sábado, dezembro 06, 2008

O que eu aprendi sobre a aprendizagem em 2008


Esta é a questão proposta pelo Learning Circuits para dezembro. A idéia é responder e linkar o original "What did you learn about learning in 2008?".

Proponho que linkem, também, esta minha resposta e as demais que forem surgindo para formarmos a rede, o que vai ampliar o debate.

O que eu aprendi sobre a aprendizagem em 2008?

A resposta absoluta (e contraditória) seria: apesar de muito, nada. É que, no meu entender, aprendizagem é processo sempre inacabado, recursivo, dialético. As minhas certezas estão sempre dialogando com as as minhas dúvidas e, assim, nunca perdem a sua provisoriedade.

Em 2008, procurei estar atenta para aquilo que se situa nas fronteiras dos conteúdos, nas entrelinhas de nossos planos de aula. Aprendi que posso planejar um pouquinho estas brechas e, nelas, dar espaço para que emerjam questões, ações, processos que geram mais aprendizagem.

Procurei conhecer um pouco mais sobre as tendências e os movimentos de aprendizagem em e na rede. Tentei melhorar as formas de colaborar e compartilhar e, neste processo, ando me questionando sobre as formas e os meios de atuar neste campo. Foi enriquecedor, por exemplo, o uso do Google Reader e das possibilidades de ser parte de uma rede onde circula a informação já filtrada, recomendada, comentada e, em muito, discutida.

Nos contatos online, nos diversos espaços e redes, estou aprendendo a aceitar que é impossível dar conta de tudo, pricipalmente das solicitações que vem direto, pedidos de auxílio, de recomendações. Procuro responder, mas estou aprendendo a trabalhar com limites. Às vezes, a melhor ajuda é dedicar meu tempo a refletir e compartilhar a minha reflexão sobre assuntos que considero importantes (e não só para mim), em vez de dar receitas que a curto prazo ajudam, mas a médio prazo não contribuem para a aprendizagem de ninguém.

Ainda neste campo das relações na rede, venho aprendendo a ter paciência com a aprendizagem do outro (e isso aqui para mim é muito difícil). Já melhorei bastante, mas estou longe ainda de ser alguém "adorável" neste quesito.

Tenho procurado lembrar, em todas as situações que surgem, dos limites que a comunicação online tem. Por trás de uma ação, de um texto, existe um iceberg de outrros textos, ações, reações, sentimentos e sentidos, que não estão a disposição de nossa interpretação. Principalmente em relação a comunicação que usa somente uma forma de expressão: oral, escrita, visual, ...

Quando os meios que dispomos para comunicar são parciais, insuficientes e, até, falhos, podemos recriar Nietzche e pensar em interpretações ao invés de verdades. (e até nesta interpretação de Nietzche isso vale)

Assim, do que leio, vejo, escuto na rede, tenho tentado não julgar, não classificar, pois estou diante de apenas uma parte muito pequena da realidade que circunda, inclui e põe as condições para aquela comunicação. É difícil e as recaídas são bem constantes. Exatamente como na nossa conhecida e reprovável mania de emitir julgamentos sobre pessoas e fatos. Online é mais complicado ainda. Para mim, como pesquisadora esta é uma aprendizagem muito importante.

E estou aprendendo um pouco sobre o Conectivismo. Aliás, como não pude participar ativamente durante o CCK08 , a idéia é tentar rever o material nas férias.

(este é uma postagem provisória e aberta a atualizações)

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