quinta-feira, julho 31, 2003


[mulheres na escola militar]


Decididamente a interseção entre escolas militares e mulheres gera alguma confusão. Acabo de sofrer um problema que classifico como ergonômico, funcional e de preconceito no ambiente de trabalho.

Leciono voleibol para uma turma de guris de 1º/2º ano do ensino médio, enquanto um colega faz o mesmo para as gurias. Porém, tendo ele dedicação exclusiva (aqui está o problema funcional), chega cedo na escola e, como é muito organizado, separa com bastante antecedência o seu material. As bolas ficam guardadas em cestos metálicos grandes e fixos (aqui está o problema ergonômico), na sala de materiais. Acontece que, quando vou apanhar as ditas cujas, só estão presentes as que ficam no fundo do cesto.

Resultado: como a altura da borda do cesto bate acima da minha cintura (tá tá tá, sou baixinha), só consigo alcançar as bolas correndo o risco de cair de cabeça dentro do cesto. Sem esquecer que esta movimentação terrível é executada, às vezes, para uma platéia de soldados, num ângulo bem desfavorável. A maioria , é claro, permanece impassível ou sai, de fininho, para rir na rua, ou, quase sempre, vem ajudar a pegar as bolas ou desentalar a professora.
Os colegas? Bueno, estes riem direto e fazem as piadas mais degeneradas (aqui está o problema de preconceito). O bom é que com tudo isso nos divertimos. Ainda mais que hoje o céu está azul, ótimo para um joguinho de volei e tenho a parceria de meus alunos :)

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