quinta-feira, novembro 20, 2003


[o quinto poder]


Artigo de Ignacio Ramonet sobre a midia, como um quarto poder que, antes de ser um poder do povo, tornou-se um poder que legitima as ações e os interesses de grandes grupos privedos. O autor propõe a resistência, a reação, um quinto poder a se constituir. Um trecho do artigo:

Três esferas que antes eram autônomas: de um lado, a cultura de massa, com sua lógica comercial, suas criações populares, seus objetivos basicamente mercantis; de outro, a comunicação, no sentido publicitário, o marketing, a propaganda, a retórica da persuasão; e, finalmente, a informação, com suas agências de notícias, boletins de radiodifusão ou de televisão, a imprensa, as redes de informação contínua – em resumo, o universo de todos os jornalismos.

Essas três esferas, que antes eram tão distintas, foram se misturando pouco a pouco, até constituírem uma única esfera, ciclópica, na qual é cada vez mais difícil distinguir as atividades pertencentes à cultura de massa, à comunicação ou à informação1
. Além do mais, essas gigantescas empresas de mídia, esses produtores de símbolos em cadeia, multiplicam a difusão de mensagens de todo tipo, nas quais se misturam televisão, desenhos animados, cinema, videogames, CDs musicais, DVD, edição, aldeias temáticas do gênero Disneyland, esporte, espetáculos etc.

Em outras palavras, os grupos de mídia possuem atualmente duas características novas: em primeiro lugar, encarregam-se de tudo o que envolve texto, imagem e som e o divulgam por meio dos canais mais variados (jornais, rádios, televisões abertas, a cabo ou por satélite, Internet e por todo tipo de rede digital). A segunda característica: esses grupos são mundiais, planetários e globais – e não apenas nacionais e locais.

:: fonte: O quinto poder, EconomiaNet, 10/11/2003

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