Este ano eu passei a ter preconceitos Garfieldianos em relação à segundas-feiras. Meu labor oficial começa às 7:15 e só termina às 18h. Parece pouco, mas é pesado, quase tanto quanto os sacos de bolas de basquete que eu ando carregando e, este espaço de tempo é suficiente para que aconteçam coisas que uma amiga minha chamaria de transcendentais.
Aí é que acontecem cenas constrangedoras tipo a de ontem, horário de bordo 14h, quando eu estava diligentemente, embora quase dormindo, lendo O Poder da Ideologia do Istvan Meszaros, devidamente deitada no sofá da SEF. Afinal, no intervalo, dá para abandonar a posição vertical e dar um refresco às costas.
Eis que, neste momento, acontece o que só acontece umas duas vezes no ano: adentra o recinto o comandante do colégio em carne, osso e estrelas. Bueno, ele obviamente não disse nada, mas temo que tenha registrado: posição errada, literatura errada. O tempo dirá.
Por outro lado, ele devia ter assistido a minha performance comandando (é isso mesmo) os alunos da 6/7ª séries na aula de Basquete.
A frase diria que eu estava comandando um pelotão alemão na segunda guerra e não dois guris alegres e menores que os nomes. Resultado: na sequência da aula tive caimbras na boca e a minha língua foi travando. Acabei por mudar os nomes de guerra deles por motivos de saúde.
Basquete para iniciantes é um festival de faltas. Ao final, entre mortos e feridos salvaram-se todos. Uns lanhados, uns chorando porque não puderam revidar a falta. Todos cantando uma daquelas musiquinhas sexistas que tanto adoram, enquanto voltavam para o colégio:
"Quero me casar mas não acho com quem..." [...] "lá na selva, lá na selva..."
Ameacei fazer eles cantarem a Barbie Girl se eles continuarem a cantar este tipo de música. Ficaram chocados...