segunda-feira, fevereiro 23, 2009

que semana!


uma semana tentando me esquivar das leis de Murphy...

# não vou enumerar as calamidades, mas, só para atualizá-las, que conste em ata que eu estou aguardando de novo o pessoal para re-arrumar o meu telhado. Nos últimos dias chovia mais aqui dentro que na rua e eu passei o sábado de carnaval carregando baldes de água ...

# nossa bisa deu um nó nos prognósticos médicos e, aos 99 anos, venceu uma cirurgia complicada e já está incomodando todo mundo, como é seu direito :)

# não vi nada do carnaval. Entre as obras e o hospital, estou lendo e assistindo a NCAA.

...

# para ler:

The Political Economy of Intellectual Property - Michael Perelman

Participation and Literacy - Twitter and Futurism - Trebor Scholz

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domingo, fevereiro 15, 2009

# dulcora



# Para pensar >> "A crise ainda não mostrou sua verdadeira face, mas as notícias do ressentimento de trabalhadores dos países da Europa Ocidental contra os que ocupam postos de trabalho por uma mísera remuneração são cada vez mais evidentes. É como fossem estes os culpados e não o capital em busca de maior rentabilidade. O aumento da intolerância dos governos com os imigrantes é o outro lado da moeda." .... segue [Rall em Rumores da Crise]

# Brasil Olímpico – Uma candidatura passada a Limpo. - vídeos do especial da ESPN, no blog do Paulinho [via Laércio]

# Solução neokeynesiana e novo Bretton Woods são fantasias - Em entrevista à revista inglesa Socialist Review, István Mészàros, um dos principais pensadores marxistas da atualidade, analisa a crise econômica mundial e critica aqueles que apostam que ela será resolvida trazendo de volta as idéias keynesianas e a regulação. Orr e Ward entrevistam Istvan Mészáros para a Socialist Review - traduzido por Katarina Peixoto para a Agência Carta Maior

# Para conferir: Dossie Telos, na Revista Telos - TIC, educação, tecnologia, escola.

# Exterminem todos os brutos": Gaza 2009 - O poder dos homens do Hamas permanece intacto, e a maior parte dos que sofreram em Gaza é de civis: um resultado positivo, segundo uma doutrina muito bem difundida, a do terrorismo de Estado. Noam Chomsky para a Agência Carta Maior

# Palestina Ocupada - entrevista de Idelber de Avelar para Jorge Conterrâneo, André Deak e Rodrigo Savazoni.

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Os amigos e Porto Alegre



)) foto de Carlos Paim - Primavera em Porto Alegre

Hoje eu me senti uma das 3 coisas mais interessantes de Porto Alegre. Se não para todos, para meu amigo Sérgio.

Nem é preciso dizer como fiquei feliz e, definitivamente, me achando. Sérgio, nestes anos de convivência na rede, o "conteúdo" mais importante que aprendo contigo é a amizade.

Isso tudo prova a força dos laços fracos e que a rede de redes entrelaça pessoas e comunidades numa trama que não coincide com o desenho das rotas entre as comunidades materiais. De fato, esta rede costura numa outra dimensão o que, materialmente, pode estar solto ou muito afastado.

Mas, não fiquem aí parados, olhem!

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80 anos!



)) mãe e pai, em algum carnaval antes de eu nascer

Minha mãe fez 80 anos e, festejando este marco na sua vida, pude confrontar a passagem do tempo e, num certo sentido, me encontrar criança outra vez.

Deixei para trás a loucura destas primeiras semanas pós-férias, coloquei o meu chapéu de viagem e lá fui eu para Capão da Canoa. Do meu lado, o Lucas dormindo e, à frente, a estrada vazia no calorão da tarde de sexta-feira.

Aproveitei a tranquilidade da viagem para pensar. Deixar a mente vagar por todos estes anos que conheço a minha mãe. Daquela ligação primeira não restam lembranças, mas sobram intuições, certezas de incondicional amor e apoio. Dos primeiros anos eu lembro dela me esfregando até brilhar, do descuido com a comida (é..., ela nunca empurrou ou se preocupou se comíamos, - claro que comíamos!).

Na escola, o olho vivo para saber se tínhamos o que era preciso ter, se éramos as primeiras na fila da vacina, se as notas estavam ok. Sem estresse de ficar fiscalizando temas e tarefas, deixando a vida cuidar dos nossos desleixos.

Na adolescência, ela que ainda estava na sua adolescência, virou cúmplice (só pra constar ela ainda continua na adolescência). Parceira das festas, amiga de quase namorados, mediação poderosa entre nós e o patriarca.

Sempre foi parceira, disputada pelos netos, um calo no dedão do meu pai. Ele todo certinho casou com uma hippie, quando ainda não haviam hippies.

E para honrar a tradição, ela queria que a festa de 80 tivesse o tema: Grêmio. :) Vetado pelo senhor certinho, que depois se arrependeu ao ver a decoração aprovada, toda azul e branco . - Parece a Argentina.... Mas no fim ela venceu, com a bandeira tricolor fazendo um fundo que ninguém podia deixar de ver.



)) Os netos: Fernando, Claudia, Lucas e Rodrigo (falta a Cristiane) e, lá no fundo,
a turma de San Diego: Rossana e Fernando, via Skype. E... o Grêmio, é claro!

E estavam todos: as filhas, os netos e netas. Uma das netas direto de San Diego ficou sentadinha participando da festra via Skype. O computador numa das mesas era o ponto de parada dos convidados (a maioria na faixa dos 80) que, rapidinho aprenderam como conversar a distância.

E ela estava feliz: netos e filhas, o maridão amado, barril de chopp e bandeira do Grêmio. Pedir mais?

E eu fiquei apreciando aquelas gerações reunidas, alguns alegremente caducando. Se divertindo a grande até quase o sol nascer. "-Quem é tu mesmo, minha filha? ... - Ah..., mas tu já tens filha grande assim..."

E eu fui para lá com computador e livros, doutorado em foco. Mas acabei subindo em escadas, pendurando fitas e enchendo balões. Como valeu a troca!!! :)

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terça-feira, fevereiro 10, 2009

pesquisa auto-referente


engrenagensEm 2001\2002, quando iniciei as pesquisas de doutorado, tive dificuldade em localizar material sobre blogs e, mais ainda, sobre blogs e educação. Usava, na época, o All The Web, Cadê, Altavista e o Google, que ainda não era nem 1/5 do que é hoje em termos de tamanho e hegemonia. E, para algumas pesquisas diferenciadas eu usava o Astalavista :)

Meu preferido até 2003, mais ou menos, era o All the Web que, junto com o Altavista, pertencia a Overture. Depois, a Overture foi comprada pelo Yahoo e sua história mudou. Por volta de meados de 2004, comecei a usar mais o Google e, hoje, vou direto no quadrinho de busca no canto da barra do Firefox, marcado por padrão para o Google.

Todavia, já faz um bom tempo, os resultados das buscas que faço vem apresentando um comportamento cada vez mais viciado. Eles progressivamente se aproximam dos resultados de outras buscas já efetuadas e do que parece ser o perfil que o Google forma a partir das informações que coleta sobre mim em todos os seus serviços.

Estou tendo uma experiência cada vez melhor do objetivo googliano de "combinar as informações pessoais fornecidas por você com as informações de outros serviços do Google ou de terceiros para proporcionar ao usuário uma experiência melhor, incluindo a personalização do conteúdo para você". O que é péssimo!

Se, em 2001, muita informação da web ainda não tinha sido rastreada e indexada nos motores de busca, hoje, ela é suprimida por conta de uma seleção feita por máquinas e com critérios (que atendem uma lógica determinada) fora do meu controle. A resposta é aquilo que o Google pensa que eu quero ler.

Deste modo, a rede de informações se fragmenta e se limita em guetos de semelhanças filtradas. Existem partes da rede que estarão cada vez mais indisponíveis para algumas pessoas, via motores de busca. Uma rede que fica cada vez mais auto-referente. Um perigo para quem pesquisa e quer, em termos de busca de informações, ultrapassar a pequena rede de relações mais diretas.

Para não falar nas possibilidades de classificar (no sentido marxista de classe mesmo) camadas de acessibilidade a informações. Uma tendência que pode vir com a mesma transparência com que o Facebook fala da possibilidade de comercializar informações de seus usuários. Parece que o treinamento em desprivatizar informações pessoais, que os sites de redes sociais tornam possível, começa a fazer efeito.

Quando tu, por estes caminhos, começa a operar numa determinada camada info-comunicativa, a tendência é assumir um postinho de trabalho imaterial na linha de montagem. É neste sentido que o conceito e as práticas sociais relacionadas ao que chamam de web 2.0 devem, também, serem pensados. Conceitos marxistas de acumulação, exploração, trabalho e, sobretudo, classes sociais são essenciais para poder compreender estas questões, pensando-as fora da lógica que lhes dá movimento.

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sexta-feira, fevereiro 06, 2009

semana 1


Minhas férias terminaram com as flores e as tardes perfeitas dos últimos dias de janeiro. Desde terça-feira estou entre aulas iniciais e reuniões do colégio.

Foi uma semana danada... alegrias no trabalho x problemas no front pessoal. Mas, em todas estas coisas, podemos ser mais que vitoriosos... (eu gosto desta frase da Bíblia, embora não tenha muita certeza do que seja ser mais que vitorioso)



Agora..., foi uma alegria re-encontrar os meus alunos. A turminha das aulas do ano passado e os meus bruxos do basquete. Este ano promete :) Fiquei com as mesmas turmas (anos) de 2008 e, assim, entreguei algumas turmas queridas que avançaram de ano.

E vai ser basquete todo ano. Para o 7º, 8º, 1º, 2º e 3º anos. Mais os treinos.

Estes começaram hoje, rivalizando com o Planeta Atlântida. Treino cheio dos "maiores", inclusive com 3 ex-alunos que vieram e, pelo jeito, vão continuar treinando. Jogo animado porque é o primeiro e, por um bom tempo, o único treino só recreativo. Segunda começa o treino físico e aí a coisa fica séria. :)

E, amanhã, recomeço a me concentrar na pesquisa, pois esta semana ela ficou em segundo plano. A pensar em apropriação e tecnologia, em trabalho e nas redes sociais que são o meio e a mensagem destas novas práticas.

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