domingo, fevereiro 27, 2005

skype sem fio


O Skype estará incluído nos softwares dos telefones móveis Motorola >>> referência completa no Smartmobs.

entrevista com Mckenzie Wark, autor do Manifesto Hacker


É para não perder a entrevista feita por Adriana Amaral com Mckenzie Wark. Aqui vai um pedacinho:
Temos observado todos os dias movimentos sociais como os do software livre, as smart mobs e ainda os trabalhos de Antonio Negri e Michael Hardt, Hakim Bey, etc. Todos eles possuem, em um certo sentido, um engajamento político por trás de sua superfície teórica. Como você analisa essa fusão entre tecnologia e política, e de que forma esses movimentos sociais podem ou não constituir narrativas políticas? Você acha que eles possuem alguma relação com a contracultura dos anos 60 e seus intensos movimentos?

Hardt e Negri são muito úteis porque são otimistas a respeito das mudanças sociais. Eles pensam a história de baixo para cima, construída pelas pessoas, e pensam histórica e sistematicamente. De onde eu parto, a partir do trabalho deles, é que penso que o capitalismo está gerando um novo tipo de economia comodificada/fetichizada. Eu penso que há toda uma nova luta de classes entre os "hackers", que criam a nova informação, e o que eu chamo de classe vetorialista, que monopoliza os meios de atribuir o valor às mercadorias. Nos Estados Unidos, nós vemos as grandes corporações sendo engolidas. A produção está exilada ao mundo "em desenvolvimento", enquanto os escritórios centrais mantêm controle sobre as patentes, marcas e grifes. Acredito que o termo "multitude", que Hardt e Negri utilizam, obscurece essa nova dimensão do conflito de classe, e deixa de lado mudanças chaves na forma da propriedade através da qual a economia comodificada está se expandindo para uma nova fase.
Quem ficou com água na boca pode conferir a entrevista completa aqui.

FLOSSE


ou Software Livre e de código aberto na educação >> FLOSSE

"Ao contrário de grandes e rígidos sistemas de gerenciamento de conteúdo (CMS. LMS,...), os educadores e estudantes têm preferido, em grande escala, as publicações pessoais facilmente editáveis. Um weblog relacionado à educação é criado a cada segundo, de acordo com as estatísticas da Technorati

Da entrevista de Alan Levine para o FLOSSE, feita pelo Skype e gravada em mp3 >> ouvir entrevista (40min - 18,9Mb)





sábado, fevereiro 26, 2005

blogs multi usuários


   No post anterior, eu esqueci de comentar como está quente em Porto Alegre. No Ramiro Souto, onde na foto se vê o meu colega Caco dando uma aula (ministrando, diria ele...), dá para fritar um ovo no alto da cabeça em um minuto. Tudo, mas tudo mesmo, está quente e poeirento. Quinta-feira, eu passei as 7:30 até às 17:30 quase que totalmente na Redenção. Em volta do lago que era o lugar menos quente. Às 21horas já estava nanando, quase em coma.

Mas o assunto não era este. O assunto é o registro da excelente análise de John Farmer sobre plaraformas para blogs multiusuário. O registro fica aqui e no del.icio.us para consulta. Este ano será o da minha saída da informalidade digital, pelo menos em parte :)

fevereiro


   Nunca tive um fevereiro tão movimentado. Parece que todas as bolinhas que eu joguei para cima no ano passado estão caindo agora e é bom que eu apare cada uma e coloque no seu devido lugar. A coisa está tão rápida que nem as tarefas chatas que eu tinha deixado para fazer agora, no que deveria ser um mês mais leve, está dando para fazer.

   Até andei pesquisando algumas coisas, dando uma lida no bloglines, visitando alguns projetos, fazendo alguns contatos, mas não como eu queria e, também, sem registrar aqui. Vamos ver como as coisas se ajeitam neste, que estou apostando, será um ano de muitas mudanças. Hoje estou tentando por e dia minha correspondência e fazer alguns contatos essenciais para dar seqüência em alguns planos.


domingo, fevereiro 20, 2005

del.icio.us pode ser fac.etio.us


Ou seja: O que for adicionado ao del.icio.us será classificado no fac.etio.us por tag, por data, por autor, por site, por feed. As tagxonomias continuam.

pesquei no Many to Many, postado por Weinberger

Technorati Tags: , ,


sábado, fevereiro 19, 2005

tagueando tudo


Hoje pude dar uma olhada no bloglines e capturei a excelente sinapse do Jose Murilo sobre o boom do uso de tags (ou unitermos, ou palavras-chave) classificando tudo e todos. Um assunto que começou com o del.icio.us e que se espalhou.


Faz um bom tempo bloguei isso no Smartmobs, um post chamado smart things. Foi no começo da coisa.


O mesmo post, em portugues, está nos arquivos aqui do blog.

Registro aqui como um assunto para comentar e acrescento a imagem atual do que seria o meu 'mapa de interesses'. Notem que eu passei a limpo as tags em português. Penso que já está na hora de incrementar um banco de dados na nossa língua.

Technorati Tags: , ,

"Começou aquele intervalo insuportável entre o Carnaval e o Ano Novo" (autor baiano desconhecido)


Para além de qualquer perspectiva sinistra que eu tivesse, certamente eu não contava iniciar a trabalhar com uma gripe digna do mais frio dos invernos. Uma gripe daquelas com todos os sintomas, inclusive os mais sórdidos. Ai, ai, ai ... gemeria eu se tivesse para quem gemer.
É notória a insensibilidade das crianças. Não só não se solidarizam com o nosso estado lastimável, como insinuam de cino em cinco minutos que, na ausência da empregada (em férias), os serviços domésticos mais degradantes e os mais chatos são tarefa nossa.

Eles até fazem de conta que lavam a roupa, mas quem tem de re-lavar e passar sou eu. Eles até cozinham, mas quem tem de limpar tudo sou eu. Pelo menos na ótica deles é assim. A justificativa? Tu és a mãe, ora! E mãe é uma instituição tradicional, pelo visto. Algo assim como uma empregada doméstica carinhosa.

O lado bom disso tudo é que estou incubando, além dos virus da gripe, dois projetos profissionais ótimos, sobre os quais ainda não é possível falar, mas que, se tudo correr bem, vão me trazer muitos bons momentos neste ano.

Bem ... com liceça que precisso assoar o dariz...


sábado, fevereiro 12, 2005

CuteUlike


Aquela minha idéia de um del.icio.us acadêmico, para registro de dados de pesquisa por categorias, não rendeu nenhum comentário. Penso que por dois motivos: quem curte estes meandros da tecnologia não é pesquisador acadêmico e poucos são os pesquisadores fora do âmbito da tecnologia que se dispõem a pensar algo neste sentido.

Hoje fiz as pazes com o meu bloglines e encontrei o CuteUlike, um del.icio.us like para registros de textos acadêmicos categorizáveis e com rss feed. Já estou me inscrevendo >> http://www.citeulike.org/user/suzzinha/ e já estou postando para testar.

Na página principal aparecem todos os textos postados, porém somente os publicados em jornais/revistas reconhecidos (uma lista bem pequena). Independente disso, podem ser postados textos de qualquer sítio/revista/jornal, que aparecerão somente na sua biblioteca. É interessante para separar os textos acadêmicos do restante de ensaios e textos que colecionamos no del.icio.us.

em tempo: lá diz que tradutores do software para outras linguagens são bem vindos.

a volta ao lar


Eu sempre fico altamente "emburrada" quando acabam as minhas férias. Não é que eu não goste de trabalhar, mas é que gosto muito mais de poder levantar e escolher o que vou fazer durante o dia. Ou mesmo de ir à deriva, ao sabor do vento. Como parte das forças produtivas fica difícil qualquer escolha. Estas são engessadas nos períodos destinados à produção seja ela do que for, seja ela para quem for. Como disse Paul Lafargue:
Uma estranha loucura se apossou das classes operárias das nações onde reina a civilização capitalista. Esta loucura arrasta consigo misérias individuais e sociais que há dois séculos torturam a triste humanidade. Esta loucura é o amor ao trabalho, a paixão moribunda do trabalho, levado até ao esgotamento das forças vitais do indivíduo...
Mas isso é outro assunto ...

Encontrei a casa inteira, exceto pelo fato de parecer que foi o acampamento de um exército viking nos 20 últimos dias. Como aquele ursinho da história eu já entrei dizendo: - Alguém dormiu na minha caminha ... E acrescentei: - E parece que sem banho ... :(
Aliás, a casa toda está sem banho. E só vai tomar um depois que conseguirmos guardar tudo que está fora do lugar (que é o caso da maioria das coisas). Os cachorros estão desolados. Trocar os gramados por um quadrinho de pátio é bravo.

Quarta-feira, o que sobrou dela, foi o tempo de escavar algum lugar para viver no meio desta bagunça. Quinta-feira chegou com o primeiro engano. Seguindo a tradição, a primeira reunião no CMPA começou às 8h e não às 7:30 como estava marcado. É sempre assim, mas nem adianta somar meia hora aos horários marcados, pois é possível que comece na hora e aí... Esta dúvida e o costume de marcar tudo pelo menos meia hora mais cedo do que se pensa fazer é uma das formas usadas para "entusiasmar" a pontualidade. Da minha parte, acho que é justo o contrário.

As reuniões foram ótimas. Bem mais leves, bastante confraternização e pode-se notar que muitos estavam mais alegres, mais soltos. (línguas mais ferinas me contaram que o carnaval da Bahia terminou mais cedo este ano...)

Consegui começar a por em ordem a correspondência e tornei a cozinha um lugar habitável. Este fim de semana será dedicado à tornar isso aqui um lar de novo. No outro front - Ufrgs - decidi esperar o fim das férias lá e devo encaminhar meu doutorado em março ou abril, sem correria.


quarta-feira, fevereiro 09, 2005

o fim


... das férias L

Vem cá meu bem, me dê seu coração. E também a bolsa, o relógio e o cordão. ...

E de mim levaram as férias L

Porto Alegre está quente e eu estou tentando encontrar a minha casa sob os escombros dos 40 dias fora ....


quarta-feira, fevereiro 02, 2005

o tempo do vento


Um dia antártico. Dia de chuva e de um vento sudoeste poderoso. Assim mesmo, sai para a caminhada, embaixo de uma garoa fininha que cada vez ficava mais fria. Peguei o rumo contra o vento, pela beirada do mar e acelerei quando a chuva apertou. Contente, pensei que lá para março estarei correndo de novo.

O lado esquerdo do meu rosto congelou enquanto o que parecia um stalactite se formava na ponta do meu nariz. A meta era caminhar até a "Santa" e voltar, o que dá mais ou menos uns 50min.

A praia estava deserta e feliz, apesar do dia cinza. O mar parecia satisfeito de ter se livrado de toda aquela gente de cima de sua areia. Do cheiro de milho verde e caipirinha que acompanha a orda da orla. Eu também fiquei satisfeita, confesso. Não gosto de praia cheia, para ser mais exata, nem mais ou menos cheia. A multidão tira a dignidade da solidão do mar. É como amarrar um laço cor-de-rosa no pescoço de um tigre.
Pensei nisso durante a caminhada. Multidões aceitáveis são as que tem um propósito comum, uma alma comum, como no FMS, no futebol e até em algum show. Praia cheia, centro de cidade ou qualquer aglomerado sem alma, onde cada uma das formigas humanas está a cata de seu próprio umbigo, me estressam.

Isso faz parte do meu jeito meio "teórico" de gostar das pessoas. Gosto mais delas quando elas não estão presentes. Talvez a distância me faça esquecer as pequenas (ou nem tanto) picuinhas, vaidadezinhas, chaticezinhas, que como peixes pilotos acompanham os meus semelhantes (e até a  mim, também). Gosto da solidão, dos espaços vazios onde o tempo deixa de ser o pano de fundo.

Perto da "Santa" a chuva amainou. Possivelmente, porque hoje é dia dela, da Maria dos navegantes, da Iemanjá do mar, da mãe. Fui criada no meio de duas religiões. Uma que não crê em santos e, muito menos, em santas. Outra que crê em santos e em santas, desde que estas sejam virgens e saibam seu lugar. Numa ou noutra o céu é um lugar intensamente masculino. Em todo o caso, lá em casa se acendia uma vela para cada santo ou santa, mesmo os que não estavam no calendário, no almanaque ou na "folhinha".

É por estas que fico desconfiada com certas coisas da devoção. Mas o olhar da "Santa" me ganhou. Ela sorria irônica para a montanha de oferendas alagadas. Doces e fitas misturados num pirão. E olhava com infinita paciência os insistentes fiéis que perseveravam em acender velas, apesar da chuva e do vento. Dando a volta e respirando antes de recomeçar a caminhada, arrisquei uma reza, mais um desabafo, o meu lado bruxa falando para a mulher, para a mãe.

Falei para ela cuidar deste mundo, para protegê-lo, principalmente de si mesmo, de suas escolhas. Enquanto a chuva aumentava novamente e o lado direito do meu rosto começava a congelar, dei as costas para o vento, a "Santa" e seus seguidores e voltei para casa pensando na vida.

É sempre um risco escrever coisas assim, do modo como elas escorregam do pensamento. Mas, enfim, é fevereiro, quase carnaval, quase fim das minhas férias. Relevem ...


terça-feira, fevereiro 01, 2005

os atores principais


os atores principais

os atores principais

... das historias de Capão da Canoa. Eric, Yshana e Mitzi. Fico devendo a

foto da Ondina, a mais tímida. A turma não está na mesma foto por incompatibilidade de gênios




o Forum pelos amigos


Incrível, mas o único Forum que acompanhei à distância foi o que mais trouxe amigos à Porto Alegre. De longe e morrendo de saudade de andar no meio daquele povo. Porém, com o a tual estado de desconexão, só fiquei sabendo da participação do pessoal do ex-nem tão ex-Metáfora por meio do comentário do Bicarato num dos posts aqui do blog.
Desde dezembro estou com dificuldades de acessar páginas, inclusive de postar ou ler o bloglines, então passei batida por muita coisa boa acontecendo. Na corrida ainda tentei um contato por telefone com o pessoal, mas acho que o e-mail foi tarde demais.
Assim, as notícias deste Forum me chegam mais pelos amigos. Principalmente da Claudia que esteve no assentamento de Tapes na visita de Hugo Chavez, que, no meu entender, roubou a cena em todos os lugares onde esteve.
O que me consola é poder retomar tudo o que não li na minha volta à Porto Alegre. E tem muita coisa boa para ler. No Alfarrabio, na Ciranda, no sítio do FSM, por exemplo. Eia! Paulo, DePádua, FF e grupo. Parabéns pelo belo trabalho.