domingo, julho 18, 2004


[Brasil no Orkut]


   Desta vez é Clay Shirky quem comenta a reação de alguns americanos e canadenses em relação a presença brasileira no Orkut e o uso da língua portuguesa nas comunidades e nas mensagens.
   Me aborrece ver a naturalidade com que eles propõem banir o português e as comunidades brasileiras, alegando que o Orkut não é um "serviço" brasileiro. Depois estranham quando vem a reação, que eu acho não muito inteligente, de serem chamados de nazistas e xenófobos.
   Convivência multicultural não é só o paraíso estetizado que se lê em muito trabalho pós-moderno ou pós isso e aquilo por aí. Tolerância, aceitação, respeito e paciência são a base desta possibilidade de convivência. E são estas categorias que deveriam orientar a ação dos brasileiros no Orkut. Quem sabe eles poderiam aprender alguma coisa das muitas que poderíamos lhes ensinar?

:: Many to Many


update: No SmartMobs:

Yahoo News notices that:

Este ano, o Brasil trombou com os estados Unidos em assuntos que vão desde os subsídios para o algodão até a guerra no Iraque. Mas, talvez nenhuma das batalhas seja mais pessoal que a travada na internet. Milhares de brasileiros se tornaram devotos do Orkut [...] Porém, a corrida dos brasileiros para participarem do Orkut e em outras redes sociais tenha aborrecido alguns usuários, que reclamam da proliferação das mensagens em português, a língua nativa do Brasil. Algusn usuários iniciaram comunidades específicas para falar deste assunto.

Clay Shirky, no Many to Many comenta:

"Orkut não é um serviço brasileiro" É difícil saber por onde começar -- o pressuposto de queo Inglês, por ter sido historicamente a língua dominante, deveria ser feito a língua dominante no futuro, é simplesmente nojento.

(E, numa interessante nota sobre o pânico da maioria, a assertiva que o Orkut está repleto de comunidades brasileiras tem um paralelo nos estudos sobre sexismo -- homens reportam que, em qualquer espaço considerado, a metade são mulheres, quando a atual proporção é mais ou menos um terço.


Eu penso que, conviver é difícil e, conviver multiculturalmente é mais ainda. Porém, não é uma smartmob ignorar a necessidade de aprefeiçoarmos esta convivência.

[uma tradução muito/muito livre]

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