Enquanto as nossas escolas lutam para conseguir computadores e algumas, quando os conseguem, acabam por terceirizá-los para empresas de informática por não ter professores capazes de desenvolver projetos e usá-los, lá fora as empresas de educação (argh) já estão oferecendo toda a tecnologia sem fio à todos.
Acenam com a sedutora perspectiva de não ficarmos atados aos laboratórios, às linhas telefônicas, aos cabos. Acenam com a acessibilidade em qualquer lugar.
Considerando o atual estágio do uso de tecnologias educacionais em sala de aula (quaisquer que elas sejam!), constata-se o grande atraso em que estamos como escola/universidade/educação. As empresas já se antenaram e correm a oferecer serviços nesta área. Não entendo como a maioria dos professores, inclusive os que dirigem as instituições educacionais, pode ser manter alheia à isso e calma !
É difícil acreditar que se trate de ignorância, embora se possa constatar um grande desconhecimento em relação as últimas novidades tecnológicas que podem afetar a educação. Esta semana fiquei sabendo de uma escola que recebeu um laboratório de informática moderno, com conexão à internet à cabo e que o deixou parado e sem uso por quase um ano. Depois disso, os dirigentes da escola terceirizaram o laboratório para uma empresa de informática que ali ministra cursos.
O que uma grande parte de professores e pais não compreende é que informática, no sentido de aprender a usar softwares, não é informática educativa. É muito diferente de inserir as possibilidades da tecnologia na educação.
Muitos acreditam que dominar o Word e o Excell vai garantir um emprego daqui a 5 anos.