Como eu ainda não estou senhora das tecnologias móveis, deixei para postar em casa alguma coisa do que vivenciei no V Ciclo de Palestras do CINTED, que iniciou hoje e se estende até sexta-feira, na FACED e no CINTED da UFRGS.
Consegui encaminhar a minha primeira aula no CM e voar para a UFRGS para a abertura do evento e as primeiras palestras. Aliás, o vai e vem entre UFRGS e CM (vide a imagem do ecosistema) foi uma constante e, agora, estou semi-sequelada. Assim, vai ser um texto bem resumido porque o dia foi longo e já estou indo nanar.

Abertura >> Feita pela Profª Liane Tarouco - CINTED/UFRGS e pelo Prof. Julio Nitzke - SEAD/UFRGS.
Em sua fala, o Prof Julio declara que vivemos um momento de muita efervescência em relação a EAD. E, também, um momento muito delicado. Quando a LDB solicita que os professores do ensino fundamental e médio tenham formação superior, o MEC aposta na EAD e lança o Pró-Licenciaturas para capacitar 150.000 professores. Porém, diz ele, temos de ter consciência que a EAD não é uma solução mais fácil ou mais barata. A sua grande vantagem é atingir todas as regiões.
O Prof Julio continua, contando que a formação se dará partindo da Academia e, por meio das secretarias municipais e estaduais, atingindo os alunos. Uma tarefa que terá muitos desafios. A EAD no Brasil e no mundo ainda se apoia muito no ensino tradicional, no material escrito. Isso, considerando a distância, gera solidão e evasão, pois falta interação. É necessário, então, uma mudança de paradigma, evitando pegar curriculos e práticas do ensino presencial e colocar no ensino online, pois não adianta.
Encerrou dizendo que o projeto vai gerar muitas parcerias e muita cooperação entre as instituições do Estado.

A Prof. Liane abriu o Ciclo de Palestras salientando o grande número de trabalhos inscritos, sua diversidade e sua procedência de diversos cantos do Brasil e a dificuldade da Comissão Científica em selecionar os trabalhos para apresentação e publicação na revista Renote. Sobre a revista, relatou a sua trajetória de sucesso que, em apenas dois anos de existência a colocou no Qualis B.

>> Redes acadêmicas virtuais para a formação de professores - Ana Cláudia Pavão Siluk - UFSM
Pesquisa sobre as redes acadêmicas virtuais, como RIES, RAU, RISEU, RIFAD que teve como conclusões:

• redes precisam mais estudos e investimentos


• ainda existe muita resistência às trocas virtuais


• os materiais apresentados são de boa qualidade e os assuntos são atuais


• a interatividade é baixa


• os programas de formação não são consistentes


• a atuação dos mediadores é fraca

Segundo a pesquisadora, o ideal seia um híbrido entre rede virtual/presencial, principalmente por causa da resistência à interação unicamente virtual. Apontou a necessidade da formação por uma rede com estrutura tecnológica que dê suporte a interação/cooperação e com pessoas que possam atuar como dinamizadores.
A sessão de perguntas terminou com um pequeno debate sobre as dificuldades da participação nas interações online.

>> Internet avançada e educação matemática: novos desafios para o ensino e aprendizagem on-line - Marcelo Borba – UNESP – Rio Claro/SP
Videoconferência
Apresentação do TIDIA suportado pela FAPESP
O projeto visa estudar aspectos diferentes da internet avançada que está sendo implementada no Estado de São Paulo. Composto de três divisões:

• Incubadora - centro de criação e colaboração em projetos


• Kyatera - redes de fibras óticas


• Aprendizagem Eletrônica (AE) - grupos de pesquisa

Construção de uma plataforma (código aberto) que se aproveite das possibilidades da nova internet, isto é, integrando texto, vídeo, áudio, gráficos e escritas específicas.
Por enquanto a Incubadora e o AE estão mais avançados que o Kyatera (quando deveria ser o contrário).
Pergunta :) Se a rede não está pronta, o quê fazer?
R: espera-se que os 40 laboratórios estejam ligados até o final de 2006. É necessário investimento privado para expansão.
Comentário: a videoconferência não fez jus ao avançado das fibras óticas sonhadas :) Congelou o pesquisador várias vezes e quase causou um incidente interestadual :)

>> Jogos Computadorizados para Aprendizagem Matemática no ensino fundamental: refletindo a partir dos interesses dos educandos
Cibele Figueiredo - UFSM ... http://www.inf.pucrs.br/~jricardo/revolution

>> O papel do jogo no ensino de radioatividade: os softwares Urânio-235 e Cidade do Átomo - Marcelo Leandro Eichler - UFRGS
apresentação dos softwares, sendo que o segundo é criação do apresentador e é um software criado à partir de um tema gerador, tendo abordagem multi, inter e transdisciplinar.
http://www.iq.ufrgs.br/aeq

>> Utilização de Jogos na sala de aula: aprendendo através de atividades digitais... - Mary Lúcia Pedroso Konrath – PPGEdu - UFRGS
desenvolvimento de software com fundamento na teoria de Piaget, principalmente. Destinado a crianças de 4-7 anos.
http://www.espie.cinted.ufrgs.br/~mary/jogo/bruxaria.swf

Estes são alguns dos trabalhos que assisti e algumas das notas que tomei. Se possível, darei um update completando algumas lacunas.