segunda-feira, fevereiro 18, 2008

eu e os ratos...


rato!Freud deve explicar (mas eu nem quero saber a explicação) porque eu, que já tive um ratinho de estimação chamado Paul, hoje tenha tanto medo de ratos. E deve existir, também, alguma confluência astral que faça com que eles volta e meia apareçam na minha frente. E estas ocasiões não têm sido muito saudáveis para eles, diga-se.

Em 2004, no verão, eu passei dias tocaiando uma criatura que estava papando as minhas frutas. Esta história foi o hit da semana aqui no blog, até que eu descobri quem estava vindo para jantar.

No ano passado, um deles desceu do barranco na minha frente e, creiam ou não, eu acertei o infeliz com uma havaiana à três metros de distância. Depois, em pleno ataque histérico, terminei o serviço com uma vassourada. Bom, ... foi a segunda vez na vida que eu matei um mamífero e a primeira que o rato não era meu.

Como vocês já podem imaginar, Paul foi a minha primeira vítima. E, antes que pensem que sou uma desalmada que matou o próprio mascote num acesso de raiva, saibam que foi sem querer. Na época tínhamos, eu e a minha irmã, dois ratos: Paul e a Kátia. Eles moravam numa casa bem grande de madeira, da qual fugiam roendo algum canto. Um dia, tentando pegar o Paul, eu acabei deixando cair a casa em cima dele. Estrebuchou na hora e eu levei meses para esquecer.

Pois, é... As coisas são cíclicas. Ontem a minha filha estava cozinhando um jantar para nós, quando deu de cara com ele. Gordo, o abusado estava tranquilamente roendo uma das nossas bananas, na mesma fruteira. Gritando, foi ela para um lado e o rato para o outro. E eu corri para acudir, achando que o tal frango ao curry verde tinha criado vida.

Aí começou a batalha: a criatura insolente estava embaixo do fogão. Fechamos todas as portas, menos a que dá para o pátio. Eu, empoleirada numa cadeira espirrei Baygon (este não é um link patrocinado) no fogão, no frago e nas bananas, com a vaga esperança que a criatura fosse alérgica. Não era, mas o frango assumiu um tom meio cinzento.

Conhecem arborismo? Pois, foi quase assim que eu cheguei nas vassouras. Aí, devidamente instalada no alto de uma cadeira, comecei a bater no fogão, na geladeira, no frango com curry verde cinza e em todas as coisas móveis e imóveis da cozinha.

Bingo! O rato saltou de trás do fogão e desabalou para a sala. Nova gritaria geral. Pior,... eu acho que fechei os olhos e aí não tive certeza se o rato saiu para a rua ou não. Resolvemos, então, pegar as vassouras, criar coragem e partir para o ou ele ou nós. Subimos nas cadeiras, arborizamos até a sala e, é claro, começamos a bater nos móveis. A sorte é que antes que destruíssemos alguma coisa, a praga saltou de debaixo de um sofá e saiu para a rua. Ufa!

Vitória! A porta foi fechada e o frango ao curry verde foi devidamente pranteado.

É, mas não terminou... Hoje pela manhã encontramos uma das bananas sobreviventes roída e concluímos que eles vêm pela janela da cozinha. Não me perguntem como sobem no telhado que tem abaixo da janela e escalam a parede. Certamente, vêm do prédio do lado, pois é o único caminho possível. Putz!

A batalha vai continuar... A banana está lá deitadinha na fruteira. O buraco roído entupido de um veneno cor de rosa que eu comprei pela tele-entrega. [Vamos estar entregando o organofosforado acetilcolinesterásico em 28 minutos ou a Senhooora não paga.]
O distribuidor me garantiu que é definitivamente letal. Eu estou virando uma serial killer :(

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