domingo, outubro 16, 2005

Rumo a Caxambu*



Rumo a Caxambu, postada por suzzinha.

Todas as pendengas resolvidas, os trapos e livros empacotados e lá fui eu cheia de sono carregando o monstro** pela coleira. Para não enfrentar a baldeação ou o que viesse em São Paulo sozinha, eu havia combinado com uma colega da UFRGS para irmos juntas no mesmo vôo. Ela também estava com um pouco de medo de se perder se tivéssemos de ir de ônibus de linha no restante do trajeto para Caxambu. O vôo para São Paulo saiu pontualmente às 8h:40 e a Graça e eu pudemos ver que não éramos as únicas neste vôo para ANPED. Professoras da área da educação vão ficando parecidas com a idade e é fácil identificar :) A maioria, é claro... Eu, por conta dos abrigos e dos tenis fujo do padrão dos 'terninhos e das écharpes".

Em São Paulo, Congonhas, o ônibus especial estava nos esperando e saiu mais ou menos às 11h rumo à ... Guarulhos ... Lá começaram os problemas: ficamos circulando entre o terminal de desembarque e o estacionamento catando o pessoal que ia chegando em cada vôo. Terminou que havia mais gente que poltronas no ônibus. Houve uma nem tão rápida conferência para localizar clandestinos e a constatação de que o ônibus era menor do que o previsto. Acertar isso atrazou nossa saída para às 13h:30. Um atrazinho pequeno de 3 horas.

Fomos almoçar às 15h ainda em São Paulo. Resultado: a passagem pelos caracoles que levam à Caxambu foi um festival de gente passando mal. Mas chegamos bem, lá pelas 18h e a foto acima eu tirei da janela do ônibus com a câmera do telefone.

Na chegada tive de pegar uma charrete (os taxis de Caxambu tem orelhas) para não ter de arrastar o monstro por 4 quadras e uma ladeira. Realmente o novo hotel do Seu Chiquinho é novo , porém o espírito é uma reencarnação do antigo :) Um cachorro deitado no tapete da porta e, para meu desespero um colchão ortopédico "ortocrin" na minha cama. Isso que quando reservei o quarto tentei me precaver dos ortopédicos. Porém, minhas colegas de quarto: as Lilians (de Bauru e de Sampa, da UNESP e da USP), gentilmente me guardaram a única cama de casal no quarto, da do ortopédico.
Bueno, o restante do romance foi o mesmo da última ANPED: seu Chiquinho disse: "é bem..., tem gente que não se adapta aos ortopédicos" e me trouxe uma coisa que mais parecia uma maria mole encapada para por em cima da caixa de madeira forrada com um dedo de espuma que eles chamam de colchão ortopédico. Resultado: um suplício a primeira noite.

As gurias morriam de rir da história do ortopédico e do meu 'sobrecolchão' tão mole que marcava cada contorno de qualquer coisa que se colocasse em cima dele, inclusive eu :( - Como naqueles desenhos onde o Pica-pau bate numa parede e deixa o contorno dele carimbado, disse a Lilibaú (nome de guerra da nossa colega Lilian da UNESP, que descobrimos mais tarde).

Ainda antes de desmaiar de sono, fui até o Hotel Glória, sede do evento pegar o material e tomei uns choppes no calçadão de Caxambu. Achei a cidade um pouco mudada, mais pobre... Pulei a abertura da ANPED e a fala do Bernard Charlot... Odeio multidões.

* Estou postando estes relatos quase que na volta porque não fiquei com vontade de usar o cibercafé do evento e porque o meu celular parou de enviar emails.

** o monstro foi o apelido carinhoso que a minha mala recebeu na viagem para o Chile em 2003. Sem nada dentro ela já é muito pesada e sei lá quem pode saber porque eu não notei isso quando comprei. Resolvi levar ela quase vazia, pensando nos livros que iria comprar.


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