudo na mala para não ter de carregar mais nada além da minha pasta e do travesseiro de estimação.
Considerando que só temos dois braços e um pescoço, esta providência é importante.
Cheguei cedo na rodoviária e passei no guichê da flecha bus para conferir as passagens e receber uns pilas que haviam cobrado á mais. Encontrei Carmen, Wilton e Silvio no terminal no meio de um pesadelo de malas e sacolas. Despachada as tralhas e já no ônibus, descobri que o meu tão escolhido e conferido lugar não era o que eu havia marcado. Reclamei e, como haviam muitos lugares vazios, pude sentar num banco sozinha :))
Partimos. Animação total. Foi uma viagem tranqüila. Uma galera de estudantes de Panambi, indo para um intercâmbio em Buenos Aires, tagarelava alegremente.
Paramos em São Gabriel para jantar e chegamos em Uruguaiana/Paso de los Libres perto da meia noite. Foi mais ou menos rápida a tramitação na aduana. Eles estão mais interessados em vegetais e animais silvestres do que em humanos que andam de ônibus.
Aliás, humanos no limite da humanidade circulavam livremente a sua miséria entre os dois países, esmolando em português e castelhano. Demos nossos lanches para as crianças, com aquela culpa que, quem come, costuma carregar.
Fronteiras... Tão zelosas pelo que entra ou sai. Às vezes, tão intransigentes com a diferença. Tão cegas que não notam o trânsito fácil da miséria, que se expande dos dois lados.

:: continua em outros posts ou aqui.


quinta-feira, setembro 18, 2003


imagem de http://www.grade6.com.br/f_cursogelo02.jpg
[fazendo as malas]


Penso que vou sair sem ter postado nada no Smart Mobs esta semana, embora tivesse idéia de ampliar alguma coisa sobre o N5M.

Também não consegui fazer um resumo de alguns trabalhos do II Ciclo do CINTED para lançar no Ed Blogger Praxis. Paciência. Na volta tento recuperar estas coisas e mais o que trouxer do XI Seminário.




[Mais estudos sobre os weblogs]


Do weblog de Marysia Milonas, que escreve na Polônia, a sua alegria por sua proposta de estudos sobre os weblogs ter sido aceita. Nas suas palavras:

I am really happy to announce that I have been admitted to doctoral studies in the Institute for Social Studies at the Warsaw University, where I was affiliated for the past years, but without the formal status of doctoral student.
My ideas concerning the thesis about blogs have been accepted. Marysia



[Em Braga, Portugal, o primeiro Encontro sobre Weblogs]


I Encontro Nacional sobre Weblogs, na Universidade do Minho, em 18 e 19 de Setembro de 2003.

Promotores
Jornalismo e Comunicação
Jornalismo Digital
Ponto Media
ContraFactos e Argumentos
JornalismoPortoNet

:: veja a programação do evento.

:: veja a foto da notícia de primeira página.



terça-feira, setembro 16, 2003



[correndo muito...]

Esta vai ser uma semana daquelas! Participando do II Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação do CINTED da Ufrgs, correndo com os preparativos da viagem e apagando todos os incêndios atuais ou o que ainda vão iniciar até o fim do mês.
Hoje assisti duas mini oficinas, uma sobre Objetos de Aprendizagem e Scorm, que me deu vários insights à respeito dos weblogs e das suas possibilidades junto com o RSS, a outra sobre Flash para Construção de animações, uso básico do Flash, coisa que mexi por alto no passado, mas que continuo achando complicado, quer dizer, complicado no sentido de ter de parar e dedicar algumas horas para aprender.
Bloguei algumas coisas para o pessoal do [zaptlogs], mas só podemos fazer um balanço das palestras em outubro. Amanhã tenho de pegar as passagens e revisar a minha apresentação para a tarde. A noite tenho de terminar o texto para o XI Seminário, resolver se vou cortar os pulsos ou pagar aquele caminhão de dinheiro para o seguro do carro. Ai...


segunda-feira, setembro 15, 2003


[Fracassa reunião de Cancún: movimentos sociais comemoram]

Direto de Cancún: Fracassou a 5ª Reunião Ministerial da OMC, encerrada neste domingo (14). A União Européia tentou incluir na pauta temas como compras governamentais e facilitação de comércio, mas países da África e da Ásia não aceitaram. ONGs e movimentos sociais saudaram a firme posição dos países pobres e em desenvolvimento.

Laura Cassano - 15/9/2003

:: Agência Carta Maior



[II Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação]

Iniciou hoje, no Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação - CINTED da UFRGS, reunindo pesquisadores de várias instituições, abordando temas relativos às Tecnologias Educacionais Informatizadas.
Destaco a apresentação do trabalho Alfabetização visual para a produção de objetos educacionais, das professoras Anita Grando, Mary Lúcia Pedroso Konrath, Liane Tarouco, que descreveu alguns princípios para a produção de objetos educacionais ergonômicos, que enfocam, principalmente, a questão da aprendizagem dentro da perspectiva da redução da sobrecarga cognitiva. Várias questões relativas a construção e disponibilização de material de ensino em suportes digitais foram abordadas.

O trabalho seguinte, EditWeb: Auxiliando Professores na Autoria de Paginas Web que Respeitem Critérios de Usabilidade e Acessibilidade, da Profª Leila Gonçalves, do PPGC - UFRGS, foi bastante interessante. Um ambiente/software de web que roda em qualquer plataforma, escrito em PHP e HTML, gratuito e de código aberto, disponibiliza à professores a oportunidade de construir páginas sem a necessidade de muitos conhecimentos técnicos. O projeto está em fase final de elaboração na UNESC e pode ser visualizado em http://www.unesc.rtc-sc.br/editor/editweb.php.

A programação do ciclo de palestras se extende até quarta-feira e os resumos dos trabalhos podem ser acessados no site do CINTED. Amanhã, na parte da manhã, me interessam muito as oficinas: Objetos de Aprendizagem e Scorm e Flash para construção de animações.
Quarta-feira, às 16 h, apresento o meu trabalho Projeto Zaptlogs: as tecnologias educacionais informatizadas no trabalho de educadores, um resumo de meu projeto de dissertação em andamento.



domingo, setembro 14, 2003



[programa familiar]

Na casa da minha mana, para festejar o aniversário da Rossana. Churrasco, é claro, com direito à família toda, pais, filhos, namorados, cachorros e gatos. Sempre sai muita risada, porque nos falamos seguido, mas juntar a turma complica fora das férias.
Meu cunhado estava no auge, quebrou uns dois copos, virou o que tinha de bebida na mesa em cima de quem não saltou rápido e quase esfaqueou o pai quando se empolgou baixando um espeto de xixo.
Nesta parte os gatos se mandaram, não são tão solidários quanto os cachorros que ficaram ali sendo chutados o almoço todo.
Olhamos fotos velhas, falamos mal dos parentes e uns dos outros, também. Típico :)


sábado, setembro 13, 2003



[Project Cybersyn]


No Chile, na década de 70, durante o governo Allende, o plano para uma rede a ser implantada na sociedade chilena. Uma rede interativa nacional linkando cidadãos, governo e locais de trabalho, que transformaria as relações sociais em algo mais profundo e igualitário - uma espécie de internet socialista. Com a deposição de Allende o projeto foi esquecido.

:: no Guardian



[Metafora no N5M, via Smart Mobs]

Next 5 Minutes is a festival that brings together art, campaigns, experiments in media technology, and transcultural politics

The fourth edition of the Next 5 Minutes festival is the result of a collaborative effort of a variety of organisations, initiatives and individuals dispersed world-wide. The program and content of the festival is prepared through a series of Tactical Media Labs (TMLs) organised locally in different cities around the globe.

TMLs have so far been organised in: Amsterdam, Sydney, Cluj, Barcelona, Delhi, New York, Singapore, Birmingham, Nova Scotia, and Berlin, while upcoming TMLs are planned in Chicago, Portsmouth, Sao Paulo, Moscow, Dubrovnik, and Amman.

Reports from the various TMLs, essays and other materials can be found on-line via the Next 5 Minutes web journal. (from the N5M site)

Brasil no N5M:

Está acontecendo em Amsterdam, o Next Five Minutes, evento que junta artistas e profissionais voluntários que usam a Web como meio de questionamento da produção cultural. Felipe Fonseca está participando do N5M e, entre outras coisas, falando sobre o Projeto MetaFora. Sua apresentação acontece sob o tema "Brazil is Hacker".



imagem de http://www.n5m4.org/javascript/beeldvergroting/index.shtml?4043
[Next Five Minutes]

Midia Tática, Cyber Resistência e, na minha suspeita, um pouco (ou muito) de estetização pós-moderna dando aquela linha alternativo, na margem, mas dentro do sistema. O paradigma da beirinha :)
Estou tentando acompanhar um pouco, no meio da correria que estas semanas vem sendo para mim. Principalmente pela lista do MetaFora mas, também, vou lendo no Paulinho, no Felipe (que está blogando de lá) e no complicado Rizoma, se estou com paciência.

:: fuce --> N5M


:: leia The Revenge of Low Tech





[diversas]

:: Lançamento Xamã Editora: Política educacional e papel do Estado no Brasil dos anos 90, de Vera Peroni. O livro trata da materialização na educação das redefinições do papel do Estado, no contexto de um movimento maior de crise do capitalismo. O lançamento será quinta-feira, 18 de setembro de 2003, a partir das 18h, na Palavraria, Rua Vasco da Gama,165.

:: do Educação Notícias de ACS do MEC:
Bandeira e Hino são obrigatórios nas escolas - Com a intenção de reavivar os valores cívicos e patrióticos na juventude brasileira, a execução do Hino Nacional e o hasteamento da Bandeira tornaram-se obrigatórios nas escolas públicas e privadas. O decreto estabelecendo o momento cívico foi proposto pelo ministro da Educação, Cristovam Buarque, e assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no domingo, como parte das comemorações do Dia da Independência.
O decreto institui a obrigatoriedade da execução do Hino e do hasteamento da Bandeira uma vez por semana, preferencialmente às segundas-feiras, no início do turno matutino, e às sextas-feiras, no início do turno vespertino. Leia mais...

:: Chamada de trabalhos - A Revista Mal-estrar e Subjetividade, uma publicação do Mestrado em Psicologia, convoca a todos os interessados a publicarem artigos, conferências, resenhas de livros e resenhas de filmes que tratem dos temas sofrimento psíquico, mal-estar, sujeito, produção e expressão sócio-cultural da subjetividade e comtemporaneidade para enviar suas comunicações, que serão aceitas até o dia 15 de dezembro de 2003, a fim de compor nossa publicação de número 1 volúme 3 de março de 2004. ISBN - 1518-6148 Index: INDEX-PSI e PSICODOC (Espanha)

:: IV Encontro Nacional da rede Brasileira de Estudos e Pesquisas Feministas e 1º Encontro Internacional da REDEFEM
Enfoques Feministas e o Mercosul - Feminismos em Comum. De 08 a 11 de outubro de 2003, no Centro de Convenções da FAURGS, Gramado - RS - Brasil. Realização: Coletivo Coordenador Gestão 2001/2003. Rede Brasileira de Estudos e Pesquisas Feministas - REDEFEM. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

:: No próximo dia 15/setembro, 2ª feira, das 9h30 às 17h30, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFRGS (Av. João Pessoa, 80 - Porto Alegre ), estará se realizando o Seminário "SEGURANÇA ALIMENTAR NO BRASIL: Um Desafio Para o Ensino Superior do Rio Grande do Sul"- com a participação da comunidade acadêmica das instituições de ensino superior do RS. Na oportunidade será lançada a cartilha "Segurança Alimentar: a contribuição das Universidades" do Prof. Walter Belik da UNICAMP. Contamos que estejam conosco para discutir este importante tema. O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS ( CONSEA-RS ) conta que os Professores(as) / Pesquisadores(as) gaúchos(as) se integrem neste movimento de cidadania e de responsabilidade social.

:: Mesa Redonda: "O Fomento à Pesquisa na Universidade" - Com o objetivo de conhecer e discutir as políticas e prioridades dos órgãos responsáveis pelo Fomento à Pesquisa nas Universidades, a APG - Associação de Pós-Graduandos da UFRGS, com o apoio da PROPG - Pró-Reitoria Adjunta de Pós-Graduação e da PROPESQ - Pró-Reitoria de Pesquisa. Contará com a participação das agências de fomento CAPES, CNPq e FAPERGS. Tendo um caráter propositivo e construtivo, serão discutidas questões como: a visão de ciência e a política que norteiam a atuação destes órgãos; as áreas prioritárias para investimento de recursos públicos em pesquisa; os limites para o estabelecimento de políticas unificadas entre estes órgãos; os orçamentos Federal/Estadual destinado a estes órgãos; os critérios de qualidade da Pós-Graduação; as parcerias com Empresas Públicas e Privadas; o que se espera da Pós-Graduação nacional. Em 29 de setembro de 2003, segunda-feira, 14 horas, no: Salão de Atos da UFRGS.

:: Lançamento do Livro: "Sexualidade e Amor na Velhice" de Sueli Sousa dos Santos, Editora Sulina, em 18 de setembro de 2003, no CEP de Porto Alegre - Rua Tobias da Silva, 287. Moinhos de Vento.

:: Criado o Últimos Informes. Um canal de comunicação eletrônico que está sendo criado pela Administração Superior do CNPq para falar diretamente com seus pesquisadores. Esse veículo, sem periodicidade, tem como objetivo informar as iniciativas da Agência em todas as áreas. Estes informes devem merecer sua máxima atenção, pois conterá prazos, oportunidades e notícias atuais sobre novas políticas, editais e aperfeiçoamentos no sistema do CNPq. O Últimos Informes permitirá acesso direto à página do CNPq, onde detalhes das informações poderão ser encontrados.




[Carlos Barbosa]

Muito legal nossa passagem por Carlos Barbosa, na 12ª Feira do Livro. Ontem, pela manhã, apresentamos o trabalho O professor como pesquisador, dentro da programação das reuniões entre secretários de educação municipais. Presentes umas 50 pessoas. Embora o debate tenha tido pouco tempo, penso que fizemos algumas provocações interessantes. Dentro da esfera de poder de secretários de educação e diretores de escola existem muitos caminhos de melhorar a qualidade de ensino e as condições de trabalho dos professores, além da melhoria salarial.
Após o almoço, passei pela feira do livro juntamente com a secretária de educação de Carlos Barbosa, Cristiane Kieling, enquanto o Prof. Triviños e Magda visitavam a Universidade em Bento Gonçalves. Pelas 14 horas iniciei a oficina sobre a Inserção das tecnologias educacionais informatizadas no trabalho de educadores, no laboratório de informática da escola que abriga a Feira do Livro, com um grupo pequeno de professores. O trabalho despertou interesse, mas não deixou de ser um choque para mais da metade deles. Ficou claro para mim a distância que as coisas que estamos trabalhando estão da realidade da escola. O que não tenho claro é de que forma contornar / ultrapassar este fosso que separa o trabalho da academia da realidade escolar. Principalmente na área das TEI.
Uma coisa é certa: não tem como sem políticas públicas que melhorem as condições de estudo e trabalho dos professores. Conforme relatos de professores, existem escolas na região onde uma professora atende duas classes de diferentes níveis ao mesmo tempo e no mesmo espaço. Algo assim como 60 alunos, 30 de 1ª série = 30 de 3ª série. Um absurdo. E um absurdo às vezes disputado já que o professor recebe um adicional para enfrentar este tipo de aula.
Depois da oficina, encontrei Magda e o Prof. Triviños que estavam autografando o livro na Feira. Nos despedimos do pessoal, felizes pela acolhida sempre carinhosa que temos e partimos para Porto Alegre.

:: ainda não tive tempo de escrever sobre as coisas (várias) que fiquei pensando.


quinta-feira, setembro 11, 2003


[Porto Alegre lembra o 11 de setembro com livros nas ruas]


Marco Aurélio Weissheimer

A prefeitura de Porto Alegre decidiu se aliar a várias outras cidades do mundo em uma iniciativa positiva para lembrar os dois anos do ataque às torres gêmeas de Nova Iorque. Nesta quinta-feira (dia 11), livros serão deixados em bancos de praças, esquinas e em outros locais que estejam no caminho de quem estiver se deslocando para o trabalho ou escola. A partir das 5h30min, uma equipe da Coordenação do Livro e Literatura da Secretaria Municipal da Cultura espalhará 500 livros em vários pontos do Largo Glênio Peres, Praça XV e Praça Parobé, todas áreas de grande circulação no centro da capital gaúcha.

Quer estiver passando por esses locais poderá pegar um livro e presenteá-lo para uma outra pessoa desconhecida. A dedicatória ao desconhecido pretende difundir os valores da atenção e da solidariedade, como forma de enfrentar todas as formas de violência. Os organizadores da iniciativa estão incentivando as pessoas a também deixar um livro em algum lugar movimentado. Nas cidades que adotaram a promoção, o 11 de setembro passará a ser uma data lembrada como o Dia do Livro na Rua. Um dia para as pessoas se aproximarem através de um pequeno gesto de doação.

:: da Agência Carta Maior

:: vou deixar a minha contribuição no caminho de Carlos Barbosa, direto da feira do livro. Devo chegar lá pelas 18 horas.



[11 de setembro, mas qual?]


O de dois anos atrás ou o de vinte anos atrás? Por trás da destruição de vidas e sonhos subjazem razões muito parecidas. No site do Forum Social Mundial, outras palavras, outro movimento, outra comunicação.

.:: Inércia, inimigo fatal ::.

Num texto que continua atual, dez anos depois de escrito, Emir Sader resgata os traços essenciais da experiência de Allende e alerta: a esquerda que teme as rupturas está condenada a ser vã.

:: leia mais

:: leia, também


quarta-feira, setembro 10, 2003



[:: Antiqualhas ::]


aderindo a cultura ripe, copiei do Alfarrábio, que também ripou.

"O Infosebo é um índice de sebos brasileiros. O visitante fortuito insere num campo o nome do livro ? ou do autor ? e faz uma busca. Se encontrado, o site dá preço e link para uma eventual compra online.
Quem não quiser apelar para a busca, pode também seguir os menus hierárquicos por assunto ? bem parecido com uma coisa chamada Gopher que existiu na Internet pré-diluviana.
E se o navegante não for gente de livros ? mas de long-plays, CDs, revistas ou vídeos, também pode.
Visite o Infosebo.

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Copy&Paste descarado (mas mais do que justificado) do Pedro Dória" - by BICA




segunda-feira, setembro 08, 2003



[telefonia P2P]

Ripei do Paulinho que comentou o Maratz que se referiu ao finado Malungo:

Skype.com pode se tornar a nova febre na web. Através de um programa simples, dois usuários em diferentes partes do mundo podem usar comunicação via voz, como se fosse um telefone via IP. O diferencial em relação às outras ferramentas já existentes é a qualidade da voz e a melhor utilização da tecnologia Peer to peer. by Charlie Brown

:: mais




[sobre PDAs e outros pequenos]

Algumas sinapses enviadas pelo Sérgio e que vou conferir mais tarde:

:: Computadores de bolso ganham acessórios e podem substituir os notebooks - jbonline

:: Conectando o PDA à Internet - jbonline

:: Um escritório no bolso - jbonline

Diz ele que não vou resistir por muito tempo mais :)



imagem de http://www.smarttech.com/products/smartboard/index.asp
[o fim do giz]


Para alguns já chegou. Para nós, tende a continuar por muito tempo no nível dos sonhos as facilidades e posibilidades de uma tecnologia como esta em sala de aula. Um quadro inteligente (smart board), que une o computador, o projetor e o quadro branco, colocando interatividade e outras facilidades ao alcance de professores e alunos.
Neste sistema, as imagens exibidas no quadro podem ser controladas por toques na tela do computador. Pode-se usar tinta eletrônica para escrever e, além disso, tudo pode ser salvo, impresso ou enviado por e-mail.
A tecnologia tem manejo simples, porém custa em torno de $2500. Por outro lado, o material à ser usado na sala de aula vai exigir bastante dos professores que atualmente usam quase que somente giz e xeróx.


:: mais informações: Smart Technologies e Yahoo News


domingo, setembro 07, 2003


[O peixe do tenente *]


* os nomes foram trocados intencionalmente para que a autora não seja presa.

O tenente Lorenzi ganhou de presente um briguento exemplar de um peixe chamado Beta. A criaturinha antepática, mas coloridamente linda, vinha num aquário especial, individual para que não comesse os companheiros e com uma lista de procedimentos para o seu bem estar.
O Ten. Lorenzi instalou o aquário bem no meio do seu "altar" particular: entre a foto do treinamento na selva, o troféu da competição de tiro e os suplementos alimentares. Feito isso, chamou todos os soldados da seção para a instrução sobre o peixe.
Quem por acaso passasse em frente à SEF, pensaria que estávamos guardando uma ogiva nuclear no meio das bolas de basquete, tal o esquema de segurança.
Menos de um mês depois, bem na época da síndrome da qualidade total e, creio, que até por isso, chego na seção mais cedo para acertar uns gráficos que deveriam povoar a parede até a inspeção dos 5S. Olhando o peixe, achei que ele estava com uma cara meio ... relaxada, diferente da sua atual cara fechada. Dito e feito: estava mortinho!
Alarme dado, alguns gritos e em vinte segundos três soldados e um cabo estavam em posição de sentido frente ao tenente. (eu quietinha no computador)
-Quem era o mestre do peixe esta semana? - pergunta o tenente.
- Soldado Da Costa, Senhor. - responde o cabo.
O soldado Da Costa dá um passo à frente, meio inseguro.
- O peixe morreu. - informa o tenente. (cara seríssima, de agente funerário no trabalho)
- Tenente, ... eu não sei como, pois fiz tudo certinho como sempre. - fala Da Costa sem respirar. E olha para os companheiros procurando alguma solidariedade. Mas, estes, imóveis, fixam com ar impessoal algum ponto obscuro na parede por trás do tenente. Da Costa se conforma e prossegue:
- Ontem era dia de trocar a água do aquário e eu preparei a água ...
- Você colocou cloro no peixe! - acusa o tenente.
Muito solene, Da Costa escolhe a saída técnica:
-Não, tenente. Eu sempre preparo a água e, enquanto o anti-cloro faz efeito, coloco o peixe nesta canequinha ali e limpo o aquário.
A caneca apontada é a caneca do Tenente Lorenzi comer os cereais toda a manhã.
Toda a tropa, menos Da Costa, entende a gravidade do momento e procura com mais afinco algum lugar no horizonte para onde tele-transportar a atenção, o espírito e, se der, o corpo.
O resto da estória dá para imaginar.
O peixe foi devidamente pranteado e enterrado com honras militares no canteiro das rosas. O Sd Da Costa pagava missão cada vez que o Ten. Lorenzi estava com a caneca na mão e alguém mencionava qualquer animal aquático.


sábado, setembro 06, 2003


imagem do site http://www.wlu.ca/
Aconteceu na UNISINOS, entre os dias 3 e 5 de setembro. Participei juntamente com colegas do TRAMSE, apresentando um trabalho. A segui, um relato de parte de nossa passagem pelo Congresso.

Camila, Daisy, Odalci e eu saimos da UFRGS às 8h:30 , mais ou menos, rumo à Unisinos e ao II COngresso. Tivemos sorte de não pegar engarrafamento e chegamos em tempo. As apresentações estavam previstas para iniciar às 9h e a de cada um de nós seria numa mesa diferente.
No estacionamento, encontramos Ana, Mara e Rosane. Carmen chegaria mais tarde com o Prof. Jaume Martinez Bonafé, da Universidade de Valencia - ES, palestrante na parte da tarde sobre "Políticas Educacionais Nacionais e Internacionais".

A Unisinos é enorme e foi na base do "fora de forma à destino", um corre-corre meio atrapalhado que nos dispersamos. Minha apresentação seria no Eixo 9 - Tecnologias de Informação e Comunicação e Educação. Fui para a sala e entrei quietinha porque as apresentações já haviam iniciado. O primeiro bloco de dois trabalhos era de pesquisadores ligados à PUCRS: Políticas Públicas e Informática Educativa: uma conexão necessária (ou de como ainda é necessário discutir sobre o óbvio), pela Profª Helena Sporleder Côrtes e Educação à Distância: com muita interatividade e mediação pedagógica, pela Profª Elaine Turk Faria.

O primeiro trabalho apresentou os resultados parciais de uma pesquisa que visa avaliar a política de informática educativa da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre - SMED, entre os anos de 1994 e 2004. Focaliza, principalmente as ações e omissões em relação às políticas públicas. O segundo trabalho, relatou uma investigação realizada nos cursos à distância da PUCRS, usando o ambiente WebCT, enfatizando os parâmetros de interatividade e de mediação pedagógica.

Após as apresentações, um espaço para perguntas / intervenções e eu com uma na ponta da língua: Como se resolve a contradição entre as políticas públicas que se direcionam para a opção pelo software livre, como as da Prefeitura de Porto Alegre , e a formação de professores em ambientes proprietários como o WebCT usado pela PUCRS? ........... Rendeu um bom papo, mas poucas respostas.

Em seguida ao intervalo, apresentei meu projeto: A formação de professores em comunidades de educadores pesquisadores: autoria e autonomia na criação e utilização das tecnologias educacionais informatizadas. O trabalho escrito é uma versão de antes da defesa, portanto já está defasado e não apresenta a opção e fundamentação pelos weblogs. Porém, na apresentação, fiz um relato sobre o projeto definitivo e seu atual status.
Como sempre, causou uma certa er... surpresa o meu referencial teórico em Marx, no lugar onde a maioria usa Habermas, Deleuze e Morin. E curiosidade quando eu justifiquei. Pena não ter sido possível aprofundar esta parte por causa do tempo.

A presentação seguinte foi de meu colega da UFRGS, Miguel Orth: Experiências teóricas e práticas de formação e capacitação de professores em informática da educação, onde ele analisa a formação / capacitação de professores do LEC - UFRGS e da PUCRS.

Após este bloco, mais uma rodada de perguntas e debate com os quatro apresentadores. Foi interessante o debate, embora o tempo reduzido.

Conseguimos juntar a turba da UFRGS para o almoço. Só alegria :) Todas as apresentações foram muito bem. Às 14h nos separamos de novo. Fui assistir as apresentações do mesmo GT. Meu interesse maior era o trabalho Educação como Prática de Liberdade: Software Livre, da UFSM, apresentado pela Prof. Elena Mallmann.
Surpresa foi ver que autora era a professora com quem eu havia ficado trocando figurinhas pela manhã. Ela se interessou bastante pelo meu trabalho e, assitindo ao dela, vi que nossas referências fecham. O trabalho de Elena faz parte de um projeto integrado de pesquisa da UFSM que, entre outras coisas, implementou um ambiente de aprendizagem investigativo (ainda em construção), baseado no conceito de software livre e na pedagogia de Paulo Freire.
O ambiente está disponível em http://amem.ce.ufsm.br.

Sinapses foram devidamente trocadas :)))))

Agora algumas di (de) vaga (vagar) ções (ações):

Uma coisa boa é a parceria dos amigos. E é nessas que eu acho a maior bobagem supor, como alguns candidatos à cavaleiros do apocalípse supõem, que as relações virtuais podem substituir os contatos presenciais.
Aquelas piadas de padre não teriam a mesma graça sem aquelas caras safadas em volta e sem a paisagem jesuítica da UNISINOS.
Na volta, cinco espremidos no meu módulo lunar! E eu sem as lentes...




imagem de http://fadamorgana.terra.com.br/
[uma noite perfumada]

Sei que vai durar pouco, mas parece verão aqui em Porto Alegre. Ontem, quando voltei para casa, já anoitecia e estava muito calor na rua. Moro num apartamento sempre muito frio, pois é nos fundos do edifício, construído num terreno que segue em aclive. Nestas, a parte boa, é que tem um pátio grande e o que eu chamo de latifúndio vertical: um barranco escalável apenas por cabras montesas, gatos e gatunos metidos e por mim, quando me baixa o indiana Jones. Meu barranco é um jardim semi-selvagem, com algumas frutas e flores que sobrevivem as idéias de agricultura do "Seu José", o jardineiro do bairro que ainda opera a base da foice, mas que, ao contrário das empresas de jardinagem, sempre vem. Todo o mês, perto do dia 30, sem agenda ou secretária, ele toca (e como!) a campainha,... às 6 da manhã ..........
Mas, não era do Seu José que eu queria falar e, sim, de uma trepadeira que cresceu no barranco, por trás e por cima do telhado da minha micro-churrasqueira e que flore no fim do inverno. Mais que a beleza de suas pequenas flores brancas, lança no ar, toda a noite, um perfume que lembra o perfume do Jasmin. Não a plantei, ela apareceu ali e foi ficando e, por este presente que nos dá todo o ano: o de perfumar a casa toda, já é da família. (Seu José, depois que eu descobri o que ele entendia por 'poda', está proibido de tocá-la).
Não sei que planta é e, se alguém que ler isso souber, me diga. Seus ramos são frágeis e flexíveis e suas folhas são pequenas. As flores são pequenos sinos/estrelas brancos.
Ontem à noite ela estava linda, coberta de branco e perfume. Pena eu não ter uma câmera para fotografá-la.

:: se for jasmim mesmo, tem uma descrição aqui, que até explica porque o perfume perturba tanto à noite :)


sexta-feira, setembro 05, 2003


foto do site http://www.brasilsolidaritet.com/
[Encontro Estadual dos Sem Terrinha]

O encontro, organizado pelo MST, será nos dias 09, 10 e 11 de outubro (sexta, sábado e domingo).

Constará, entre outras coisas, de oficinas pedagógicas de acordo com o tema central do encontro que é:

"A semente enquanto um patrimônio da humanidade"

:: mais informações no InTramse


terça-feira, setembro 02, 2003


[Baiana à solta de novo!]



:: abaixo o bilhete / convite da minha colega Silvia.
Afinal, nem só de doutorado vive a UFRGS!

Devido ao sucesso da minha "incursão" culinária no Maomé, vamos repetir a dose! Neste sábado - 06 de setembro, estarei juntamente com o Chef Gustavo Pinto comandando o almoço do Maomé com especialidades baianas. Não faltem!
O almoço é servido das 11:30 às 15:00 horas.
A Confeitaria Maomé fica na José Bonifácio, 655.
Convidem seus amigos e apareçam!

Xeiros,
Silvia



[entrando em nível tetânico]


Começou o rush. Até o fim do mês vai ser uma corrida só.
Fora as aulas, 5 apresentações de trabalho (Unisinos, Cinted-ufrgs, Carlos Barbosa 2, Chile), 2 viagens (Carlos Barbosa dia 12, Chile, dia 19), dois artigos para revisar e entregar. Possivelmente, as atividades bloguísticas ficarão meio a deriva. Ainda não sou wi-fi e nem hand held para postar por aí.
Como algumas leis da física ainda estão em vigor, serei uma ausência nos Jogos Internos do CM, previstos do dia 24 em diante.



[II Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação]


:: Data: 15 a 17 de setembro de 2003

:: Local:
* UFRGS/CINTED

Av. Paulo Gama, 110 - prédio 12105 - 3º andar
90040-060 - Porto Alegre (RS) - Brasil
Telefone: (51) 3316-3070 - E-mail: renote@cinted.ufrgs.br


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