sábado, agosto 30, 2003



[ontem foi uma noite de submarino]

Ou o que eu imagino que seja, pois nunca entrei num. Silêncio, frio, vazio. Lembrei até de uma coisa que escrevi um bom tempo atrás, numa outra noite de submarino. Agosto costuma ser repleto delas.

O que há na solidão além do fato que dói?
O silêncio dos submarinos? bop... bop... ressoa o sonar da alma
Na parede do quarto... bop... bop...
A solidão dói porque está cheia demais.
Porque é povoada de sonhos, de ausências, de impossíveis...
De fantasmas tão queridos quanto distantes.
De dimensões de espaço e de tempo que se aproximam e nunca se tocam.
bop... bop... - emite o sonar...
E o eco traz apenas o frio das noites de agosto...

comentários:

Assinar Postar comentários [Atom]