Andei repescando algumas reflexões minhas que ficaram perdidas em outros lugares e resolvi ir postando algumas delas para ter acesso quando necessário.
Para mim as fronteiras entre os conceitos de analógico/digital, virtual/material, ..... são difíceis de estabelecer e complexas de elaborar/trabalhar. A emissão/recepção pode utilizar processos analógicos e/ou digitais, mas a coisa complica quando chegamos no que está além dos códigos binários, além da linguagem (como sistema de códigos), dos símbolos (que têm uma dimensão cultural e histórica não digitalizável) , quando chegamos ao "sentido". Andei relendo algumas coisas de Bakhtin e de Orlandi nas 'quase' férias sobre isso. É interessante pensar esta parte da produção do sentido que é individual, mas que é interindividual, também.
Assim, uma sala de chat 'em si' é um ambiente digital , pois apoia-se em tecnologia digital. Porém, as comunicações e as interações que acontecem entre os sujeitos numa sala de chat ultrapassam os limites dos bits, dos signos, dos símbolos e produzem 'sentido', um sentido que é contextual, histórico, interindividual.