sexta-feira, julho 16, 2004


[Redes sociais como redes de sentidos]


   No Many to Many, Clay Shirky concorda com Peter Caputa, quando este diz que os blogs são o centro das redes sociais e dos softwares sociais, mas discorda quando Peter considera que a troca de informações é o foco do processo nas redes sociais. Clay contrapõe que o centro da formação de redes sociais é o próprio movimento de formação das redes sociais. Justifica e, nisso, concordo com ele, que o conteúdo e a troca de informações, embora importantes, não são os únicos determinantes da leitura e da aceitação de um blog ou de formação de uma rede social.
   Um blog tem valor e se legitima, também, pelo seu contexto como totalidade. Assim, aquele post meio intimista, que fala do panorama da nossa janela, é essencial para que a nossa opinião sobre uma determinada teoria social faça sentido.
   Aqui, eu lembrei do texto da Janes (mesmo que vocês não saibam quem raios seja a Janes), onde ela traz Vygotsky + Marx para falar dos significados e sentidos do trabalho para os jovens que estudam e trabalham. Um texto semelhante à um trecho de minha dissertação, onde eu passo por Freire, Bakhtin e Marx para falar de sentido no contexto das relações estabelecidas por meio de weblogs. Um sentido que é histórico e que não se dissocia da rede de sentidos onde se insere.
   Esta rede de sentidos que é a estrutura central das redes sociais.

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