domingo, abril 27, 2008

Jogos Internos do Colégio Militar


Foi lá que eu me sumi a semana toda. E vamos dizer que foi um tempo para rir muito, correr muito, conhecer melhor as pessoas. Tempo também de observar as reações que as mudanças provocam nas pessoas e as reações que estas reações, por sua vez, desencadeiam.

Não é fácil mudar. Até porque a nossa insegurança é traiçoeira e tende a abreviar o tempo que não tem como ser subtraido. Pois é, ... semana cheia.



:: Mais fotos, vídeos e resultados...

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domingo, abril 20, 2008

O anti-ensino contra a crise de significado


Não tem professor que não dedique um bom tempo pensando em como tornar suas aulas mais atrativas, como vencer a imobilidade e a mesmice, quando estas se acampam na sua sala de aula. Geralmente, as alternativas pensadas focam na forma e no conteúdo daquilo que é proposto para a aprendizagem. Com menor ênfase pensamos no ambiente onde esta forma e este conteúdo vão acontecer.

E, falando em ambiente, este não só contém uma certa estrutura (ou desestrutura), como é parte de um contexto. E este contexto, omitido na maioria de nossas tentativas de ensinar, é justamente o que pode prover o espaço para que surjam as questões, os movimentos, os significados e a aprendizagem.

Como a minha sala de aula é diferente da do restante de meus colegas, ela é geralmente um ponto de observação das práticas que saem da sala de aula e dos laboratórios. É da quadra de basquete do parque, por exemplo, que eu vejo as aula de física, educação física e biologia acontecendo juntas na pista de corrida.

Mas são muito raras estas oportunidades nas quais as aulas rompem o formato da conferência, da pesquisa dirigida, do circuito, sala, laboratório, biblioteca. Ou que viram um destes espaços de pernas para o ar com algum movimento que não sejam os tradicionais.

O Prof Michael Wesch, propõe justamente esta ruptura e a busca do significado, por meio de um certo transtorno nas estruturas e da contextualização daquilo que, sendo histórico, não deve ser tratado como algo que não tem vínculos.

É uma leitura interessante que eu sugiro. Justamente por relatar uma realidade significativamente diferente. E por, de certa forma, nos fazer pensar fora do ensino e mais dentro das condições de aprendizagem.

Anti-teaching: Confronting the Crisis of Significance

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MemeSpread


Depois da corrente do selinho da amizade e da resposta que dei nos comentários à respeito dos memes, eu fiquei pensando...

E lembrei que esta já foi uma reflexão feita, nas muitas vezes que os memes andaram sendo assunto por aqui. Como ando escavando os meus arquivos, as camadas da cultura que andei construindo nos últimos 7 anos, acabei achando uma postagem sobre os memes.

No meu antigo [bloglab], uma postagem sobre um projeto chamado memespread, que andou investigando o caminho dos memes lá por 2004.

Nas conclusões: "Memespread Project demonstrates an unusual willingness of individuals to spread a meme, especially if they feel that it is for the sake of scientific research"

:: relatório do projeto

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sábado, abril 19, 2008

Basquete!


Me esqueci de contar que, não sem uma certa culpa, andei brincando muito nos últimos tempos. E se não ganhei, to no podium!!!!



Resultado Final
:

1. Walter Bartels - 53 pontos
2. Gustavo Sousa - 46
3. Suzana Gutierrez - 45
4. Andrey Pereira - 30
5. Tiago Jokura - 27

Agradeço ao pessoal do Rebote pela diversão que me proporcionaram nos últimos meses e pela oportunidade de conhecer um pessoal tão legal :)

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semana que vai \ semana que vem


Arcadas

as arcadas

A roda gira com cada vez mais velocidade e as possibilidades de ao menos refletir um pouco sobre o que se está fazendo se esgotam na inelutável dança das horas.

Minhas atuais prioridades são o projeto de doutorado e o meu trabalho, subordinadas apenas as coisas da família que precisem realmente da minha atenção. Ou as coisas da vida, pior..., da não-vida, as que sou obrigada a atender. Dizem que inevitáveis só a morte e os impostos. A morte eu fico na esperança de adiar. Já os impostos... levam parte da minha criatividade ao tentar, todos os anos com renovada esperança, deixá-los num patamar menos lesivo à minha saúde física e mental.

Esta semana foi de organizar os Jogos que serão o foco da semana que vem no colégio. De terça à sexta aquela gurisada vai rir, chorar, correr muito, gritar muito nos ossos ouvidos e se divertir! Assim esperamos e assim estamos nos organizando, para que a competição seja muito mais que uma disputa :)

Eu sou responsável junto com outra colega pelas competições de basquete. Vou auxiliar no atletismo comandando a equipe de apuração e auxiliar na apuração geral. Ao todo, a gurisada vai se divertir competindo em basquete, volei, futebol, handebol, futsal, xadrez, atletismo, corrida rústica, esgrima, karate, caçador (ou queimada, para os menores), barra, e teremos a tradicional Corrida das Arcadas.

Para quem não conhece o Colégio Militar, ele é um prédio que ocupa um quarteirão, construído como um forte, à volta de um pátio central grande. Toda a face interna do colégio é cercada por uma varanda com arcadas (foto). Nos Jogos Internos, descobrimos quem é o aluno mais rápido do colégio, aquele e aquela que dá a volta nas arcadas mais rápido. Não temos um relógio para soar doze badaladas marcando o ritmo da corrida, mas é emocionante a torcida de todas as seções assistindo os corredores passarem. Depois, rumo ao hall da fama, que fica na sala dos troféus, junto à biblioteca. Lá as plaquinhas e fotos imortalizando os campeões e campeãs desta tradicional prova.

passagem do comandoEsta semana foi também a hora de conhecer um novo comandante para o colégio. Nosso comandante virou general e vai seguir sua carreira em outras paragens. Sorte dos seus novos comandados, pois penso que ele é disparado o melhor general do exército brasileiro. Raras são as pessoas que unem uma grande capacidade profissional com um grande potencial como pessoa humana.

Ao novo comandante :) a nossa cautela e esperança. Ele tem um ótimo exemplo a seguir, o que já facilita um pouquinho a tarefa de assumir um barco que está andando. Vamos ver como ele torce nos jogos internos :))

Esta semana ainda repercute no colégio o bom desempenho de nossos alunos no ENEM. Na minha opinião, o ENEM não serve para avaliar as escolas já que para qualquer número de alunos concluintes de uma escola, 10 podem representar a escola no ENEM e, respeitado este mínimo, a estatística não faz diferença se apenas 10% dos alunos de uma escola fizeram a prova contra os 90% de outra que fizeram.

Claro que as escolas que mandam apenas os seus 10 melhores alunos têm vantagem nas médias. As escolas públicas, nas quais os alunos precisam fazer o ENEM para ter chance de alguma bolsa nas Universidades particulares têm maior percentual de alunos fazendo o ENEM e, por isso, possibilidade de ter média mais baixa.

Ainda assim, o Colégio Militar foi muito bem no ENEM. A maioria das reportagens salienta os aspectos militares, disciplinares e algumas regras especiais no funcionamento da escola. Porém, é necessário se destacar a formação dos professores: a maioria civis e concursados, quase todos com pós-graduação, quase a metade com mestrado\doutorado. E todos lutando para continuar com a mesma carreira dos demais professores federais, até porque não tem sentido ganharmos MENOS do que os professores de escolas do MEC que ficaram atrás dos Colégios Militares no ENEM. Se, para melhorar as estatísticas dos colégios públicos os Colégios Militares são bem vindos, o tratamento dos seus profissionais, que são os responsáveis por esta excelência, deveria ser, no mínimo, o mesmo que o dos demais profissionais que atuam em escolas federais.

E entre lutas e coisas boas a semana encerrou com um ótimo treino de basquete e uma lua linda no céu.

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segunda-feira, abril 14, 2008

devidamente selada, agora só falta o carteiro passar


selo da amizade Recebi de Fátima e de Semiramis e sigo a corrente :)

No meu entender, quando blogueir@s criam, passam e aceitam estas pequenas correntes, estão confirmando os laços, resignificando os links que fazem.

Nestas pequenas brincadeiras e gentilezas redesenhamos a rede. Nas minhas dez indicações vou tentar por gente que ainda não entrou na roda :) mesmo os que não curtem as correntes, os memes e os gifs fofos :oP


Lilian Starobinas
Adriane Hallman
Roselene Pan
Andre Kenji
Alcione Ethur
Sergio Lima
Iris Costa
Barbara Dieu
Claudia Bergo
e a Turma 904 do CMPA

Ah! Já ia esquecendo...a idéia é copiar o selinho e indicar mais 10 blogueiros.
Ah 2: eu não vou avisar ninguém que indiquei :oP

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domingo, abril 13, 2008

Forma e conteúdo


Em diversas ocasiões este tema ocupou a minha reflexão. As mútuas implicações entre a forma e o conteúdo. E, depois de uma semana de muito trabalho e leitura, entrei o fim de semana com este tema novamente aparecendo no horizonte das coisas que estou construindo dentro do projeto de doutorado.

Aí que eu resolvi socializar as questões. Numa rede social formada por blogs, interligados por toda uma conversação que atravessa a rede, que limites e que possibilidades o formato de cada blog e o formato da rede coloca para a interação?

Como a rede de relações sociais e os sujeitos que a criam resolvem as contradições trazidas pelos limites da forma?

...

Enquanto eu me enredo na filo-socio-antropo-arqueo logia da rede, a minha gurisada, por conta da moleza dos últimos treinos, começa a entregar o tema de casa. Isso, ou começar o próximo treino pagando...

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quinta-feira, abril 10, 2008

segunda-feira, abril 07, 2008

Competir: muito além da disputa


Aos professores, inclusive os de educação física, que acham que esporte e educação não combinam.
Texto que escrevi no final do ano passado e que saiu na Revista Hyloea (em papel) do CMPA neste mês de março. Não colo tudo aqui porque ele tem imagens que dão um sentido especial ao texto.

Andar sempre apaixonado é uma coisa que vem junto com alguns anos conturbados da vida. Adolescentes e, às vezes os nem tanto ou os para sempre adolescentes, estão sempre apaixonados. Aquela mistura de tormento com alguns instantes de lucidez e razão é um motor poderoso para algumas coisas e um freio potente para outras.


Competir nos esportes tem muito disso. Um impulso instintivo e altamente emocional contrabalançado por alguma tentativa de frieza e planejamento. Se, por um lado a tática, a lógica e a estratégia puxam pela razão e se constroem num lugar um tanto frio, por outro, sem aquele impulso do sentimento, sem a paixão, as coisas caem no vazio. A técnica pura quando muito produz um robô mais ou menos eficaz se as coisas forem estáticas. Como elas não são, entra a paixão para dar vida à técnica.


.......... segue

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domingo, abril 06, 2008

que semana!


Vamos por as coisas em apenas uma contradição: corri, corri e corri, mas não avancei quase nada. A Rainha Branca teria me contado que era preciso correr o dobro para não chegar a lugar nenhum.

Aprendizagem da semana, quer dizer, tentativa da semana: filmar um pouco dos treinos. Este foi bem bom, mas o jogo... E a cineasta, ainda por cima, esqueceu as baterias...

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sexta-feira, abril 04, 2008

terça-feira, abril 01, 2008

1º de abril


Sobrevivi aos últimos dias, inclusive ao primeiro de abril. Quarta e quinta são os dias em que não me aproximo do computador, onde outras instâncias de sociabilidade ficam hegemônicas. Quarta-feira, depois das aulas no CM, fui para a UFRGS, para a biblioteca e , depois, para uma reunião do Núcleo de Pesquisa + pessoal da FAMED. Planos colaborativos no horizonte. Cheguei em casa super tarde e carregada de teses para filtrar mais algumas coisas em relação a minha dissertação.

Com todo este ruído na retaguarda, entrei em primeiro de abril meio desligada. Ontem, cheguei cedo no CM, e minha visão periférica anotou a movimentação da PE no quarteirão. General, pensei, e fui para a aula.
Os guris tri afim de jogar, inquietos, bem como eu gosto. Mas, nem chegamos no jogo. Fazíamos um exercíco de cortada, quando tocou a sirene em modo emergência. Como é a mesma sirene que toca o início e final dos tempos de aula, custou a me cair a ficha. Aliás, eu estava com as fichas lentas, porque já poderia ter notado a fogueirinha no meio do pátio. Treinamento de incêndio.
Lembrei das instruções, coloquei a turma de inconformados em forma e rumei para a saída prevista. Eles reclamando, uns até querendo deitar no meio da quadra e fingir que estavam intoxicados com a fumaça para ver o que a turma de combate ia fazer.
Estas alturas todo o colégio debandava alegremente das salas de aula, dos departamentos, dos setores. Afinal, a fogueirinha no meio do pátio era o ícone de um incêndio de mentirinha. Dia perfeito - 1º de abril.
- Logo na aula de educação física! - reclamou um dos guris.

Em 2004, o meu primeiro de abril foi assim. Prazos e incêndios por apagar, como sempre :)

este é um post pré-datado, mas tem fundos e, certamente, terá algum update.

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update: o post não tinha fundos... sei lá porque só saiu hoje >> 04/04/2008 \o/

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