domingo, julho 23, 2006

sobre a amizade ...



Esta semana recebi diversas mensagens pelo dia do amigo. No início me surpreendi, pois lembrava vagamente de já ter acontecido este entre tantos dias de que percorrem a internet. Aí me deixei levar, mais ou menos, pela corrente mensagens no e-mail, no orkut, no telefone celular, e nos tantos espaços que temos hoje para encontrar pessoas.

Porém, nestas todas fiquei pensando sobre a amizade e sobre os amigos. Estas amizades e estes amigos que parecem brotar de todos os lados em determinados momentos. Fiquei pensando no que eu entendia por amizade. Vasculhei o coração buscando os afetos e tentando reconhecer algum padrão que pudesse juntar aqueles tantos afetos sob uma categoria única. E aqui cabe um parêntese: estes amigos são pessoas que eu escolhi para dar o meu afeto, sem esperar reciprocidade. Alguns nem sabem disso :)

Foi aí que vi que o afeto não segue padrões. Para além da família e dos amores, os meus afetos, os meus amigos, são muito diferentes entre si. Eu escolhi amar pessoas de diversos sexos (tem uma das minhas amigas que diz que eles são mais de dez), de diversas idades, de diversas raças, de diversos... seja o que for.

E para estas pessoas eu me mostro sem nenhuma barreira, sem nenhuma censura, sem nenhuma diferença. Para estas pessoas sou um pouco mais, com elas e por elas vou mais longe. Me pego fazendo confidências para alguma criança ou dando um beijo mais beijado em algum chefe. São amigos! E o afeto flui, sem reservas, porque aquela pessoa para mim é especial. Nem sempre sei porque, mas é.

É claro que isso dá, às vezes, uma baita encrenca, pois nem sempre é compreendido na sua real dimensão. Principalmente por quem não me conhece bem ou por quem vive a vida morrendo de medo das coisas. Por aí já fui acusada de estar paquerando o namorado de alguém, de ser condescendente com a indisciplina de algum aluno em especial, de dar mais atenção a um colega que a outro. A lista é grande...

Pois então,... é como naquela comunidade pare! eu não estou te dando mole, onde tem uns 9552 mal compreendidos. É como os jasmins que nasceram no fundo do meu quintal e que enfeitam o meu telhado e estão, agora mesmo, perfumando a minha noite. Eu não os plantei, eles simplesmente me escolheram. Assim, ... eu não sou boazinha, não sou puxa saco, não estou apaixonada por ti, não estou escondendo os teus erros (muito) ... é que te escolhi para amig@. Só isso. E eu costumo ser uma boa amiga.

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