No domingo, tem mais coisas a fazer na Redenção, além de jogar basquete e passear na feira :) A prefeitura anuncia:
No próximo domingo, 28, das 10h às 17h, junto ao Monumento ao Expedicionário do Parque Farroupilha (Redenção), será realizada a sétima edição da Feira de Troca de Livros de Porto Alegre. O evento é organizado pela Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães, com a participação de 16 bibliotecas. Qualquer pessoa pode chegar em um dos stands e trocar seus ivros, desde que estejam em bom estado. [Prefeitura POA]
Se conseguir me recuperar do excesso desta semana, vou tentar achar algum livro aqui que eu consiga trocar e dar uma volta por lá. Mas 10.000 pessoas são um incentivo bem grande para NÃO ir.
Uma das coisas que perpassa toda a formação na Educação Física é o ritmo. Cedinho aprendemos, quem ainda não sabe, a achar o ritmo em todas as coisas. Os ritmos óbvios da dança e os não tão óbvios, mas nem por isso menos cadenciados, das jogadas do basquete.
Na escola, criticamos a quebra do ritmo. A imposição das carteiras cartesianamente colocadas, o movimento mecânico de olhar o quadro e o caderno. Ritmos formatados numa cadência que não respeita a corporeidade dos envolvidos. Desde o aluno que não pode levantar, até o professor, para quem é feio dar aula sentado.
Enquanto isso, aleluiah!, na aula de educação física, a possibilidade de um outro ritmo, memória inscrita nos corpos, sincronia com os ritmos da vida.
Sexta-feira, eu voltava da Redenção, no meio de uns 30 guris, com idades variando entre os 11 e os 18, e vinha conversando com um casal de pais, que fora buscar um dos menores. E explicava que estava trocando o dia do treino dos pequenos de sexta para segunda, pois precisava da sexta para os maiores e, o treino conjunto não era fácil de levar.
- Duas quadras, exercícios e práticas diferentes e, ao final, eu acabo gritando muito com eles, tendo menos paciência que o normal. - falei eu.
Os pais, super-compreensivos e acompanhando de perto o amor do guri pelo esporte, me incentivaram. Um pouco de xingamentos fazem bem ao treino. Mas eu fiquei pensando no ritmo. Ou melhor, na cacofonia (?) dos ritmos. A bateria atravessando o samba e a escola dando aquela rengueada no desenvolvimento.
Sem ritmo não dá. E eu estava relembrando isso nas leituras de hoje. Strogatz, inicia Sync falando de ritmo, dos ciclos e da ordem que emerge do caos. Esta e outras leituras e re-leituras me ajudaram a fechar um pouco mais o foco da minha pesquisa, neste final de semana. Parece que a ordem começa a emergir. :)
Ao mesmo tempo, pelo menos por enquanto, o ritmo deste blog vai entrar numa cadência mais lenta, sai do Allegro das férias para o Adagio ...
Depois dizem que estagiário é um ser oprimido, expremido e semi- escravo. Olha só as caras deles bem no meio do expediente. Na foto de hoje de manhã na Redenção: Prof Castillo e os futuros colegas Clarissa, Daniele e Guilherme.