domingo, abril 20, 2008

O anti-ensino contra a crise de significado


Não tem professor que não dedique um bom tempo pensando em como tornar suas aulas mais atrativas, como vencer a imobilidade e a mesmice, quando estas se acampam na sua sala de aula. Geralmente, as alternativas pensadas focam na forma e no conteúdo daquilo que é proposto para a aprendizagem. Com menor ênfase pensamos no ambiente onde esta forma e este conteúdo vão acontecer.

E, falando em ambiente, este não só contém uma certa estrutura (ou desestrutura), como é parte de um contexto. E este contexto, omitido na maioria de nossas tentativas de ensinar, é justamente o que pode prover o espaço para que surjam as questões, os movimentos, os significados e a aprendizagem.

Como a minha sala de aula é diferente da do restante de meus colegas, ela é geralmente um ponto de observação das práticas que saem da sala de aula e dos laboratórios. É da quadra de basquete do parque, por exemplo, que eu vejo as aula de física, educação física e biologia acontecendo juntas na pista de corrida.

Mas são muito raras estas oportunidades nas quais as aulas rompem o formato da conferência, da pesquisa dirigida, do circuito, sala, laboratório, biblioteca. Ou que viram um destes espaços de pernas para o ar com algum movimento que não sejam os tradicionais.

O Prof Michael Wesch, propõe justamente esta ruptura e a busca do significado, por meio de um certo transtorno nas estruturas e da contextualização daquilo que, sendo histórico, não deve ser tratado como algo que não tem vínculos.

É uma leitura interessante que eu sugiro. Justamente por relatar uma realidade significativamente diferente. E por, de certa forma, nos fazer pensar fora do ensino e mais dentro das condições de aprendizagem.

Anti-teaching: Confronting the Crisis of Significance

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