domingo, novembro 30, 2003


[Grid Blogging]


Me interessei nesta idéia lá no SmartMobs, mas depois viajei e me perdi. Penso que a coisa toda a contece amanhã. A idéia partiu de Ashley Benigno, que propõe uma ação coletiva via blogs. Uma espécie de smartmobblog descentralizada.

Grid blogging visa investigar o potencial de um modelo de produção midiática distribuida por meio da blogosfera. O objetivo é focar sobre tópicos específicos trabalhados, ao mesmo tempo, por várias vozes. A descentralização é o caminho desta espécie de guerrilha de publicações. O tema proposto é "brand" ou "marca" e pode ser interpretado da forma como qualquer um entender. Crítica-texto-imagem-som-bizarro-sério-acadêmico-suspeito-alternativo-....

Lá na origem, a coisa anda assim. O dia brand é amanhã. Quem vai?



[communitas, algumas anotações]


para completar depois. (de trabalhos meus de 2002)

Victor Turner (1974), ao estudar os processos rituais de comunidades primitivas, identificou um momento do processo, fase de liminaridade, onde havia uma perfeita e horizontal interação entre os participantes, onde todas as hierarquias se anulavam e se instalava uma nova relação entre as pessoas. Neste estágio, surge um sentimento de fraternidade e integração entre os membros da comunidade onde suas identidades são direta e imediatamente confrontadas, livres de divisões sócio-culturais. Chamou este estado de communitas. Posteriormente, Turner estendeu às sociedades modernas a existência de períodos onde agrupamentos humanos podem experimentar o estado de communitas. Podemos citar como exemplo a interação que aconteceu em alguns eventos nos anos 60 e que deram origem ao movimento hippie como comunidade.
Pode-se associar estes conceitos de Turner à possibilidade de transformação social pelo movimento dialético entre as fases liminares e uma reestruturação da organização social. A comunidade emerge deste processo de suspensão da ordem reconstruída sob novas perspectivas.

Bakhtin, identificou processo semelhante nas festas populares como, por exemplo, o carnaval.

"Sobre a visão carnavalesca do mundo se assenta, para o autor, uma cultura carnavalesca de que decorrem grandes obras, como as de Cervantes ou Dostoiévski ou o picaresco em geral." (BARROS, 1994, p.7)

....

A memória, a religião, a imaginação e, mais recentemente, a informática e as redes digitais são ferramentas que usamos para virtualizar, para desterritorializar, reconfigurar, enfim, uma solução existente numa nova abordagem problemática. Podemos virtualizar uma ação, uma instituição, uma pessoa tornando-os, conforme Michel Serres (1994), uma "não presença". Ao fazer isso rompemos as amarras que os ligam a um tempo e a um espaço determinado, possibilitando que, ao mudar o foco do ser para a sua questão, possam se evidenciar relações entre "privado e público, próprio e comum, subjetivo e objetivo, mapa e território, autor e leitor, etc." (Pierre Lévy, 1996)
...




Paralelo aos deslocamentos e conferências, os momentos com os colegas foram cheios de vida. Vida permeando as brincadeiras, as pequenas solidariedades, as discussões. Assuntos para muitos posts, as nossas discussões, as intervenções no debate geral durante as comunicações e a discussão da discussão da discussão.
Apesar das muitas dúvidas e das muitas questões que podem ser feitas em relação a academia, ela é um espaço de reflexão e de crírica sobre a realidade. Além de ser nicho de iniciativas realmente transformadoras. Nestes últimos anos de Ufrgs, pude aperfeiçoar minhas ferramentas e práticas de olhar o mundo e de tentar responder às suas contradições. Para, assim como diz Bensaïd, estar como quem: " em equilíbrio sobre a ponta afiada da crítica, acena para a mecânica orgânica, para as ciências das bordas ou dos preenchimentos, cujos espectros assombram nossa razão instrumental."

Nesta sexta-feira, a partir das 13h:30min, participei do grupo temático 4 - Políticas educacionais e formação profissional - apresentando uma descrição e alguns encaminhamentos do meu projeto de mestrado. Na realidade, a organização do evento optou por juntar dois grupos temáticos, já que somente a metade das comunicações seriam apresentadas.
Foi aí, nestas alterações do programa, que acabei virando intérprete. O colega Boubacar Bayero Diallo, da Guiné, teve a apresentação transferida do dia 27 para o dia 28 e, creio eu, esqueceram de reagendar o intérprete. Resultado: ele fala francês e estava preparado para apresentar seu trabalho, LES PARCOURS SCOLAIRES ATYPIQUES DU COLLÈGE DE PORÉDAKA EN GUINÉE (AFRIQUE DE L'OUEST), em francês. Eu entendo francês, melhor dizendo, entendo um pouco ouvindo e quase bem lendo. Sem outras alternativas, topei traduzir da seguinte forma: ele apresentando em francês e eu traduzindo com o auxílio do texto das transparências. As dúvidas resolvi falando com ele em inglês, que é o que eu consigo falar.
Surreal, mas funcionou. E funcionou tanto que o grupo seguiu no debate depois das apresentações. Boubacar decidindo trocar os dois anos de sanduiche no Canadá, por um ano lá e outro no Brasil.

Numa das apresentações, sobre projeto político pedagógico como instrumento de gestão democrática da escola, o autor usava Habermas e a razão comunicativa no contexto de um consenso entre participantes do conselho. Isto aqui rendeu um baita pega, mas, este, vou deixar para a Mara contar.

Minha apresentação foi na adrenalina. É quando fico feliz que me baixa aquele espírito da educação física e a coisa toda rola numa freqüência que sempre surpreende. Surpreende os outros, é claro.

Final dos trabalhos, nos arrastamos para o primeiro boteco que encontramos. POLAR gelada !!! Marketings e marketeiros a parte, gauchada:
Decididamente, NO EXPORT, NO sai daqui!


sábado, novembro 29, 2003




Um evento realizado pela UNIJUÍ - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, CEOS - Investigações Sociológicas, Universidade Nova de Lisboa e AISLF - Associação Internacional dos Sociólogos de Língua Francesa. Grupo de Trabalho: Desigualdades, Identidades e Laços Sociais.
Somente não foi um grande evento por algumas confusões de organização. A inscrição de trabalhos foi feita sem pagamento antecipado, o que levou uma série de pessoas a inscrever trabalhos e não comparecer ao evento. Acredito que alguns poucos tivessem uma justificativa consistente para a ausência. Uma grande maioria ou foi irresponsável ou pegou carona na publicação dos resumos nos Anais do evento. Isso acarretou um esvaziamento nos vários grupos de apresentação em que se pulverizaram os trabalhos inscritos. No meu grupo e sessão, por exemplo, foram apresentados apenas 3 dos 7 trabalhos previstos e sei que isso aconteceu na maioria dos grupos.
Uma alternativa para evitar este tipo de 'publicação' seria cobrar a inscrição antecipadamente e devolver o valor aos que entregassem a versão final do texto e apresentassem na data marcada. Os anais seriam feitos apenas após o evento.
No atual formato, quem entrega e apresenta trabalho paga e leva de carona uma série de oportunistas.

Viajei na quarta-feira, às 13h, junto com a Silvana, que encontrei de surpresa na rodoviária. Chegamos à Ijuí por volta de 18:30 e encontramos a Mara e a Naná nos esperando na rodoviária. Pelo astral já estavam íntimas da cidade e nos conduziram pelas poucas quadras que nos separavam do hotel. Eu estava num clima de banho e pijaminha e saltei fora das alternativas de ir para a Inijuí e pegar o final da abertura do encontro ou ir papear e tomar chimarrão na praça. Minha fase anti-social continua... happens...

Na quinta cedinho encontramos o resto da cambada no café da manhã: Simone, Jorge, Georgina, ...... Conheci, também, alguns outros colegas: Rosimar e Laura. Pelas 8:30 um ônibus nos apanhou para levar até a UNIJUÍ.
O evento foi todo em francês/português-espanhol, com tradução simultânea, e fiquei feliz em constatar que meu francês quase consegue acompanhar as palestras sem a tradução. (aliás, o meu francês foi até requisitado, mas isso conto depois)
O programa da manhã foi alterado, Robert Castel não compareceu ao evento . A conferência prevista: Desigualdades, classes sociais e exclusão social, foi sustuituida pela Regards sociologiques, Pauvreté et Politiques Sociales (Olhares sociológicos, pobreza e políticas sociais), com Guy Bajoit, da Universidade Católica de Louvain, Bélgica. Um olhar europeu, diga-se...

Um fato à notar: num evento onde a maioria dos participantes (e dos organizadores) são mulheres (numa proporção de mais ou menos 12 para cada homem), a maioria dos conferencistas eram homens. Nesta primeira conferência de quinta-feira, a mesa estava composta por quatro homens e uma mulher.
No geral, nas 34 conferências e mesas, 25 foram com palestrantes homens e 9 com palestrantes mulheres. E aí?

Depois do almoço, seguimos para as sessões de comunicações. Assisti as apresentações do grupo temático 7 - Educação, trabalho e novas tecnologias / Éducation, travail et nouvelles technologies, onde apenas 3 dos 7 trabalhos previstos foram apresentados. No final, apresentei meu trabalho, pois a temática se adequava melhor a este grupo do que a do grupo 4 onde foi colocada (Políticas educacionais e formação profissional ) Este foi outro fator onde a organização do evento não foi boa: muitos - mas muitos, mesmo -, trabalhos foram colocados em grupos / temas que nada tinham a ver nem com o título e nem com o resumo do trabalho.

A apresentação foi legal. Usei transparências, pois, embora o tema fosse sobre novas tecnologias a sala não tinha nada mais multimídia que o retroprojetor. Estranhamente, em outras salas havia... Em relação ao meu trabalho: A formação de professores em comunidades de educadores pesquisadores: autoria e autonomia na criação e utilização das tecnologias educacionais informatizadas, quando aprofundei a fala sobre os blogs, agregadores, ..., a sincronicidade dos queixos caindo, demonstrou, mais uma vez, o quão distanciados os educadores ainda estão destas possibilidades. Pena o tempo curto em que não dá para responder todas as perguntas e nem socializar mais conhecimento. ...............segue


quarta-feira, novembro 26, 2003


[piadas de caserna]


Cancelaram a reunião e não avisaram... Perdi a festa de ontem por nada.

ouvido pelas arcadas:

Uma colega, uma bonita mulher madura, recebeu o seguinte elogio de um Coronel:

Se, como passa, já é linda, imagina quando uva ...


terça-feira, novembro 25, 2003


[um dia longo]

Drª Tania foi festejar. Uma turma de amigos e colegas a acompanhou lá para os rumos da Zona Sul. A estas horas o nível cervejístico já deve estar alto. Lembro de quando festejamos a qualificação do projeto dela. Começamos às seis da tarde, ali no Guion, e terminamos no Dr Jekill às 6 da manhã.
Desta vez, no festejos para mim. Amanhã tem reunião no CM cedinho e, dali, vou direto para Ijuí.

Bora nanar...




gulp!
[culpa ...]


Alguns minutos após o fim da segunda-feira... dia universal dos inícios...

...


Eu acabo de hackear a geladeira...


segunda-feira, novembro 24, 2003


[e aí?]

E aí que a Dona Tania está aqui por casa, quase pirada com a tese que defende amanhã. Não adianta dizer a ela do trabalho maravilhoso que construiu nestes quatro anos, das viagens intermináveis onde conheceu todos os ônibus de Floripa, véspera de defesa bate, sempre, este terror.
Passamos o domingo acertando a apresentação, eu dando uma mão no layout, ela mexendo pela vigésima vez no texto dos slides e da síntese que vai entregar para a turma que estiver assistindo sua defesa.
Assisti a defesa do projeto dela e li algumas partes da tese. São poucos os trabalhos tão autorais, tão envolventes e onde alguém tenha, realmente, se implicado. A juventude, o trabalho e a educação de Santa Catarina e em geral, tem muito a agradecer.

:: amanhã, às 9h, na sala 703 da FACED - UFRGS.


sábado, novembro 22, 2003


[porque hoje é sábado]


Vai ver é por isso que o dia rendeu tanto. Terminei e enviei o texto definitivo para Ijuí e fiz a apresentação. Vai ser no PPoint, mesmo, porque o tempo é curto para uma brincadeirinha num laboratório. Terminei, também, a leitura de um artigo que passou a semana sendo prioridade 2. Zerei o sharpreader que já estava entulhado de tanta coisa não lida, idem para o email.

:: selecionei umas coisinhas para ler depois:

... Pioneiro nos estudos em cibercultura no Brasil, André Lemos é referência no assunto. O professor doutor da Faculdade de Comunicação da UFBA aterrizou em São Paulo semana passada convidado a abrir o simpósio Cibercultura 2.0. O evento, um dos poucos mas cada vez mais frequentes na área, aconteceu no Senac de Comunicação e reuniu diversos estudiosos e profissionais para discutir o complexo campo cultural que se formou com as novas tecnologias. Entrevista com André Lemos, na Magnet

... Uma via expressa para dados científicos - O mais ambicioso projeto em tecnologia de redes desde a Arpanet entra no ar essa semana. A National LambdaRail é uma rede de altíssima velocidade para cientistas que vai inaugurar uma nova era na ciência eletrônica. Na Wiredbr

... Peter Van Dijk disponibilizou uma síntese da discussão que se seguiu ao ensaio de Clay Shirky sobre a web semântica: Themes and metaphors in the semantic web discussion.

Learning webs: Learning in weblog networks - a paper by me and Sebastian Fiedler, submitted to Web-based communities 2004.
Li ontem. É bem básico e não avança muito além do que já vem sendo discutido sobre os weblogs na educação. Pelo pouco tempo e estudos, realmente, não teria como ser diferente. Eles concluem dizendo ser imperativo mais estudos na área.
Foi interessante verificar alguns resultados da pesquisa da Lilia Efimova. Lembro que respondi ao questionário online.

... Introducing BlogPlanet: Um blog para telefones móveis tipo o Nokia 3650 ou outros que suportem acesso de câmera por Java MIDlet. Já havia lido alguma coisa no blog do Tim Lauer, mas, na ocasião, não fui até o site.

... the US Environmental Protection Agency lançou o Science Inventory, um repositório aberto de suas pesquisas, projetos e resultados. Bastante material para educação ambiental. Vou passar para o pessoal da Orientação.


sexta-feira, novembro 21, 2003


[No jogo pesado, uma ALCA light]


Não é possível tapar o sol com a peneira: fato mais importante da reunião de Miami é o fracasso, ao menos momentâneo, da tentativa de anexar economias latinas. [...] A declaração light “é um reconhecimento das realidades políticas de nossos tempos, mas é melhor do que um fiasco no estilo de Cancún”, diz Gary Hufbauer, economista do Institute for International Economics de Washington, referindo-se ao fracasso das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) no México, em setembro passado. A dura realidade política para os EUA é que a retórica do comércio livre já não encanta audiências ao redor do mundo como na década passada.

:: para ler no Outras Palavras



imagem do site:http://www.galileoweb.org/edBloggerSF2003/
[edBlogger SF 2003]


Sábado e Domingo, 22 e 23 de novembro, em São Francisco, Califórnia o Educational Bloggers Network está hospedando a edBlogger SF 2003, a conferência de um dia para educadores dos Estados Unidos e Canadá.

A edBlogger SF 2003 oferece uma oportunidade para estes educadores para encontrarem-se face à face, trocar idéias e experiências e olhar para as etapas seguintes "na escrita digital."

A conferência é patrocinada, sem ônus para os educadores, pelo UC Berkeley's Bay Area Writing Project e pela Galileo Academy of Science and Technology.

Aqui, no Brasil, os weblogs recém começam a ser vistos e considerados como meios para a aprendizagem. Existem pouquíssimos projetos e estudos à respeito e um longo caminho a ser trilhado para que possamos ter uma conferência deste tipo. Ainda mais sem ônus para os educadores.




[tu és um nerd? ou...]


:: descubra fazendo um teste. Você pode ser qualquer coisa entre um zero à esquerda até um geek em alto nível. Pode, também, descobrir que tem que fazer urgente um curso de inglês.
Ou, numa terceira hipótese, pode ficar revoltado e criar traduções aceitáveis para nerd, geek, hacker entinguislaiquideti.



[sinapses]


achado via sharpreader para ser digerido depois, mas........ já socializo:

Da Universidade de Berkeley, nos EUA, para ensinar a fazer reportagens multimédia: Five Steps To Multimedia Reporting.

"Este documento é uma adaptação para a língua portuguesa de Web Content Accessibility Guidelines 1.0. Trata-se de um guia de acessibilidade e internet construído pela W3C [...]" - do Redemoinhos


Artigo de Merry Bruns: The Six Rules of Web Writing for Executive Update Online. - do Crawford Kilian no Writing for the Web




[hoje]

Estou terminando a apresentação para o Colóquio Internacional: Políticas Públicas, Pobreza e Exclusão Social, que será realizado na próxima semana, de 26 à 28 de novembro, em Ijuí, na UNIJUI. A participação neste evento está gerando um entusiasmo muito grande lá no núcleo, principalmente pela abrangência dos temas.


quinta-feira, novembro 20, 2003


[está faltando]


Escrever num blog é blogar... Ler um blog é .............................

update1: ff comentou: discordo. escrever num blog é escrever.

Su emendo: se vamos aprofundar, e até é uma idéia, que é mesmo 'escrever'? na web o texto é escrito?

update2: Sérgio escreveu ou, hum, não escreveu: Ler ora bolas
Eu leio jornal(não há um verbo específico para tal).
Eu leio um sítio(não há um verbo específico para tal)
Eu leio um livro(não há um verbo específico para tal)
Eu leio um blog(não há um verbo específico para tal).

Ler é verbo intransitivo, quem lê, lê alguma coisa, é necessário especificar!!!

Blogar. Verbo transitivo, eu blogo e pronto

ha ha ha, um espírito Pasquale que baixou aqui!!!

Su, deixando a bola picando de novo: então ler é ler, escrever pode não ser necessariamente escrever, pode ser blogar, codificar, ...



[cyber sadismo]


Tá put@ da cara? Então desconte

<<<< neste safado



capturei direto do blog dele - powered by PrtScRq
[o que gosto de ler]


Certo post, eu disse, aqui, que lia muito e sempre, desde que me lembrava. Acho até que foi numa 'ode à feiradolivro'. Fora tratados jurídicos ou econômicos, gosto de ler quase tudo. Além disso, alguns textos têm a propriedade de aparecer em momentos precisos onde encaixam ou desencaixam certinho. Como este aqui de um cara que não conheço, mas gosto de ler. Ele é daqui de Porto Alegre e sei que vaga lá pela Ufrgs, também.

"MARAVILHOSO MUNDO DA ESTRATÉGICA DE MASSACHUSSETS


Eu tava pensando em resolver TODOS os assuntos pendentes da minha VIDA nestas duas semanas de férias: concluir textos, finalizar sites, encerrar músicas, dar todas as respostas e perguntar todas as coisas.

É uma espécie de ensaio de preparação para a MORTE, especialmente neste momento, em que eu não descobri que estou morrendo em algum exame médico de nome complicado, ainda que saiba que sim, de fato, estou morrendo como TODO MORTAL deste MUNDÃO DE CRISTO.

Acontece que eu me dei conta que muitas dessas coisas não vão acabar no meu ponto final. Ele seria, aliás, um potencial COMEÇO para a maioria delas. Brincar de morrer um pouco, neste caso, funcionaria como a chave para uma REENGENHARIA medonha na minha vida e, cada vez mais, venho acreditando que os resultados dessa atitude de RUPTURA CONCLUSIVA seriam incrivelmente melhores do que a maldita INÉRCIA ADOLESCENTE em que CHAFURDAMOS heroicamente em maior ou menor escala, sempre.

Concluí o parágrafo acima de uma rápida reflexão nesta libertina sexta-feira, que percorre mais ou menos o seguinte: se eu estivesse MESMO morrendo e descobrisse que estava deixando passar todas essas oportunidades por MEDO ou PREGUIÇA, isso desencadearia toda uma série de sentimentos que me levariam a uma profunda FRUSTRAÇÃO, sentimento com o qual, imagino, seria TERRÍVEL morrer.

Uma vez que não estou morrendo, encontrar nas respostas certas a ilusão de poder gozar de nova e melhorada existência é RECONFORTANTE e INSPIRADORA. Todo este ESTRATAGEMA nada mais serve a não ser para alimentar meu próprio EU. Isto é apenas uma outra forma de dizer KNOW THY SELF - CONHECE-TE A TI MESMO. Mas, perceba, não há nada de NARCÍSICO nesta afirmação. Se você vê, CUIDADO.

Entretanto, aceite o fato de que estar sozinho no universo ainda é a única coisa de que temos certeza, em um universo no qual ainda nem temos certeza do que é o universo.

Além disso, nesta cruzada particular, o fato de estar ou não morrendo afeta apenas a MINHA motivação - contanto que o OUTRO não saiba. Aliás, deixar o OUTRO saber é o que se chama, em termos de ESTRATÉGICA, de XEQUE-MATE.

Claro que existe a possibilidade de os meus medos e a minha preguiça atenderem a um propósito de auto-preservação e eu estar CERTO a respeito de todos os meus temores. Isto seria realmente triste, não é mesmo? Pois então: chama-se RISCO.

Ao menos é assim que chamamos nos termos da ESTRATÉTICA." (por Cardoso em one hundred percent chongas, em 14/11/2003)



[o quinto poder]


Artigo de Ignacio Ramonet sobre a midia, como um quarto poder que, antes de ser um poder do povo, tornou-se um poder que legitima as ações e os interesses de grandes grupos privedos. O autor propõe a resistência, a reação, um quinto poder a se constituir. Um trecho do artigo:

Três esferas que antes eram autônomas: de um lado, a cultura de massa, com sua lógica comercial, suas criações populares, seus objetivos basicamente mercantis; de outro, a comunicação, no sentido publicitário, o marketing, a propaganda, a retórica da persuasão; e, finalmente, a informação, com suas agências de notícias, boletins de radiodifusão ou de televisão, a imprensa, as redes de informação contínua – em resumo, o universo de todos os jornalismos.

Essas três esferas, que antes eram tão distintas, foram se misturando pouco a pouco, até constituírem uma única esfera, ciclópica, na qual é cada vez mais difícil distinguir as atividades pertencentes à cultura de massa, à comunicação ou à informação1
. Além do mais, essas gigantescas empresas de mídia, esses produtores de símbolos em cadeia, multiplicam a difusão de mensagens de todo tipo, nas quais se misturam televisão, desenhos animados, cinema, videogames, CDs musicais, DVD, edição, aldeias temáticas do gênero Disneyland, esporte, espetáculos etc.

Em outras palavras, os grupos de mídia possuem atualmente duas características novas: em primeiro lugar, encarregam-se de tudo o que envolve texto, imagem e som e o divulgam por meio dos canais mais variados (jornais, rádios, televisões abertas, a cabo ou por satélite, Internet e por todo tipo de rede digital). A segunda característica: esses grupos são mundiais, planetários e globais – e não apenas nacionais e locais.

:: fonte: O quinto poder, EconomiaNet, 10/11/2003


quarta-feira, novembro 19, 2003


[teste]


teste os seus sentidos e o seu inglês, também.

clique aqui



[UFRGS - Salão de Iniciação Científica]


:: clique na imagem para acessar informações sobre este evento que acontece na UFRGS, de 24 à 28 de novembro de 2003.

Teremos a apresentação de trabalhos de pesquisadoras ligadas ao [zaptlogs] e ao TRAMSE:


. DAISY - O trabalho cooperativo na formação do técnico agrícola - 24/11, 18h:30min, sala 24-SIC

. SONIA - Formação pedagógica para quê? Não somos professores, não educamos ninguém! - 26/11, 18h:30min, sala 24-SIC

Gostaríamos de salientar, também, a participação das bolsistas ligadas ao projeto [zaptlogs]:

. PALOMA - Na minha turma ninguém usa - Vestimentas e adereços demarcando identidades musicais juvenis - 27/11, 14h, sala 24-SIC

. VIVIANE - Formas de instituir o que é ser escolar na TV - 27/11, 14h, sala 24-SIC

. FERNANDA - Epistemologias subjacentes a projetos de cursos de formação de professores a distância - 25/11, 8h:30min, sala 24-SIC




[direto do Sharpreader]


:: BlogShop, um blogshop sobre blogs; rss

:: curso sobre blogs num... wiki, por Nick Olejniczak.

:: sobre objetos de aprendizagem: aprendendo sobre objetos de aprendizagem



[informações técnicas]


Interrompemos este blog por alguns instantes para uma informação técnica.

Resolvi republicar o [bloglab], modificando a publicação dos arquivos para a periodicidade mensal, emvez da semanal. Isso fará com que o layout original de cada semana se perca. Pena... Mas guardei para consulta.

......retornamos agora a nossa programação normal. btw: temporal se armando em Porto Alegre!


terça-feira, novembro 18, 2003


[Blogtalk 2.0]


Em Julho/2004 , em Viena, na Austria, acontece a conferência que vai ter como tema central os weblogs. Já está aberta a chamada para trabalhos.

:: em BlogTalk 2.0



créditos: http://www.imaqualyt.com.br/
[atrapalhada]


Terminando umas re-leituras e textos para apresentação, ando numa fase sem tempo para socializar alguma coisa aqui. No trabalho, velhos fantasmas fazem lembrar um tempo onde tinhamos de negociar muito as formas de expressão. Um anacronismo que lembra as peripécias do tempo como bensaïd descreve.
Junto com todas estas linkagens intelectuais, o concreto sensível sempre aparece. Ou, até, cai em cima da gente, como a porta do congelador, hoje.
Foi neste exato momento em que arrumei uma boa metáfora para o moderno/pós-moderno. Minha geladeira, uma Brastemp fabricada em 1976, nunca estragou, com excessão de atirar a porta do congelador longe, de vez em quando. Não que ela seja eterna e imutável, o seu visual faz muito que é sustentado pelos pós-modernos mini-outdoors magnéticos.
A geladeira de minha mãe, uma Brastemp fabricada por volta de 2000, já teve de ir para a oficina várias vezes. Tem suas vantagens: é bonitinha, faz o gelo e entrega dentro dentro de uma vasilha, apita se a porta está aberta, não é preciso degelar. É uma efemeridade pós-moderna enquanto a minha é uma metanarrativa :)

O resto? Bem..., o resto cada um inventa o seu, ou não.


sábado, novembro 15, 2003


[século XXI]


No mesmo dia, duas horas de diferença. Fico sabendo que:

:: a pornografia amplia seu espaço através dos blogs. Com a seguinte , hum... explicação:

"A escritora Susannah Breslin, que considera o texto de d'Addario "inteligente, sexy e irônico", afirma que o Fleshbot atinge uma parcela do público que outras e-zines picantes não conseguem captar: pessoas inteligentes e antenadas que gostam de pornografia. "Acho que o Fleshbot é uma boa representação da direção em que a pornografia está indo", afirma. "É inteligente, divertido e moderno, e torna o consumo de pornografia algo cool em vez de fútil"." via Wired-Br

:: no Jornal Nacional:
Os moradores do vilarejo de Navatusila, nas ilhas Fiji, pedem desculpas para a família de um missionário cristão que foi comido por tribos canibais há 136 anos. Os habitantes de Navatusila acreditam que a comunidade ficou amaldiçoada desde que seus ancestrais degustaram o reverendo Baker. Numa singela solenidade, ofereceram aos decendentes do jantar as solas de seus sapatos e uma bíblia. Na festa foi servido um cozido, mas não foi mencionado de quê ou de quem.


>>>>> impossível deixar de fazer comparações :)



sexta-feira, novembro 14, 2003


[Um outro caminho da Educação para cidadãos conscientes]


A alfabetização visual, um dos temas propostos para um minicurso na área de Educação, trouxe uma nova perspectiva na arte de ensinar. A iniciativa foi de Christus Menezes de Nóbrega, do Depto. de Desenho Industrial da UFCG

O tema propõe uma leitura dinâmica de imagens para ser trabalhada com os alunos de qualquer série, para que eles possam 'ver' o mundo de uma outra forma e não apenas da maneira tradicional, sem questionar os conceitos prontos e ignorando as mensagens contidas em imagens de fotografias, propagandas, até mesmo em livros didáticos.

:: leia o texto na íntegra no Jornal da Ciência, de 12/11/2003.


quinta-feira, novembro 13, 2003


pode elevar na enésima o sorriso :)
[blogs na medicina]


Parece que nossos projetos causaram o maior alvoroço na Faculdade de Medicina da Ufrgs, mas, isso, vou deixar Mara, Carmen e Sonia contarem :)
Para mim, fica até difícil explicar, o sentimento de ver nascer os frutos, dos frutos, dos frutos, assim, em cooperação e autonomia total.


terça-feira, novembro 11, 2003


[os filhotes do [zaptlogs]]


O trabalho realizado, as reflexões, as aprendizagens individuais e coletivas dentro do [zaptlogs] começam a ter um outro patamar de teorização e um outro tipo de visibilidade: nos projetos individuais ou de grupo que estão sendo gestados e se desenvolvendo.

:: Viajando na Maionese - um projeto de (con)vivência com e entre crianças. Iniciou e vem se desenvolvendo por meio de uma lista de discussão e, em breve, terá maior visibilidade por meio da página na web. Projeto de Daisy, Camila e Fernanda.

:: Relendo os Clássicos Brasileiros - um blog criado para a disciplina de mesmo nome do PPGEDU da UFRGS. Projeto de Mara e Carmen.

:: Prática Educativa - blog cooperativo/colaborativo criado como meio auxiliar no desenvolvimento da disciplina de mesmo nome do Curso de Pós-Graduação em Medicina da UFRGS. Projeto de Sonia e Carmen



[no [bloglab]]


Algumas reflexões sobre os rastros que deixamos ao blogar, sobre a ação/decisão de blogar, sobre o silêncio nos blogs e sobre as várias relações lineares que ainda nos assolam.

De domingo, 2/11 em diante.



[Wallop]

A Microsoft se lançou nas redes sociais criando o Wallop, na linha do Friendster, misturando alguma coisa de blogs e do MSN.
Anoto aqui para registrar. Saiu na Wired e já tá na boca dos blogs poraí.

:: em português

btw: o estilo telegráfico se deve a minha possível e muito provável re-hibernação. Dissertação sendo gestada.


segunda-feira, novembro 10, 2003


[Dênis de Moraes]


Impecáveis os últimos posts do Comunicação, Cultura e Política, o blog de Dênis de Moraes.

Vale ler:

:: entrevista com Marshall McLuhan

:: a entrevista com Mészaros no III FSM em janeiro último. Eu assisti a conferência dele na ocasião.



imagem capturada no site http://www.bancruelfarms.org/meatrix/
[Meatrix]



Ainda não fui assistir Matrix, mas já vi Meatrix.



sexta-feira, novembro 07, 2003


[e?]





[Matrix, Revolutions]


:: ainda não assisti e nem sei se assistirei, mas já recebi, li, esbarrei, na maior enxurrada de críticas que consideram o filme, no mínimo, um anticlimax. Lá na Gonzo, achei a mais interessante abordagem sobre o filme. Aí vai um pedacinho:

Jogando pedra nos Wachowski
Matrix pode ter final politicamente correto?

Redação, redacao@gonzo.com.br

[ 02/11/2003 ] Há alguns meses, o filósofo esloveno Slavoj Zizek disse algo de fundamental sobre Matrix: no primeiro filme, expunha-se o problema (somos todos escravos, duracell para máquinas); no segundo, questionava-se a validade da revolta chefiada por Neo e Morpheus (não seria melhor se manter na ilusão, já que "a realidade" é bem pior?); Matrix revolutions teria de sugerir uma solução para uma questão que vem sendo debatida há mais de dois séculos por inúmeros pensadores e artistas: qual é a saída? Revolta ou conformismo?

:: leia no original

:: um bom tema para o grupo que está destrinchando o Cheptulin :), neh Ufrgs-edu?







:: ainda no copy&paste (e isso não é para passar em torradas, viu, Lucas!)

Lá do FF:

Gonzo pretende ser tão dinâmica quanto a Fraude. E também servirá como posto avançado da revista Radar Interativo na Internet. Vamos compartilhar algumas matérias, usar a estrutura de uma para auxiliar a outra, numa via de mão dupla.
Apenas uma modificação será sentida por aqui: tentarei enfatizar a informação e produzir um conteúdo mais diversificado. Haverá maior pesquisa e elaboração nas matérias, mas com a mesma falta de seriedade e certa grossidão que já caracterizou o meu trabalho. Não há como fugir. ff

btw: ainda não consegui capturar a Radar aqui em Porto Alegre :(





[Folheando revistas na Web]


:: copiado descaradamente do Rumor)))

Com vocês, uma dica maravilhosa do Velho. Acho que vale conferir.
A Zinio é uma empresa que está colocando diversas revistas, como a PC Magazine e a Eletronic Gaming no formato digital, através de uma interface bem interessante.

O site da Zinio instala um gerenciador de "entregas" ( "Zinio Delivery Manager" ) e o leitor de revistas ( "Zinio Reader" ) na sua máquina. Diz o Velho que a publicação é idêntica a que vai para a banca, "com anúncios e até aqueles folhetos de propaganda. A vantagem é o preço da assinatura, que em alguns casos chega a ser 80% mais barata que a assinatura convencional!"


:: vale acompanhar esta idéia, principalmente considerando os 80%...


quinta-feira, novembro 06, 2003


imagem do site www.ciranda.net
[I Forum Social Brasileiro]






Quem não pode ir a BH, pode acompanhar as notícias do Forum via Ciranda



[perto do collorado]




Bem no meio dos caracoles, uma visão da estrada e das montanhas. Chile, set/2003. Turma do PPGEdu Ufrgs.


quarta-feira, novembro 05, 2003


[de que jeito você anda?]


Sintonize o seu pique. :) aqui



[valle nevado]

Sandra faz pose de condessa Russa, enquanto, ao fundo, Moacir e eu estamos empenhados numa batalha de neve. Carmen e Wilton filmando :)



Chile, setembro de 2003. Turma do PPGEdu da UFRGS


terça-feira, novembro 04, 2003


[Raquel]


[...] tento, com a maior insistência, embora com tão precário resultado (como se tornou evidente), incorporar a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à língua com que ganho a vida nas folhas impressas. Não que o faça por novidade, apenas por necessidade. Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia brigando por isso e fez escola.



[aventuras no chile]

Valparaiso, quase ficou só Val, depois que a Van estragou. Ou seria Vanparaiso?



Su, Carmen, Rosane, Rosangela, Sandra e Wilton.

hum... tem outra foto lá no Intramse. Separei para não exagerar no susto.





[hoje]

Comecei o dia com general lá no CM. Formatura, apresentação, ritual completo. O diferencial era o novo visual dos professores: a maioria se rendeu às diretrizes de não usar jeans e tenis, pelo menos nas solenidades. Resultado: além do visual, tinha o olfatual:)) Naftalina à mil nas calças de tergal desenterradas dos baús.
Lá pelas 10 fui para a Ufrgs. Dia lindo :) Deixei o carro no CM e atravessei a Redenção, não no meio dos caminhantes, peguei as trilhas da esquerda e aproveitei para localizar uns bons pontos para Orientação.
Na Ufrgs, fui direto para a sala de aula. Não faço esta disciplina, mas o Prof Triviños me solicitara passar lá para a apresentação sobre o livro. Assisti parte das apresentações de trabalho sobre o livro da Ellen Wood e decidi blogar algumas reflexões que eu tinha feito, durante a leitura. Aí vai um pedaço.

Ellen Wood, no seu livro Democracia contra Capitalismo, constrói sua análise partindo de uma contradição inicial:
No momento em que a autoproclamada vitória do capitalismo e derrocada do socialismo realmente existente (leia-se URSS), deveria dar espaço e deflagrar uma retomada da crítica ao capitalismo, a esquerda silencia ou se retrai. Um movimento que, em alguns casos, configura-se numa rendição, e em outros constitui-se numa resistência situada, cada vez mais, nas margens e nos poucos espaços deixados pelo sistema em sua reprodução.
A meu ver, o ponto central desta contradição consiste na aceitação da naturalização do vínculo entre derrota do socialimo e triunfo do capitalismo, numa relação linear de causa efeito que desconsidera as nuances e a crítica ao quê foi vitória, ao quê foi derrota e em que dimensão. Isso mostra o nível em que os intelectuais de esquerda abandonaram o método marxista, ou por aderirem à fragmentação pós-moderna, ou por engessarem o materialismo histórico em dogmas e ritos.
Dentro deste quadro de naturalização das leis do capitalismo como leis universais, Ellen Wood identifica corretamente a crença que se generaliza de um futuro inelutavelmente capitalista, onde se universaliza uma lógica que é particular. Esquece-se, então, o caráter histórico do capitalismo, sua condição de sistema dotado de uma lógica específica, de dimensões econômicas e políticas indissociáveis.
Nesta perspectiva, o marxismo ainda oferece instrumentos conceituais adequados para a crítica ao capitalismo. Uma retomada da crítica da economia política com o necessário exame das categorias à ela associadas, à luz das transformações ocorridas no sistema. Esta proposição, porém, encontrará obstáculos na própria divisão do pensamento marxista. Mas isso é outro assunto :)


segunda-feira, novembro 03, 2003


[lançamento na Feira do Livro]


Convidamos para o lançamento do livro, publicado pela Editora UFRGS, A formação do educador como pesquisador no Mercosul-Cone Sul, que tem como autores os professores Magda Colao, Carla Búrigo, Augusto Silva Triviños, e diversos professores do Mercosul.
O livro foi organizado por Augusto Triviños, Graziela Oyarzabal, Miguel Orth e Suzana Gutierrez, também pertencentes ao PPGEDU da UFRGS. O lançamento se realizará na Feira do Livro, na próxima quarta feira, às 20 horas.

update: quarta, dia 12, no pavilhão Central.


domingo, novembro 02, 2003


créditos: ETREMA Products, Inc.
[Terfenol-D - transforme sua cabeça num altofalante]

Cientistas de Iowa, de uma pequena companhia chamada Etrema, descobriram um metal que pode, literalmente, fazer isso. A notícia saiu no Fortune e em outros locais. Na Fortune, Cora Daniels relata sua experiência, quando um disco do tal metal foi colocado em sua testa e, poucos segundos depois, sentiu os acordes reverberarem nos seus ossos (argh).
Uma vez li sobre obturações dentárias que re-transmitiam estações de rádio, mas ...

Mais informações eu postei no SmartMobs:

Five of Etrema's top executives are sitting in a conference room listening to jock rock. The space is drab even by conference-room standards, furnished with an oversized green marble table on which sit two fist-sized chrome discs plugged into a portable CD player. But the music sounds as if it is coming from everywhere. The quality is so good that when I close my eyes, I could swear that Queen's Freddie Mercury is standing in the room in front of me, promising, "We will, we will rock you!"

Scientists in Iowa have developed a magic metal that can turn walls into speakers and remove the smell from manure.(Cora Daniels, Fortune Small Business, October 28, 2003)


Read more:

:: Fortune

:: Slashdot

:: Roland Piquepaille



[I Can ou não?]

A BBC lançou um site para participação popular em decisões / ações comunitárias - o iCan. De acordo com a Wired, o objetivo é "ajudar as pessoas a fazer algo a respeito dos problemas de suas vidas. Ele traz informações sobre problemas em potencial, conecta cidadãos preocupados e os ajuda a cobrar providências." Uma mistura de muro das lamentações eletrônico com prodecon.
Patrocinado e, possivelmente, controlado pela BBC fica difícil aceditar que a coisa possa passar da picuinha local.
Btw, já foi criado o contraponto - iCant. :)
Há um apêlo metanovelístico pelo ativismo. Agite, ande em círculos, um mexa-se semi intelectual, semi social, semi um monte de coisas. Mantenha este pessoal girando, de preferência em torno do próprio umbigo.Marx alertou pra aquele problema de ficar interpretando o mundo, quando a idéia seria transformá-lo. Hoje, o pessoal se preocupa em sacudir o mundo, mas desde que as peças voltem a cair no mesmo lugar...



[domingo]

Estou isolada no quarto. Peguei um café, mas a cozinha parece um campo de batalha. Meu filho vampiro passou a noite vagando. Fez até um bolo!
Os cachorros andam me seguindo, pois só tem ração dura e eles gostam daquela com molho. Vou ter de trabalhar com aqueles quatro olhos acusadores aqui do lado.
Não escrevi uma linha de nada neste fim de semana, mas pensei muitoooo, juro. Começo a me sentir novamente como me senti no início do ano: um desassossego... como se alguma coisa estivesse me parasitando.


sábado, novembro 01, 2003


capturado lá do site da feira
[feira do livro]

Chove lá fora :) Normal... Ontem abriu a Feira-do-Livro em Porto Alegre. A chuva já é companheira antiga deste espaço-tempo que é um dos mais queridos de Porto Alegre.
Desde que posso me lembrar, várias versões minhas já reviraram os estandes e balaios da feira-do-livro. Puxada pela mão, em um bando alucinado e uniformizado, em bando mais alucinado ainda e desuniformizado, light com alguns amigos, sozinha e arrastando correntes. Os livros sempre fizeram parte da minha vida, desde aqueles de pano, que, aos poucos iam ficando sujinhos e com um cheiro característico, até que alguém insensível os lavasse ou jogasse fora. Não lembro quando aprendi a ler. Foi em algum momento entre decorar os livros que meu pai lia para mim e o colégio.
Uma coisa é certa, junto com a escola, o espaço da cidade que primeiro apareceu na minha vida foi a biblioteca pública. Uma pequenininha e infantil que havia na Praça Pinheiro Machado. No tempo em que crianças de oito anos podiam andar sozinhas pela cidade, era um lugar onde eu sempre ia.
Para mim, foi maravilhoso o fato de que lá eu podia ler e, incrível!, levar os livros para casa. Embora minha família estimulasse tudo que era relativo a estudo, escola, livros, não havia muita verba para comprar livros. Então, a biblioteca foi uma das primeiras e grandes descobertas.
Mais tarde veio a feira do livro que, junto com a minguada mesada, me deu acesso aos primeiros livros realmente meus.
Uma coisa interessante e que não sei se era regra na época, mas líamos muito. Falo na turma do colégio. Líamos, trocávamos os livros, descobríamos bibliotecas e sebos, acompanhávamos lançamentos, até no submundo das obras proibidas. Filmes sobre livros eram assistidos, re-assistidos, comentados, comparados e criticados. Havia um espaço na vida onde estas coisas eram muito importantes. Mesmo mais tarde, na época da faculdade e do trabalho.
A meu ver, este espaço sumiu com a progressiva aceleração que a vida de todos teve, e continua tendo. Uma aceleração que superdimensiona o trabalho (aqui entendido na sua dimensão de labor diário) e diminui os espaços do outro trabalho (trabalho na concepção de marx de produção da vida).

:: recomendo: Novas mídias, novos autores com João Paulo Cuenca, Joca Terron, Marcelino Freire, Daniel Galera e Daniel Pelizzari, na Sala Leste do Santander Cultural, às 17h.