quinta-feira, janeiro 24, 2008

La Cucaracha


Dizem que quando o gato sai de casa os ratos fazem a festa... Eu não tenho gato para sair de casa, mas descobri que a minha ausência foi um paraiso para as baratas. Com apenas um ogro habitando a casa entre o Natal e esta semana, algumas coisas não entraram lá: a diarista, sol, ar puro, por exemplo; enquanto outras entraram sem qualquer problema: baratas e outros insetos, mofo, coisas espalhadas, poeira,...

Ontem foi o dia de limpar mesmo tudo e de desalojar inquilinos invisíveis. A idéia de colocar Butox (já to vendo os referrers "clinica botar butox") em ralos se revelou uma arma perfeita para liquidar com a maioria dos clandestinos e, de quebra, matar carrapatos e sarna de quem se banhar no Guaiba nos próximos dias. Com um único inconveniente: as baratas da casa correram para o esgoto e as do esgoto correram para casa! as vítimas acuadas descobrem saídas alterativas. Ah... a rede (de esgotos, no caso) e suas inesperadas ligações.

Subitamente, as baratas emergiram (viralmente) no meu micro jardim interno, em meio aos meus tão amados seixos. Meu PC atualmente é bem de frente para o tal jardim e presenciei a emergência. O laptop quase foi para o chão e eu lamentei, MESMO, o meu hábito de andar descalça e não saber onde deixei os chinelos.

Pedindo socorro, peguei a coisa mais próxima e ataquei a orda de Blattodeas vulgaris. Descobri, enfim, a utilidade daqueles guia telefônico que tem o tamanho de um caderno pequeno de 800 folhas (aquele qua não dá nem para abrir). Enquanto eu batia nas baratas, a Ana Paula (minha ajudante para assuntos domésticos) veio correndo com os chinelos e o Baygon.

Contido o primeiro ataque, providências foram tomadas: mais butox, ralos fechados, chinelos colocados estratégicamente pela casa toda. Bom,... como dizem os guris da minha equipe de basquete: não teve rebote... elas não voltaram. Vitória!

Lição: quando você quiser acabar com uma ou duas baratas que, por acaso, estiverem vivendo na sua casa, use o chinelo. Soluções finais acabam acordando o exército do rei escorpião e você acaba trazendo para casa aquilo que queria ver fora. Em muito maior quantidade.

Periplanetas à parte, ontem foi um dia produtivo no front doméstico:

* casa limpa e semi arrumada - a minha participação nesta parte foi a de pesquisar alguma coisa e descobrir que nunca serei uma FlyLady. Eu não passaria do primeiro dia, por incompetência e, também, por visão de mundo.

* a minha porção da mata atlântica foi contida, ou seja, aquela vegetação alienígena que vem do terreno vizinho não vai mais acabar nos matando. Nesta parte eu participei ponderando com o Seu Adão (bom nome para jardineiro) que a serra elétrica era uma alternativa meio exagerada para podar dois pés de roseira de um pequeno jardim vertical (para não dizer um barranco com algum mato).

* impressora instalada e funcionando (antes de descobrir que o cabo USB que mandaram era insuficiente, eu já tinha gastado uma hora fuçando o que estava errado com a instalação\configuração).

* depois de 4 dias o meu carro secou. Os 4 cm de precipitação pluviométrica de Capão da Canoa que ele absorveu sábado passado enfim evaporaram. E eu nem contei que viajei para Porto Alegre num carro aquário.

* em tempo: Butox é um carrapaticida que eu uso, também, como formiguicida e baraticida. Apesar da sua alta lipofilia (atração pelas gorduras) ainda não o usei numa das minhas inconstantes dietas.

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