terça-feira, março 30, 2004


[profecias]


Possivelmente o Windows vá ficar mais fechado, mais exclusivo, complicado para quem não precisa da sua simplicidade cavalar e mais caro.
Billy profetiza que agora Hardware Will Be Free.

.na wired



[interessante]


Livro de Lawrence Lessig: Free Culture: How big media uses technology and the law to lock down culture and control creativity (em pdf)
. THE PENGUIN PRESS, NEW YORK, 2004

Um trechinho:

At the time the Wright brothers invented the airplane, American
law held that a property owner presumptively owned not just the sur-face
of his land, but all the land below, down to the center of the earth,
and all the space above, to “an indefinite extent, upwards.”1 For many
years, scholars had puzzled about how best to interpret the idea that
rights in land ran to the heavens. Did that mean that you owned the
stars? Could you prosecute geese for their willful and regular trespass?
Then came airplanes, and for the first time, this principle of Amer-ican
law—deep within the foundations of our tradition, and acknowl-edged
by the most important legal thinkers of our past—mattered. If
my land reaches to the heavens, what happens when United flies over
my field? Do I have the right to banish it from my property? Am I allowed
to enter into an exclusive license with Delta Airlines? Could we
set up an auction to decide how much these rights are worth? (da introdução)

:: dica do pontomedia



[por onde anda mesmo?]


Ontem, a Miriam me perguntou pelo final da história do ratão que estava vindo, noturnamente, para jantar. Bom, ... ainda não terminou. Se ele tem aparecido, não tem conseguido entrar, pois tenho lacrado a casa assim que escurece. Contudo, não o vi mais. Ufa!
Ontem à noite, quem veio para jantar foi o Netsky.q, o virus da vez. Fiquei furiosa porque ele estragou meu record de cinco anos sem virus. E entrou aqui pelo modo mais tradicional: uma pessoa sem conhecimento, executou um anexo de email desconhecido e saiu correndo quando o anti-virus saltou, mas tarde demais. A pessoa só não foi incinerada porque, casualmente, sou mãe dela.
Fazia tempo que eu não entrava numa batalha contra um virus. Falta de tempo, porque até um tempo atrás eu gostava de instalá-los no computador velho e, depois, suar para tirar. Uma espécie de videogame mais educativo.
O Nestsky não é dos piores, mas, assim mesmo toma rápidas decisões assim que se instala. Trancou a conexão com a internet e deixou o computador alagado. Devia estar se reproduzindo.
Como fiz para tirar?
Primeiro, tentei localizar e deletar o arquivo que o AVP identificou. Necas, estava rodando e eu não conseguia finalizá-lo e nem deletá-lo. Fucei os registros e não achei nada estranho. Passei o AVP mas ele não conseguiu limpar: acesso negado.
Liguei o outro micro, entrei no site da panda, li tudo que havia sobre o virus e rebotei o computador contaminado. O virus rodou bonitinho e eu localizei o arquivo. Como? digitando crtl+alt+del e olhando o que estava rodando na caixinha. Desativei o danado e aí pude deletar. Isso liberou o acesso à internet, aí pude atualizar o AVP (havia atualizado dia 26). Só que ele já havia se reproduzido em outro processo. Desativei o segundo, e passei o AVP que killou o bandido.
Então veio aquela parte de arrumar o registro do ruindows, deletar os filhotes e pendurica-lhos que ele instala e repassar o antivirus. Penso que matei a praga. E refiz a promessa: depois do mestrado migro definitivamente para o Linux.
Pra quem 'pegar' a coisa:

Registro:
HKeyLocalMachine\Software\Microsoft\Windows\CurrentVersion\Run\Norton Antivirus AV = \FVProtect.*. Deletar esta chave.

Ele se copia para o diretório WINDOWS com este nome (poderá ser outro e é o processo que está rodando qdo se olha):

FVProtect.exe

Filhotes, no diretório WINDOWS:

userconfig9x.dll (26,624)
base64.tmp (UUEncoded do virus)
zip1.tmp (UUEncoded do arquivo zip do virus)
zip2.tmp (UUEncoded do arquivo zip do virus)
zip3.tmp (UUEncoded do arquivo zip do virus)
zipped.tmp (virus em arquivo zip)

Ainda prefiro os virus aos ratos...


segunda-feira, março 29, 2004


imagem de http://www.mle.ie/~rob/mindbalance/
[MIND BALANCE]


Pesquisadores irlandeses desenvolvem jogo controlado pelo pensamento. Criação do Laboratório de Mídia Europeu do MIT - Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Dublin, na Irlanda, o jogo é sem-fio, respondendo a comandos que emanam diretamente do cérebro do jogador.

Imagine a world where your brainwaves offer you another degree of freedom in a control system -- and think of how useful that freedom would be for someone who can’t use a conventional controller like a mouse. We can’t lift starfighters with Jedi Mind Tricks just yet, but the MindGames group is taking strides in that direction through the non-invasive real-time analysis of human brainwaves. Mind Balance was the first application developed as part of an ambitious collaboration with researchers at University College Dublin to implement new brain-computer control interfaces. [link]


domingo, março 28, 2004


[ciberpesquisa]


12 a 14 april 2004, Salvador, Bahia - organizado pela Facom/UFBa

Cyberurbe - a cidade na sociedade da informação: este é o tema do III Colóquio Internacional Redes e Cibercidades. Quem promove é o Grupo de Grupo de Pesquisa em
Cibercidades/Ciberpesquisa (CNPq). Serão três dias de discussão num programa que inclui:

:: Cidade-Cyborg. A cidade na cibercultura - por André Lemos

:: Smart mobs - por Julio Valentim

:: Redes wi-fi e cidade- por Rodrigo Nóbrega

:: informações, detalhes, parcerias: CyberUrb



[sharpereaderzando]


:: Mídia Alternativa
Descobriram a América! Obviamente, com algum atraso, já que a revolução não é e nunca foi televisionada. Assim sendo, os gringos precisam se apoiar em estudos, estatísticas, *dados concretos*. Leio na Carta Capital:
CRISE DA MÍDIA ABRE LUGAR PARA ALTERNATIVOS
Enquanto a tiragem dos jornais e revistas tradicionais cai, cresce o espaço do jornalismo on-line e “étnico”

Trata-se do mais ambicioso estudo [...] (leia lá no Alfarrábio)



[blog do Chomski]


As publicações como os weblogs e wikis estão ganhando cada vez mais espaço e adesão. Suas possibilidades de instantaneidade, auto-publicação, agregação de conteúdo, interação, ... vêm tensionando, cada vez mais, o padrão das publicações tradicionais. Agora, foi a vez de Noam Chomski colocar a sua voz na rede desta forma. Vale conferir o seu Turning The Tide

Achado no Pontomedia, via RSS


sexta-feira, março 26, 2004


[enredada]


Foi o adjetivo da semana. Passei o tempo todo me atrapalhando entre o trabalho, o mestrado, o que tenho que ler e o que preciso escrever. Felizmente a minha guriasinha já está em casa e bem.
Faz dois dias que estou queimando os neurônios tentando ler com olhos quase isentos o que já escrevi da dissertação. Minha orientadora leu e puxou o tapete em algumas semi-certezas que eu tinha. Não no conteúdo, mas na ¬£¢$&* forma que, a bem da verdade, não são coisas separadas. Aiê! Estou aqui embaralhando e desembaralhando meus textos, trabalhando até o cérebro estalar (ou, pior, entalar).
Não dá para ser muito hipertextual em texto puro, ainda mais em texto acadêmico puro. Se bem que acadêmico não é uma expressão que pudesse ser usada, assim limpinha, para se referir ao que eu escrevo.
A narrativa do processo de uma investigação não pode estar desconectada da descrição/interpretação de algumas coisas que aparecem durante o relato. Porém, se um parêntese é feito, este não pode ser tão grande que quebre a unidade do relato, como um daqueles links que nos levam para longe e não nos trazem nunca mais ou notas de rodapé que ofuscam o texto.
Estou aqui pensando ...


terça-feira, março 23, 2004


[as redes]


Hoje foi o dia das redes, nas mais variadas circunstâncias. Desde os livros do Castels que estou relendo (é... eu consigo reler duas coisas ao mesmo tempo, hipertext style). Aí, me perdendo nos RSS, achei muita falação sobre redes:

.. Counter-terrorist forces (Mossad, CIA, DoD, etc.) routinely use assassination to disrupt terrorist networks. However, despite the apparent success of this approach (moral and propoganda), experience indicates that this technique is not very effective. Terrorist networks such as al Qaeda have proven to be extremely resiliant despite attempts at "decapitation."
John Robb

.. The justification i've always given is that for people to have access to the technology to communicate (such as the internet) and the time to be concerned about non-local issues such as globalization, you have to have a fair degree of economic resources. This whole thing brings up one of the contradictions of indymedia, in that our mission is about making participatory media for the disenfranchised, yet most of the participants are not disenfranchised.
Anarchogeek

.. O terrorismo já se organizava em rede muito antes da internet. E rede é rede!!! Temos que nos ligar na organização emergente. Seja terrorismo, partidos políticos, camelôs ou malabares nos cruzamentos das grandes cidades.
Hernani

.. beduíno wifi
With the proliferation of "WiFi Hot Spots" and the mobile devices that access them, the public and private space surrounding us has become literally soaked through with Internet data. The promise of ubiquitous access to the Internet from anywhere, anytime is quickly being fulfilled.


segunda-feira, março 22, 2004


[blogs no Mato Grosso]


Josevânia, do NTE de Rondonópolis, planejando um curso sobre o uso educacional de weblogs, encontrou o [bloglab], leu o post sobre a inauguração do argumento, comentou e foi conferir.
Eu, lendo os comentários dos blogs pelo SharpReader (é... agora dá, com os comentários pela haloscan), li os comentários da Josevânia, tanto no [bloglab] quanto no argumento, respondi por email ao primeiro e, no comentário mesmo, ao segundo. Tudo isso acabou gerando o post anterior.
Josevânia me respondeu por email, enviando os links dos projetos dos multiplicadores do NTE.

blog pessoal

blog da 7ª série, iniciado por sua filha

e as notícias:

http://www.seduc.mt.gov.br/info_roo.htm

Na internet as coisas acontecem assim, sem barreiras para a docência, se nos colocarmos em posição para eliminar estas barreiras. Uma posição de cooperação, autonomia e de aprendizagem. Usando o que for posível usar em termos de tecnologia. Esta convergência entre blogs, comentários, rss, agregadores, email, trackback, faz com que todo este processo ganhe dinamismo e alcance.



[retorno]


Não o eterno retorno, mas o desejado retorno. Recebi o primeiro retorno da primeira publicação no argumento. Uma correção na minha resenha do LYON publicada na categoria resenhas. E veio de longe, mais precisamente de Rondonópolis - MT. Mostra que a idéia do espaço de publicação ser mediado pelos leitores é promissora.
Fiz a correção optando por 'riscar' e corrigir para deixar à vista o movimento do texto. Penso que isso é importante, também.


domingo, março 21, 2004


[argumento]


Consegui tocar bastante o ambiente da publicação argumento, feito com blogs ao estilo puxadinho. Abaixo um trecho do post inaugural:
Nós educadores, alunos e professores, construímos, ao longo das nossas práticas, textos, reflexões, apresentações, palestras, imagens, etc. - trabalhos de todos os tipos que, na maioria dos casos, ficam empoeirando numa pasta ou esquecidos num arquivo no computador. Saber isolado, inativo, morto.
Este blog é o ambiente geral do projeto que tem como objetivo resgatar e agregar toda esta produção.
Os participantes do TRAMSE - UFRGS realizam, todo o semestre e nas mais variadas disciplinas, reflexões, argumentações, sínteses, resenhas que contribuem pouco para a construção de conhecimento do grupo. Não porque não tenham valor, mas porque não tem visibilidade e acessibilidade.
Assim, dentro do Projeto ZAPT e vinculado ao sub-projeto [zaptlogs], estamos iniciando o desenvolvimento deste ambiente, que publicará a produção em Trabalho, Movimentos Sociais e Educação. (leia mais)

Para motivar o grupo, vou publicar uma das resenhas que fiz no ano passado.


sábado, março 20, 2004


[zapt:novidades]


Andei explorando algumas ferramentas para blogs e já apliquei duas no [zaptlogs]. A primeira é Rollup, um agregador de feeds RSS, que captura e publica posts de vários blogs. Usando estas possibilidades criei o [zapt:metablog], um blog dos blogs do [zaptlogs].
A segunda ferramenta é o Feedroll, também baseada em sites rssficados, que cria, à partir da url/rss, um script que pode ser adicionado à qualquer site. Este script pode disponibilizar no site notícias ou conteúdo de outros sites/blogs ou, ainda, fazer o que fiz no [zapt:sumário].
Agregando conteúdo agregado, cada vez mais, pode-se filtrar informação.



[advinhem quem vem para jantar?]


Depois de dias de tocaia, usando táticas que fariam inveja ao exército, consegui descobrir quem vem para jantar as minhas frutas.
No início da semana, pensando ainda se a coisa voava, rastejava ou corria, fiz um tapetinho de farinha na prateleira de cima da fruteira e instalei uma manga bem no centro. As pegadas dariam uma boa idéia do monstro.
Não funcionou. L
Nenhuma pegada e a manga intacta. Aí pensei que, fosse quem fosse, havia desistido. Aliás, isso era mais uma esperança meio histérica do que uma certeza razoável.
Relaxei até que a coisa voltou. Atacou uma penca de bananas durante a noite. E, na noite seguinte, uma banana foi devorada quase que sob as nossas vistas.
Desde aí, mantive o apartamento lacrado depois que começa a escurecer. Naquela noite, havia duas saídas abertas: a janela da cozinha e a porta da sala que dá para o pátio. Isso e a ausência de pegadas, me deu quase certeza que o inimigo vinha de fora.
Pois é ... foram dois dias de cachorros fazendo xixi dentro de casa, eu pisando no xixi e me despencando no chão e outras indignidades.
Ontem, estava na salinha vendo as notícias na TV, quando um vulto se esgueirou pela janela, que estava fechada, é claro. Pé por pé fui espiar o intruso que estava paradinho no parapeito da janela... Bueno, lá estava a criatura: cinza, olhinhos brilhantes, uns quinze cm de comprimento, fora o rabo. Gordo, o sacana!
Só não tive o tradicional ataque porque tinha certeza de que ele não poderia entrar. Não sou muito fresca, mas com ratos não consigo me controlar. Deve ser alguma coisa genética que afeta a maioria das mulheres.
Agora tenho que decidir o que fazer. Meus instintos ecológicos, anti-violência, pacifistas e etc me dizem para viver e deixar viver, mas meus gens me motivam a correr para o Seguézio e comprar depressa todo armamento disponível, até artefatos privativos das forças armadas, se for possível.
Por hora resolvi martirizar a Liria. Decretei uma faxina no pátio de não deixar pedra sob pedra. Portas fechadas, claro. Só ela, a vassoura e o que aparecer. Ontem, quando retornei, ela já tinha ido embora. Espero que ela volte na segunda K


sexta-feira, março 19, 2004


[interessante]


Cole um texto, pode ser até algumas frases, escolha o idioma correspondente e veja o resultado. Pensei, imediatamente no pessoal com deficiência de visão ou, ainda, em pessoas em processo de alfabetização, ou estudando idiomas.

http://vhost.oddcast.com/vhost_minisite/demos/tts/tts_example.html

:: via cibercultura


quinta-feira, março 18, 2004


[a montanha mágica]


Assim como as comunidades, de certa forma, moldam seu ambiente, o inverso acontece, também. Um determinado lugar, rotinas, práticas, similaridades e diferenças, um determinado tempo, temporalidades próprias, simultaneidades, anacronismos. Tudo é forma e dá forma para que se engendre um tipo de agregado humano.
Onde o tempo gravita em torno de refeições, curativos, tecnologias, estados e sensações, todos se acoplam em relações que têm outra lógica. Uma lógica que tem como centro a corporeidade, a fragilidade da vida, a indignidade da dor. Relações que geram solidariedades e põem em xeque identidades.
Cláudia hoje foi até a biblioteca do hospital, sem o jaleco, sem o estetoscópio, num outro papel. A camisola com bonecas pintadas na frente fazia ela parecer tão menina e tão frágil, empurrando aquele carrinho com o soro. Uma conexão estranha naqueles tubos todos. Um certo desamparo que transita no olhar.
Déia está fora de suas aulas de informática para crianças 'especiais'. Em vez do computador, coletes reforçados e os pequenos dutos onde, de tanto em tanto, novas drogas são injetadas.
A comunidade, porém, se amolda aos coletes, aos dutos, agulhas e soros. E se une em pequenas solidariedades. Dividem presentes, comentam as visitas como se fossem de seres de outras terras, estranhos. O tempo da comunidade é outro, os fluxos atípicos.
O padre chega de pijama, ele mesmo num novo papel e senta para conversar. A turma de branco entra e sai atarefada. Aos poucos todos se conhecem. Os rituais se repetem, num tempo estranho, deslizante.
A montanha mágica vai enredando aos pouco. No espaço-tempo alterado, cada um é Hans Castorp à sua maneira.


terça-feira, março 16, 2004


[plugada e desplugada]


Acabo de chegar da minha apresentação no III Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação do CINTED - UFRGS. Para variar cheguei plugada em 220V. Estas apresentações e a possibilidade de compartilhar o que ando estudando e, também, de ouvir os colegas sempre me deixa assim. Foi como um sair um pouquinho do túnel no qual eu estou entocada desde sexta passada.
Minha nenê está no hospital desde sábado e eu não penso outra coisa sem ser estar com ela. Eu lembro que, quando ela nasceu, eu fiquei assim plugada em 220 V. A coisa mais legal que eu tinha feito desde que nasci foi aquela menina e só fui tão competente de novo dois anos depois, quando fiz o mano dela. E, hoje, se eu pudesse colocava ela dentro de mim de novo, para que ela não tivesse que passar as coisas que está passando, para, de algum modo, poder protegê-la. Mas não dá. E eu tenho que aprender que não controlo nada, que o máximo que posso fazer é tentar. Tentar do melhor jeito e entender que, queira eu ou não, ela não é mais eu.


sexta-feira, março 12, 2004


[projetos 2004]


Enfim estão tomando forma. Hoje, na FACED, nos reunimos, Carmen, Mara, Sônia e eu, para decidirmos o que permanece e o que muda nos projetos Prática Educativa e Relendo os Clássicos. Estes projetos são desenvolvidos, respectivamente, na FAMED e na FACED da UFRGS, ambos com pessoal do pós-graduação. São projetos vinculados ao [zaptlogs] dentro do ZAPT do TRAMSE. Decidimos ampliar os projetos para as novas turmas das disciplinas. Entre os motivos podemos contar a grande aceitação por todos, o entusiasmo dos diretores e coordenadores e o crescimento da experiência da equipe. Para a semana que vem já estão previstas algumas mudanças :) ... aguardem.



[III Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação]


Novamente vou participar do Ciclo de Palestras do CINTED. Desta vez, falando sobre o artigo O fenômeno dos weblogs: as possibilidades trazidas por uma tecnologia de publicação na internet publicado no último numero da Revista do PGIE UFRGS Informática na Educação - Teoria & Prática. Apresento na terça-feira, dia 16, às 15:55, no Salão de Atos 2 - Reitoria - UFRGS.
Vele a pena conferir a programação e participar, principalmente das mini-oficinas. Participei de algumas no II Ciclo e gostei bastante.

CINTED e SEAD - Secretaria de Educação a Distância/UFRGS

Data de realização: 16 a 19 de março de 2004. - informações: tel 33163986

Programação
Informações e Inscrições via Internet



[a Paixão, segundo Mel Gibson]


Passion: Regular or Decaf?

By Slavoj Zizek | 2.27.04

Those who virulently criticized Mel Gibson’s The Passion even before its release seem unassailable: Are they not justified to worry that the film, made by a fanatic Catholic known for occasional anti-Semitic outbursts, may ignite anti-Semitic sentiments?

ler o artigo em In These Yimes



[para ler depois]


Uma sinapse para explorar.
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Theoretical Perspectives on Interactivity - Rushkoff, Spring 2004.


This is an advanced graduate-level seminar on the emergence of and reactions to interactivity in technology, literature, art, society and our perception of reality. As a result, we'll be discussing a broad spectrum of thinkers with varying levels of authority and acceptance.
http://www.rushkoff.com/class/
http://www.rushkoff.com/class/tpsyllabus.html


quarta-feira, março 10, 2004


[mistério]


São vários os mistérios que podem se instalar dentro de uma casa. Alguns definitivamente insolúveis, outros que levam mais ou menos tempo para, de repente, se revelarem. Na categoria dos insolúveis eu coloco o desaparecimento de sombrinhas e guarda-chuvas, por exemplo. Penso que deve existir algum buraco negro, quarta ou quinta dimensão para onde estes objetos são tragados. Em especial, nos dias de chuva, estes portais entre os mundos funcionam em expediente integral.

Neste exato momento, um novo mistério vem se estabelecendo aqui em casa. Mais especificamente na cozinha.
Tem alguém roendo as frutas. Tenho uma fruteira, destas de plástico, com rodinhas, que fica num determinado ponto da cozinha. As únicas partes dela que tocam o chão são as rodas; nada toca paredes. A cozinha, à noite, fica com janelas e porta para área de serviço fechada.

Aí que, na prateleira de cima, lugar das frutas, as mangas estão sendo roídas. Nas outras prateleiras, tomates, cebolas, batatas, etc estão numa boa.
Seja quem for, não gosta de bananas e nem de mamão. Faz dois dias que estou vigiando a maldita manga e já descobri algumas coisas:

:: a criatura é pequena, ágil e, ai ai ai, parece ter dentes.

:: é uma criatura da noite.

:: os meus sagazes cães de guarda ainda não a farejaram.

:: de ontem para hoje ela comeu umas duas colheres de sopa da manga.

Na minha lista de suspeitos havia dois sabiás grandões, que entram aqui, às vezes. Mas foram inocentados esta noite. Não vi nenhuma barata na casa, neste verão. E? melhor nem pensar em outras alternativas N


segunda-feira, março 08, 2004


[mulheres]


Mulher, brasileira, negra e pobre ...

e campeã mundial de ginástica olímpica. Viva, Daiane!

Porém:
Ao invés de pensar que o 8 de Março nasceu de uma luta derrotada, de morte, com as mulheres vítimas dos patrões, a história mostra uma greve vitoriosa. Foi a greve das tecelãs de São Petersburgo, que entraram em greve de forma espontânea e autônoma. Até contra os planos do partido e do comitê sindical. Entram em greve e desencadeiam a primeira etapa da Revolução Russa. Na cartilha tem uma página inteira sobre este fato – Esta é a única origem do 8 de Março – um dia de luta, de vitória e de muitas bandeiras vermelhas. Vito Giannotti, publicado no núcleo piratininga de comunicação



[co-links]


Um link puxa outro, as comunidades estão aí para provar. Links humanos e links que são rotas na web. Blogs, wikis, fóruns, listas, páginas ganham vida no movimento dos links que engendram.
E a criatividade ronda este grande hipertexto que é a web. Por projetos como o Co-Links, iniciativa de Alex Primo, Raquel Recuero e Ricardo.
Um ambiente onde o texto vira um meta-hipertexto interativo, onde o leitor pode adicionar múltiplos links. Cada porção de texto podendo remeter à várias direções. Autorias híbridas, textos polifônicos, o direito de fala ampliado.

Tem semelhanças e diferenças com os wikis. Semelhante na possibilidade de adicionar links e na facilidade de uso. Diferente, pois não permite a edição do texto e nem a criação de outras páginas. Porém, abre espaço para a adição de vários links à mesma porção de texto.

Projetos como este rendem idéias. Assim, no improviso, já me ocorrem:

:: Adaptar o código para construir um plugin que possa ser adicionado à blogs ou wikis.

:: Adaptar a idéia para serviços semelhantes aos de comentários.

:: Ampliar as funções, inserindo a possibilidade de criar páginas, como nos wikis.

O melhor de tudo é ver cabeças pensando e criando na direção de uma maior interatividade, da simplicidade e da ampliação das conexões.

... mas olhem o jeito puxadinho que fiz, ali acima, no link comunidades


domingo, março 07, 2004


[update]


Ontem aproveitei o recreio para dar um update nos links deste blog. Nos ali de cima ^ .... Ainda estão inacabados, mas, pelo menos, coloquei a produção de 2003 nos textos. Pode ser que ainda falte alguma coisa.

Aliás, esta tentativa de atualização aconteceu porque eu tive de fazer o relatório semestral para a UFRGS e, nessas, precisei atualizar o currículo Lattes. Era uma coisa que eu estava adiando, porque há uns seis meses, num dia daqueles onde nosso cérebro opera em modo devagar, substituí meu currículo quase atualizado por um muito desatualizado. Besteira feita, concertei um pouco, mas falta quilhões de coisas para colocar: por exemplo, todos os cursos curtos que fiz e todas as bancas que participei.
Resolvi deixar assim e estou colocando as coisas lá da frente para trás. Coloquei a maior parte de 2003 e enviei. Aí, resolvi fazer uma pesquisa e ver como havia ficado. Pois é, eu não aparecia na base de dados dos currículos. De modo nenhum, nem com o currículo mais antigo. Fuçando por lá, me achei na base da Ufrgs, com um currículo desatualizado e diferente de todos que já falei, mas que continha uma parte das bancas. Copiei o dito aqui para facilitar a atualização depois. Pela base da Ufrgs, me achei nos grupos de pesquisa, na base de dados do TRAMSE, mas não me achei no grupo do Prof Triviños. Está tudo meio desatualizado lá, pois não consta quase nada de 2001 para cá. Por ali, pelo TRAMSE, achei meu currículo na base de dados, o que atualizei ontem, mas que, assim mesmo, não aparece quando se faz uma busca. Confusão!

Passei a manhã tentando zerar correspondência acumulada e tentando fazer uma triagem no SharpReader e explicando para o meu amigo Scott o que é forró. É por estas que o Sérgio acha meus posts aditivados, para não dizer mei fumados.
Estou sempre tentando fazer mais coisas do que é possível.

Dentro do tema abraçar o mundo com as pernas, também tem o lado bom. É quando rola uma ajuda, como a da Cláudia, por exemplo, que está à mil no blog da Turma. Pelo jeito ela está gostando. Pena o pessoal do Midi@etica não ter seguido a minha sugestão de manter um blog + rss. Ia agilizar o movimento lá.


sábado, março 06, 2004


[sexta mais que tri]


Dei um empurrão e tanto na dissertação. Coloquei tudo que eu havia trabalhado lá no CM antes do calvário que foi a minha aula de quinta. Bueno, ... hoje já é sabado e eu ando atrasada por aqui. Sem tempo e esgotando as chances de fazer o meu micro funcionar direito. Vou ter de reinstalar a @&*(--#£¢ do ruindous. Este ano é o meu limite para este SO.

Andei atucanando o pessoal do colab. Algumas coisas que foram surgindo quando estava revisando algumas partes da dissertação. Conforme o texto vai aumentando, existe a tendência de misturarmos alguns termos e expressões, usando palavras diferentes como sinônimos e, por vezes tornando pouco claro o que queremos dizer. Resolvi mexer no conceito de comunidade e mandei isso para o grupo (sic, tá):
Gurisada
Enquanto estou aqui trabalhando na dissertação, algumas questões que abordo tem em si nuances e complexidades diversas e , até, que se interpenetram.
Falávamos em comunidades. Pulando por cima, mas sem deixar de lado, todo o contexto/história do que significa uma comunidade, situemo-nos nas
'comunidades que se formam na internet / www'.
Queria esmiuçar esta noção. Assim:

Comunidade - online? virtual? digital? ou ...

comunidade na web? na internet? e/ou?

Aí entram conceitos de 'virtual', 'digital' e abrangências 'internet', 'www'. Muitas vezes, nos textos, estes conceitos e noções se confundem.

Eu tenho um entendimento disso e alguma confusão, também. Que tal começarmos pelos conceitos de VIRTUAL e DIGITAL e suas relações?
Eles pularam a minha sugestão e o debate rolou um pouquim sobre o virtual. Resolvi colar aqui só este início para ver se aparece mais coisa. Algo que não seja Levy.


sexta-feira, março 05, 2004


[tem dias...]


como o de ontem, que são tão malucos que ...
bah... ainda não me recuperei.
Uma coisa é certa: não saio mais sozinha para a Redenção levando turma sem levar, pelo menos, um rádio.


quarta-feira, março 03, 2004


[celebrando a vida]


Talvez seja esta a razão de todos rirem tanto nos velórios. Muito choro, consternação, tristeza contida ou chorada sem pudor e ... riso. A vida tão forte puxa. Impossível esquecer o calor do sol, o relógio que segue incansável, o amanhã que pensamos estar tão perto, tão nosso e tão certo.
Acho que rimos por saber desta auto-sabotagem, desta cegueira pré-fabricada, destas certezas tão incertas.
Hoje, fui num velório de alguém que importava eu estar lá. E fiquei olhando as pessoas: o choro, o riso, a vida puxando cada um para lá e para cá.
Viajei ... imaginei os pensamentos. Uns chorando e lembrando o morto querido, constatando chocados os pensamentos apócrifos se infiltrando no seu lamento.Esqueci de pagar o condomínio...; vai dar tempo de chegar no cabeleireiro?; como a Simone engordou!
A culpa e o alívio... a tristeza e o riso ...

Me peguei criativa olhando as lápides. Vendo a mesmice daqueles quadros, portas da frente lacradas dos pequenos apartamentos empilhados. Aqui jaz Anibal, * 12-08-1932 +22-06-1994, saudades eternas e a foto meio apagada de um Anibal absolutamente contrariado.
E aí o pensamento apócrifo, embora criativo, se insinua.
Lápides digitais!
Uma pequena tela, uma tecla, um clic e surge um filminho estrelado pelo finado. Seus melhores momentos enquanto tinha momentos.
Talvez um espaço para se por algum recado, não... acho que ele não viria ler... Um testemunho, é melhor. Mas aí a coisa toda já ficaria complicada e, provavelmente, o Bill gates já terá patenteado antes que eu publique este post.



[para ler, comparar, criticar]


Organizar o contra-poder popular


A ruína moral que se abateu sobre o governo Lula e o PT não nos deve conduzir ao abismo da indiferença

Fábio Konder Comparato - Fevereiro de 2004

A ruína moral que se abateu sobre o governo Lula e o Partido dos Trabalhadores, abalando sobretudo o coração da juventude, não nos deve conduzir ao abismo da indiferença e do ceticismo. O que está em jogo é o bem comum de todos nós, e não apenas a reputação dos governantes e dos partidos. Importa, pois, antes de tudo, tirar do episódio a lição necessária, e saber introduzir, na prática e nas instituições políticas, as mudanças indispensáveis que o bom senso aconselha.
[leia na íntegra no site da ADUFRGS]


O PT como poder e contra poder


por Marcos Arruda

O artigo de Fábio Comparato na Folha de S. Paulo de 22/2/04 inspira e estimula. Deve ser lido por todas as pessoas que não estão conformadas com a decepção e a indignação provocadas pelo governo Lula e pelo PT: um ano de governo Lula, marcado pela continuidade e pelo distanciamento crescente da população em geral e, em particular, dos seus eleitores; e um PT que, de partido de massas está se transformando em instrumento autoritário de imposição dos desígnios do governo sobre sua militância. Contra toda expectativa, com Lula presidente, o "Estado democrático de direito" continua sendo "uma peça de ficção política", como bem diz Comparato. E acrescenta: "A democracia pressupõe a atribuição efetiva (e não apenas simbólica) da soberania ao povo, devendo os órgãos estatais atuar como meros executores da vontade popular".
Acontece que a democracia não é algo que se conceda, mas sim que se conquista.
[leia na íntegra no Caros Amigos]




terça-feira, março 02, 2004


[para ler]


Palabras en red: las mutaciones de la literatura en Internet

Dênis de Moraes
1. El ambiente literario on line

Partimos del reconocimiento de que mismo en el ambiente de flujos infoeletrónicos en que vivimos, la literatura tradicional continua fascinante e insubstituible. En las palabras grabadas con tinta en el papel, hay lo que Mario Vargas Llosa define como "los más bellos paisajes de la imaginación". Imposible abandonar el contacto suave con la superficie lisa del libro, la capa fosca o brillante, las hojas blancas encuadernadas, los marcadores...
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A VONTADE DE ABRANGÊNCIA

É cada vez mais árduo o trabalho do intelectual que tenta se manter, ao mesmo tempo, íntegro e público

MILTON SANTOS
especial para a Folha - Publicado em 20/06/99 no caderno Mais! da Folha de São Paulo.

Qual o papel do intelectual nessa encruzilhada turbulenta da história? Pode ele contribuir, pela reflexão, ao aperfeiçoamento da vida democrática e das instituições? Cabe fazer tais perguntas no Brasil deste fim de século, onde, aparentemente, homens de estudo se instalaram no poder?

O antigo debate sobre o papel social dos intelectuais, mais vivo em países como a França, mais débil noutros como os Estados Unidos, onde a filosofia dominante do pragmatismo constitui por si mesma uma dificuldade, merece ganhar nova força com a emergência do fenômeno da globalização. Diante do papel político das empresas e do mercado global, frequentemente mais ativos que os Estados e os partidos na formação da opinião, as massas atônitas reclamam explicações mais consistentes. Estarão os intelectuais preparados e dispostos ao enfrentamento dessa tarefa?
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Elogio da lentidão

Milton Santos

O mundo de hoje parece existir sob o signo da velocidade. O triunfo da técnica, a onipresença da competitividade, o deslumbramento da instantaneidade na transmissão e recepção de palavras, sons e imagens e a própria esperança de atingir outros mundos contribuem, juntos, para que a idéia de velocidade esteja presente em todos os espíritos e a sua utilização constitua uma espécie de tentação permanente. Ser atual ou eficaz, dentro dos parâmetros reinantes, conduz a considerar a velocidade como uma necessidade e a pressa como uma virtude. Quanto aos demais não incluídos, é como se apenas fossem arrastados a participar incompletamente da produção da história.
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Paulo Freire

Em um bate-papo com o educador Moacir Gadotti, o professor Paulo Freire explica por que, mesmo num momento difícil e desanimador da historia brasileira como este que estamos vivendo, está esperançoso quanto ao futuro. Ele também faz alertas aos professores, conta como faria se estivesse em sala de aula com os "meninos" e fala um pouco sobre sua experiência como secretário municipal da Educação de São Paulo.

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....... tudo sinapses apanhadas no excelente blog do Dênis de Moraes


segunda-feira, março 01, 2004


[decisões]


cansei de não ter quadros... hoje é um dia especial, então coloquei mais algumas convenções de lado e iniciei a fazer inscrições rupestres nas paredes. Comecei pelo quarto :) e estou louca para ver a cara de meus filhos quando verem. Se não me falha a memória, eles foram duramente reprimidos ao tentarem fazer o mesmo quando eram pequenos.

<<< Fiz uma coisa mais ou menos assim.


Pode não parecer, mas é uma flor ...





[sharpreader, tools , etc]


Estou postando diretamente do sharpereader, via wbloggar. Algumas notícias que espero ler com mais calma e, até, comentar, estão indo direto para o [bloglab], dentro dos temas que costumo colocar por lá. A maioria delas, não entrará aqui, a não ser que eu faça comentários mais abrantes sobre os assuntos.



[edu weblogs na Argentina]


:: alguns endereços para investigar como anda o pensamento argentino sobre weblogs e educação no [bloglab]




[01/03 - 3h:45min - paralelo 30]

sigo desejando continuar a olhar assim para este mundo que é obra minha, tambémNascemos para nós mesmos a cada instante e não coincidimos conosco. Nosso todo se reflete apenas no olhar do outro, que registra cada uma de nossas mutações e terá, talvez, o destino de desenhar o nosso ponto final.

... já estou no caminho, venho seguindo as rotas do céu de verão. Deixa entrar a bateria, é segunda-feira, é carnaval e eu chego às 3:45 sem falta :)