quinta-feira, dezembro 07, 2006

Saudade




Talvez o que dê a cor e a dor da saudade não seja a ausência. Sejam as coisas que ficam, fragmentos de imagens e sons.
Uma risada que ecoa em algum lugar da mente. A sensação de um toque, de uma presença.

Ontem, o velho casarão ficou mais vivo, mais jovem. Impregnado que foi pelo riso e pelas lágrimas daquelas e daqueles que deixaram as suas arcadas. Estar do lado de fora, pela primeira vez, talvez, conscientes disso.

O tempo não para...
Os ciclos se completam. O que permanece para sempre nas velhas paredes e naqueles que ficam, reflete aquilo que parte e se torna vivo naqueles que vão.



Aquilo que falta desenha canions na superfície de cada dia. E talvez as nossas rugas sejam rios de ausências.

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