domingo, setembro 21, 2003


[Domingo, 21 de setembro - Adiós, Mendoza.... Hola, Los Andes!]

Descobrimos que a rodoviária de Mendoza é um point no Domingo, no estilo dos shoppings, só que com banheiros ruins. Eu, que odeio shoppings, já começava a me empipocar enquanto esperávamos a saída do ônibus. Famílias inteiras zanzavam. Crianças correndo e se agarrando na nossa roupa com as mãos meladas. Até um cheiro de Iguatemi pairava o ar. Argh...
Jantamos, compramos uns lanches e gastamos o traseiro esperando.
Enfim, pontualmente às 23h chega o nosso 'coletivo', que não era da cilada bus, mas parecia irmão gêmeo. Realmente, era o último ônibus, do último horário e eram, realmente, os últimos lugares. O nosso banco era o último e eu correria, se fosse possível, para pegar a janela. O corredor é tão estreito que não admite ultrapassagens. Gentil, o Wilton me cedeu a janela e se desmanchou rindo quando eu sentei e o banco caiu para trás. É... aquela alavanquinha que costuma regular a inclinação do encosto não funcionava. O Amazonino nem riu muito, porque quando sentou a porta do banheiro abriu e quase acabou com os dentes dele para sempre. É... havia uma comunicação direta daquele assento e a porta do banheiro.
Cada vez que o Wilton levantava e sentava ela abria. Assim, em pouco tempo, estávamos íntimos de todos os passageiros.
Lá fomos nós, eu de óculos tentando ver as montanhas na escuridão. Viagem tranqüila apesar do ônibus. Tranqüila porque não se via nada fora das janelas. Penso que o horário de saída do ônibus foi calculado justo para isso. Só se via as luzes de carro para cá e para lá nos caracóis da estrada.
Depois dos caracóis, eu tirei o nariz do vidro da janela e dormi.

:: pegou o bonde andando, neh? leia tudo aqui

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