quinta-feira, janeiro 22, 2004


[posto 69,7]


O povo novo que chegou contém, certamente, um pé frio. Faz dois dias que o tempo está uma eca. Ontem o vento chegava travar a caminhada e uma chuva fininha se insinuava aqui e ali.
Hoje, enfim o sol. Só sai de lá para aparecer aqui, baixar emails e fazer de conta que trabalhei um pouco. O pai saiu atrás de um globo de luminária que quebrou, a mãe e a mana foram comprar peixe e outras coisas, Rodrigo foi surfar.
Paz no quintal por uma meia-hora.
Yshana ainda não está bem. Já entupi ela de antibióticos e nada. Vou levá-la de novo no veterinário e, se não funcionar, terei de ir para POA. Incrível como a coisa física, as limitações, mesmo as da idade, como é o caso dela, deixam insegurança, medo e uma certa dependência. Será que é destino sentir-se assim? Dependendo de alguém que veja que você está morrendo e se antene o suficiente para levar para um hospital? Sei lá, mas ela mudou. Não se move mais com segurança porque não enxerga, não escuta. Parece sempre que ela está pensando muito, em cada passo que dá, em cada posição que assume.
Aí ela me acha, deita a cabeça no meu pé e fica ali, ancorada. Dorme, então.

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