sexta-feira, março 25, 2005

Grafedia


Olhe de um jeito diferente o que está pintado nas paredes por aí. Se o texto for em azul vivo e sublinhado, não é pixação, é Grafedia. Tente seguir o link. Comentários na Wired.

Aqui no Brasil, sequestradores registraram em imagens os minutos que precederam a execução de sua vítima usando a câmera de seu próprio celular. E eu fiquei perguntando: o quê vem primeiro? A indefinição entre público/privado, a pervasividade da tecnologia, a afirmação da existência pelo registro da imagem? Fotografar para confirmar a decisão da morte ou a morte como seqüência lógica do espetáculo?

Por estas e por outras, lembrei Debord:
Quando o mundo real se transforma em simples imagens, as simples imagens tornam-se seres reais e motivações eficientes de um comportamento hipnótico. [..] Mas o espetáculo não pode ser identificado pelo simples olhar, mesmo que este esteja acoplado à escuta. Ele escapa à atividade do homem, à reconsideração e à correção de sua obra. É o contrário do diálogo. Sempre que haja representação, o espetáculo se reconstitui (DEBORD, 1997, p. 18 - Tese 18).


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