A semana foi uma correria daquelas e o meu aniversário não foi motivo para correr nada, porque não fiz nada mesmo. Colhi os abraços dos amigos que ligaram ou escreveram, o carinho da família e a discreta* saudação dos filhos. Nestes tempos digitais, as saudações vieram de todos os lados: webnote, skype, recados no celula, telefonemas, scraps no orkut (um monte) e até por e-mail, assim escondidinho no meio do spam :))

   Porém, o que me pegou de jeito na semana foram as aulas. A velhice é um caso sério. Estou demorando mais que os meus alunos para entrar em forma. Ontem, na minha última aula, que é a que exige mais dos ouvidos, do fôlego e da voz, esta última sumiu para delícia de vinte e poucas gurias e de seus decibéis colaborativos. Cheguei em casa me arrastando, como se alguém tivesse me mastigado e cuspido. argh... Mas é a vida. Com a atual perspectiva para os aposentados, certamente vou encerrar a carreira tendo um treco numa das aulas e ficando para sempre munmificada em algum ponto da Redenção.

   Ontem, no meio destas aulas todas fui até a Ufrgs com a Suzi, minha colega do CM, para ela fazer sua matrícula PEC. Ela está se preparando para seleção do mestrado. Na secretaria, o pessoal me chamou para entregar o diploma do mestrado que já estava pronto. Também me informaram que eu precisava manter o vínculo com o programa enquanto encaminho a passagem direta para o doutorado. Bah... tive de preencher propostas e curriculos tudo a mão e me matricular. Me matriculei na disciplina da minha orientadora, Relendo clássicos: entre os mitos e o humano, Marx, Engels e Gramsci, para voltar as origens e atualizar algumas leituras. Reler clássicos sempre é bom.

* meu filho pensa que é meu pai e minha filha é algo assim entre uma uma mãe carinhosa e um lord inglês.