sábado, agosto 30, 2003


foto da agência estado
[Nossa primeira medalha]

Pratiquei ginástica olímpica dos 8 aos 18 anos, mais ou menos. Parei definitivamente de treinar ao entrar para faculdade de educação física. Entrei com a idéia de continuar mas, para minha surpresa, além de não dispormos dos aparelhos que estavam retidos no porto por uma burocracia qualquer, não havia treinador. Tanto que, três anos mais tarde, recém formada, fui contratada para ministrar esta disciplina na graduação. Depois disso, fui treinadora, mas atleta nunca mais.
Não lembro ao certo quando descobri que andar de cabeça para baixo, girar em torno de barras, praticamente voar, não era uma coisa natural do ser humano. Acredito que foi na primeira vez que engordei bastante, na gravidez de minha filha, e que fiquei entalada com o barrigão de sete meses numa paralela e as alunas tiveram de me resgatar :) Descobri, em seguida, que a força, a explosão, a destreza e a flexibilidade não eram propriedades inerentes no meu corpo e sim habilidade adquiridas tão cedo que me levaram a fazer esta confusão.
Hoje ainda sonho que estou realizando os exercícios que realizava, andando como anda um ginasta normalmente: correndo, saltando, girando e fazendo acrobacias, sempre que for possível. Um ginasta criança não dá a volta na cama, ele a transpõe rolando para frente. Um ginasta adulto faz o mesmo, se não tiver ninguém olhando :)
Quando vi esta gauchinha voadora recebendo sua medalha no Mundial, me deu uma alegria muito grande. E pude reconhecer o esforço, pois sei as condições de treinamento que têm atletas amadores até conseguir algum resultado em alto nível, e mesmo depois disso. Aí vai a foto da Daiane com a sua medalha, a primeira da ginástica olímpica neste nível. Que ele possa ser muito feliz com esta conquista!

comentários:

Assinar Postar comentários [Atom]