sexta-feira, junho 01, 2007

Junho, o basquete e a ead


aprendendo juntos

Devo estar batendo o meu record de falta de postagens. Uma por mês?
Quando fevereiro iniciei a correria de 2007, pensei que coisas fossem se ajeitando em março, depois da confusão inicial de horários e atividades.

Que nada! Estou entrando em junho e a correria continua. Se eu jogasse efetivamente em 30% das aulas e treinos que dou de basquete durante a semana, estaria pronta pra ser drafitada para a NBA, para disputar a vaga com o Steve Nash nos Suns.

À noite e nos fins de semana o computador e a UFRGS me pegam de jeito e as 24h estão ficando curtas. A EAD, às vezes, é um jogo tão animado quanto o basquete. E é por estas que o doutorado vai um pouco à deriva.

Ontem finalizei todas as minhas estréias nos Jogos Abertos da Prefeitura de Porto Alegre, Basquete Masculino nas categorias Mirim, Infantil e Juvenil. As vitórias estão em maior número que as derrotas nos resultados odficiais das partidas. Nos resultados reais, eu considero que estamos empatados em vitórias e derrotas. Nem sempre um time que vence, jogou bem (em todos os sentidos), assim como, nem sempre um time que perdeu a partida foi derrotado em todos os sentidos.

Alguns professores condenam competições esportivas por achar que elas refletem somente a sociedade individualista e extremamente competitiva em que vivemos (e ajudamos a criar). Eu não concordo, embora algumas competições e a postura de alguns técnicos e atletas possam realmente encaixar como uma luva nesta afirmação.

Porém, a maioria dos técnicos, pelo menos no nível estudantil, são, antes de qualquer coisa, educadores e, por isso, a competição é muito mais que uma disputa. Um jogo, sobretudo em desportos coletivos, envolve tantas possibilidades de aprendizagem que, supera em muito uma manhã de aulas na escola.

Aprende-se a olhar o nosso processo, reconhecer os erros e acertos, avaliar, decidir, cooperar. Aprende-se a lidar com as emoções, a ter controle, a ouvir, a obedecer, e a desobedecer, também :) Aprende-se a ser amigo, a valorizar o outro. A enfrentar desafios, a ter humildade e solidariedade.

Estudar a distância (online) é mais ou menos como participar de uma equipe, talvez muito mais do que estar numa classe presencial. Porque, na EAD, precisamos muito do outro. Da sua pronta resposta, da sua atenção, do seu empenho em comunicar bem.

Por isso, eu não considero que a EAD possa sobreviver como educação de qualidade, dissociada da formação de uma rede entre alunos / professores/ cursos. Preencher questionários, executar atividades solitárias, passar textos por email como única opção de aprendizagem é algo muito pobre. É como tentar jogar basquete sozinho. Pode-se até fazer uma bonita jogada, mas à quem ela vai emocionar? O quê se vai aprender?

Bom... hora de trabalhar...


Marcadores: , , ,


comentários:

Assinar Postar comentários [Atom]