sexta-feira, maio 22, 2009

ah a vida!


Meu sumiço generalizado vai por conta da correria do trabalho (normal!) e de uma reforma que estou fazendo aqui em casa (ai!). Depois que passei o carnaval lidando com baldes cheios de água que escorriam do teto e depois de 3 tentativas de arrumar o telhado, fiquei residindo numa cela úmida, rachada, mofada e insalubre.

E não estou exagerando muito, não. E, aí, tive de romper a minha inércia em permanecer parada e tratar de por a reforma necessária para andar. Me surpreendi que, anos depois de ter parado de atuar como engenheira, eu ainda lembre bem o conteúdo de "Construção Civil I e II", embora não esteja mais familiarizada com os materiais e soluções novos.

Assim, praticamente desenterrei a parte anexa do meu apartamento e fiz uma nova impermeabilização nos alicerces, mandei refazer o piso do pátio com novo caimento, novas caixas de esgoto pluvial. Coloquei calhas onde não havia e a coisa anda por aí, por enquanto.

Porém, isso me fez ter de gerenciar trabalhadores, correr atrás de material para repor o que teve de ser quebrado, me estressar chamando de volta para refazer coisas que entregaram mal feitas.
É incrível o número de coisas que empresas 'especializadas' fazem pela metade se não forem MUITO supervisionadas.

Na quarta-feira, trabalhei nos 3 turnos, pois tive jogo à noite. A semana está sendo corrida pelos treinamentos e jogos mais intensivos. Me gripei e, no treino de quarta, quase quebrei braço. Num exercício de corta luz, meu braço ficou prensado entre dois guris (cada um indo numa direção). Era o treino do Mirim e isso salvou o meu braço apenas com uma distenção.

A noite, jogamos a etapa Infantil classificatória do JAPA - vencemos! - e eu cheguei bem tarde em casa. Entrei, então, a quinta-feira, gripada, doida e cansada :( Sobrevivi a aula de um muito motivado, saudável e irrequieto sétimo ano e me preparei para as compras da 'reforma'.

Primeira parada: comprar 2 metros quadrados de basalto irregular. Feito e lá fui eu com o porta mala carregado para a segunda compra.

Entrei numa olaria para comprar plaquetas. Era, assim, umas 14h e tudo estava deserto. Fui entrando e chamando e nada. Passeei por toda a sala de mostruário, passei pelos escritórios, sai no pátio imenso de materiais e necas de aparecer alguém. Até a casinha do cachorro estava vazia e, isso, eu até agradeci. Depois apareceu um e depois mais um funcionário e todos sairam dizendo que iam mandar o vendedor. Sentei numa pilha de blocos de concreto e fiquei esperando.

Uns vinte minutos depois e já com mais um casal esperando, resolvi telefonar para a empresa. Me atendeu a secretária/atendente (que estava escondida num escritório). ¬¬ Gastei mais uma hora selecionando 70 plaquetas duplas e alguns cantos e carregando o carro. O casal estava criando raizes enquanto esperava para carregar os seus blocos de concreto.

Quando cheguei em casa, meus diletos funcionários haviam passado impermeabilizante nas paredes externas sem fechar janelas e portas. O cheiro em toda a casa era de derrubar. Fechei tudo daquele lado, abri do outro e liguei ventiladores. (ninguém havia tido esta ideia e todos sufocavam e lacrimejavam pacientemente). Céus!

Acho que por conta da tal tinta, sonhei uma espécie de metáfora de Lucy in the Sky with Diamonds durante toda a noite....

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