sábado, abril 17, 2004


[todo ano...]


Porto Alegre is still burning, como diriam os iounoumens que proliferam nestes tempos tão cheios de metáforas, mas de metáforas tão aguadas. Ser um iounoumen é uma tendência forte, hoje. Um atrator mesmo do nosso desequilíbrio identitário. Já levei mijada por falar Bah de povo que não diz uma frase sem um light, low profile, off, .......

Mas não era isso que eu queria falar. O que eu queria lamentar (esta é uma palavra melhor nas circunstâncias) é o eterno retorno que dá vida ao enunciado: Inevitável só a morte... e os impostos...
É ... baixei o programa e hoje de tarde vou ajudar o pai a fazer o imposto de renda. Ajudar no computador, porque ele já vem com tudo calculado e confere tudo o que o computador faz. E ele vem de impressora embaixo do braço. A minha estragou e ele não acredita muito em digitalização.

Não adiantou a minha sugestão: vou gravar num disquete. Depois tu imprime lá na mana....
Não. Aí todo mundo fica sabendo do meu imposto de renda... - contra ataca o esperto.
Não que ele seja candidato a um seqüestro, mas como toda a boa raposa antiga, gosta dos seus segredos.

Eu, que esperneio até o último minuto antes de entrar no processo que me deixa muito p%&** da cara, vou preparando o espírito digitalizando a declaração dele. Renda... Como se alguém aqui tivesse renda.
Ter de fazer a declaração, na certa, já é um privilégio. Privilégio de estar incluído no seleto grupo que tem a mixaria que ganha digna de ser olhada e apropriada. Mesmo que esta mixaria não consiga pagar luxos como aluguel e faculdade.
Não acho que seja o caso de chorar pelo que se paga de imposto de renda. Minha preocupação maior é o que sobra... É no que sobra que está a diferença entre viver e sobreviver. ...... Só fazer as contas...

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